Texto base:
O macaco e o camelo
Numa reunião de bichos, um macaco se levantou e dançou. Fez grande sucesso: — Como é engraçado! — Como dança bem! E todos aplaudiram. Um camelo, com inveja, quis ganhar os elogios. Levantou-se e foi dançar. Não tinha o menor jeito. Embrulhou as quatros patas de tal maneira que os bichos morreram de rir: — Mas que exibido! — Por que ele nos ocupa com essas bobagens? E como o camelo insistia, perderam a paciência e acabaram por expulsá-lo da reunião. É perda de tempo invejar as qualidades dos outros. Cada um tem as suas. Hans Gärtner. 12 fábulas de Esopo. 7 ed. São Paulo: Ática, 2009.
O camelo foi expulso da reunião porque
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | B. Classes de Palavras
Texto 1
Comunicação e alteridade
[1] Na nossa vida de todo dia, estamos
sempre em contato com outras pessoas.
Esse contato frequente acontece a partir das
afinidades e das semelhanças, mas inclui
[5] também as relações de diferença entre o que
pertence ao “eu” e o que diz respeito ao
“outro”. Para se referir a essas relações,
costuma-se utilizar uma noção importante:
alteridade.
[10] A palavra alteridade, ao pé da letra,
significa “natureza do que é outro”. Para
entender melhor seu significado, podemos
opô-la a expressões como “identidade” e
“subjetividade”. As relações de alteridade
[15] dizem respeito às diferenças que perpassam
o nosso cotidiano, e que podem se
manifestar nas divergências de opinião em
um debate, na diversidade de preferências
que define as comunidades nas redes sociais,
[20] ou podem estar presentes em questões bem
mais complicadas, como as diferenças de
nacionalidade, de raça, de religião, de
gênero ou de classe social, que motivam
conflitos dos mais diversos.
[25] Perceber as relações de alteridade entre
várias pessoas nos leva não apenas a
identificar os traços dessas diferenças – de
nacionalidade, de cor da pele, de sotaque –,
mas a considerar como se produzem,
[30] socialmente, tanto a diferença quanto a
identidade. É preciso compreender que o
“eu” e o “outro” não são entidades fixas e
isoladas, mas se constituem na relação: nós
só nos tornamos quem somos a partir da
[35] visão do outro, assim como o outro só se
torna diferente de nós porque projetamos
sobre ele um olhar que o diferencia. Ainda
que, muitas vezes, seja difícil perceber,
nessa jornada ocorre um processo contínuo
[40] de diferenciação: eu sou desse jeito, e não
daquele outro; eu gosto dessas coisas, e não
dessas outras.
Um processo semelhante acontece com as
identidades coletivas (sejam elas nacionais,
[45] étnicas, sexuais, religiosas ou outras). Elas
não são “essências”, mas sim construídas
histórica e socialmente: o “ser brasileiro” não
significa somente “ter nascido no Brasil”,
mas sim fazer parte de uma identidade que
[50] se transforma com o passar do tempo. Dizer
“sou brasileiro” significa dizer,
implicitamente, “não sou argentino”, “não
sou chinês”, “não sou moçambicano”.
Identificar-se com um grupo é diferenciar-se
[55] de outro, estabelecer fronteiras entre “nós” e
“eles”, em um processo que é permeado não
apenas por escolhas, mas também por
tentativas de fixar as identidades, dizendo –
muitas vezes implicitamente – que ser de um
[60] jeito é normal, mais correto ou melhor. Fixar
uma determinada identidade como a norma
é uma das formas privilegiadas de
hierarquização das identidades e das
diferenças. Normalizar significa eleger -
[65] arbitrariamente - uma identidade específica
como o parâmetro em relação ao qual as
outras identidades são avaliadas e
hierarquizadas. Normalizar significa atribuir a
essa identidade todas as características
[70] positivas possíveis, em relação às quais as
outras identidades só podem ser avaliadas
de forma negativa.
O processo de produção das identidades e
das diferenças envolve muitos conflitos. Esse
[75] processo não é ingênuo, mas sim permeado
por relações de poder.
Ficha técnica do texto “Comunicação e alteridade”: Associação Imagem Comunitária Concepção: Beatriz Bretas, Samuel Andrade e Victor Guimarães Redação: Victor Guimarães
Considere o enunciado seguinte e o que se diz sobre as relações sintáticas que ele mantém: “O processo de produção das identidades e das diferenças envolve muitos conflitos” (linhas 73-74).
I. Os vocábulos processo e produção são substantivos abstratos.
II. A expressão preposicionada de produção [...] relaciona-se com o substantivo processo, completando-lhe o sentido; o mesmo acontece entre as expressões preposicionadas das identidades e das diferenças e o substantivo produção.
III. A expressão de produção deve ser classificada como complemento do vocábulo processo; enquanto as expressões das identidades e das diferenças, como complemento indireto (objeto indireto) do verbo envolver (envolve). Esse verbo tem como complemento direto (objeto direto) “muitos conflitos”.
Está correto o que se diz em:
- Geografia - Fundamental | 03. Aspectos Físicos da Europa
Sobre o relevo europeu se observa
- Biologia | 15.3 Evidências Evolutivas
Na natureza, quando um organismo morre, ele é, inicialmente, decomposto por seres que degradam a matéria orgânica. Depois disso, vários processos podem ocorrer, entre eles, os exemplificados no esquema acima, que ilustra uma sequência hipotética de processos pelos quais um resto orgânico passa até a sua fossilização. Há uma área da paleontologia que se ocupa do esclarecimento desses processos, e podendo-se, assim, determinar a data da morte de um organismo.
Considerando o texto, o esquema apresentado e suas implicações, julgue o item.
A análise de fósseis possibilita a descrição de espécies extintas e contribui para a compreensão do surgimento de espécies atuais.
- Geografia - Fundamental | 04. Características naturais do território brasileiro
Texto base: Analise a imagem e leia o texto a seguir sobre os biomas brasileiros.
Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna similares, definida pelas condições físicas predominantes nas regiões. Esses aspectos climáticos, geográficos e litológicos (das rochas), por exemplo, fazem com que um bioma seja dotado de uma diversidade biológica singular, própria. No Brasil, os biomas existentes são (da maior extensão para a menor): a Amazônia, o cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal. Disponível em:<http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2009/10/biomas-brasileiros>. Acesso em: 05 abr. 2014. (Fragmento)
Enunciado:
A partir da leitura do texto e da imagem, explique qual é a relação entre o clima e os biomas?