“Boicote ao militarismo”, propôs o deputado federal Márcio Moreira Alves, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em 2 de setembro de 1968, conclamando o povo a reagir contra a ditadura. O clima vinha tenso desde o ano anterior, com forte repressão ao movimento estudantil e à primeira greve operária do regime militar. O discurso do deputado foi a ‘gota d’água’. A resposta veio no dia 13 de dezembro com a promulgação do Ato Institucional nº- 5 (AI 5).
Ditadura descarada. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, ano 4, nº- 39, dez. 2008 (adaptado).
Considerando o contexto histórico e político descrito acima, o AI 5 significou
Questões relacionadas
- Física | D. Capacitores
(BAHIANA)
DOCA, R.H.; BISCUOLA, G. J.; BÔAS, N. V. Física, Ensino Médio, v. 3, manual do professor. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 179. Adaptada
A figura representa uma tecla de um teclado – semelhante à utilizada nas urnas eletrônicas – acoplada a uma placa metálica móvel. Entre essa placa móvel e uma outra fixa existe um dielétrico compressível, constituindo um capacitor plano. Com base nas informações da figura e nos conhecimentos de Física, é correto afirmar que quando a tecla é pressionada a
- Língua Portuguesa | 1.1 Variações Linguísticas
(CEFET-MG) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Utilize o texto para responder a(s) questão(ões).
A internet e a morte da imaginação
Jacques Gruman“
Nunca entendi essa obsessão por sorrisos em fotografias.
Deve ser um conluio com os dentistas.”
(Nora Tausz Rónai)
Reza uma antiga lenda que dois reinos estavam em guerra. Os perdedores acabaram condenados ao confinamento do outro lado dos espelhos, um primitivo mundo virtual em que eram obrigados a reproduzir tudo o que os vencedores faziam. A luta dos derrotados passava a ser como escapar daquela prisão. O genial Lee Falk inspirou-se nesta narrativa para criar, na década de 1940, O mundo do espelho, para mim uma das mais aterrorizantes histórias do Mandrake. Espelhos foram, aliás, protagonistas de algumas sequências cinematográficas assustadoras. Bóris Karloff, um clássico do gênero, aproveitou muito bem o medo que, desde crianças carregamos, de que nossos reflexos nos espelhos ganhem autonomia. Ui! Já imaginaram se isso virasse realidade? Teríamos de conviver com nossos opostos, um estranhamento no mínimo desconfortável. Os quadrinhos exploraram o assunto também na série do Mundo bizarro, do Super-Homem. Era um nonsense pouco habitual no universo previsível dos super-heróis.
Estava pensando nos estranhamentos do mundo moderno quando me deparei com uma pequena nota de jornal. Encenava-se a ópera Carmen, de Bizet, no Theatro Municipal do Rio. Suponho que a plateia, que pagou caro, estava mergulhada na história e na interpretação da orquestra e dos solistas. Não é que um cidadão saca seu iPad e passa um tempão checando os e-mails, dedinhos nervosos para cima e para baixo, com a tela iluminando a penumbra indispensável para a fruição plena do espetáculo? Como esse tipo de desrespeito está entrando na "normalidade", apenas uma pessoa esboçou reação. Uma espécie de angústia semelhante à incontinência urinária se espalha como praga nas relações pessoais e no uso dos espaços público e privado. Tudo passou a ser urgente. Todos os torpedos, e-mails e chamadas no celular viraram prioridade, casos de vida ou morte. Interrompem-se conversas para olhar telinhas e telonas, desrespeitando interlocutores. Como este tipo de patologia tende a se diversificar, já há gente que conversa e olha o computador ao mesmo tempo, como aqueles lagartos esquisitos cujos olhos se movimentam sem aparente coordenação. Outros participam de reuniões sem desligar sua tralha eletrônica (na verdade, não estão nas reuniões). Especialistas em informática previram que, num futuro não muito distante, chips serão implantados no corpo. Estão atrasados. Corpos já pertencem a máquinas. A vida é controlada a distância e por outros.
Outro estranhamento vem da inundação de imagens, aflição que chamo de galeria dos sem imaginação. Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual, a enorme maioria delas sem o menor significado e perfeitamente descartáveis. O Instagram recebe 60 milhões de fotos por dia, ou seja, quase 700 fotos por segundo! Fico pensando no sorriso irônico ou, quem sabe, no horror em estado bruto, que Cartier-Bresson1 esboçaria se esbarrasse nisso. Ele, que procurava a poesia nos pequenos gestos, no cotidiano que se desdobrava em surpresas, nos reflexos impensados, jamais empilharia a coleção de sorrisinhos forçados que caracteriza a obsessão pelos clics.
Essa história dos sorrisos foi muito bem notada pela Nora Rónai, que citei logo no início. Vivemos a era das aparências. Com a multiplicação das imagens, vem a obrigação de "estar bem". Afinal de contas, quem vai querer se exibir no Facebook ou nas trocas de mensagens com uma ponta de melancolia ou, pelo menos, um suspiro de realidade? O mundinho virtual exige estado de êxtase permanente. Uma persona que não passa de ilusão. Criatividade não quer dizer tristeza, claro, mas certamente precisa incorporá-la como tijolo construtor da nossa personalidade. O resto é fofoca. Eric Nepomuceno, tradutor e escritor, fez o seguinte comentário sobre seu amigo Gabriel Garcia Márquez, que acabara de morrer: "Tudo o que ele escreveu é revelador da infinita capacidade de poesia contida na vida humana. O eixo, porém, foi sempre o mesmo, ao redor do qual giramos todos: a solidão e a esperança perene de encontrar antídotos contra essa condenação". Nada que essas maquininhas onipresentes possam registrar, elas que jamais entenderiam a fina ironia de Fernando Pessoa no Poema em linha reta, que começa assim: "Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo". Mais adiante: " Arre, estou farto de semideuses. Onde é que há gente nesse mundo? ".
A praga narcísica desembarcou nas camas. Leio que nova moda é fazer selfies2 depois do sexo. O casal transa, mas isso não basta. É urgente compartilhar! Tira-se uma foto da aparência de ambos, coloca-se no Instagram e ... pronto. O mundo inteiro será testemunha de um momento íntimo, talvez o mais íntimo de todos. Meu estranhamento vai ao paroxismo. É a esse mundo que pertenço? Antigamente, era costume dizer que o que não aparecia na televisão não existia. Atualizando a frase: pelo visto, o que não está na rede não existe. É a universalização do movimento apenas muscular, sem sentido, leviano, rapidamente perecível.
Durante o exílio, o poeta argentino Juan Gelman passou um bom tempo sem conseguir escrever. A inspiração não vinha. Disse ele: "A poesia é uma senhora que nos visita ou não. Convocá-la é uma impertinência inútil. Durante uns bons quatro anos, o choque do exílio fez com que essa senhora não me visitasse". Quando, finalmente, a senhora chega, tudo muda, como narra o poeta: "A visita é como uma obsessão. Uma espécie de ruído junto ao ouvido. Escrevo para entender o que está acontecendo". Não consigo imaginar uma serenidade como essa no mundo virtual. Tudo nasce e morre antes de ser completamente absorvido. Cada novidade passa a ser vital, filas se formam nas madrugadas nas portas de lojas que começam a vender modelos mais avançados de produtos eletrônicos. Não dá pra esperar um dia, muito menos uma hora. O silêncio e a introspecção são guerrilheiros no habitat plugado. Estou me alistando neste exército de Brancaleone.3
1 Henri Cartier-Bresson: (França 1908- 2004), fotógrafo do século XX, considerado por muitos como o pai do fotojornalismo.
2 fazer selfies: selfie é uma palavra em inglês, um neologismo com origem no termo self-portrait, que significa autorretrato, e é uma foto tirada e compartilhada na internet. Normalmente uma selfie é tirada pela própria pessoa que aparece na foto, com um celular que possui uma câmera incorporada, com um smartphone, por exemplo.
3 O Incrível Exército de Brancaleone (em italiano: L’armata Brancaleone): é um filme italiano de 1966, do gênero comédia. Foi dirigido por Mario Monicelli. O Exército de Brancaleone é considerado um clássico italiano, que retrata os costumes da cavalaria medieval através da comédia satírica. É um filme inspirado em Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes.
Disponível em: http://www.cartamaior.com.br/?/Opiniao/A-morte-da-imaginacao/ 30783. Acesso em: 16 ago. 2014. (Adaptado)
Considere as seguintes passagens do texto.
I. "Ele, que procurava a poesia nos pequenos gestos, no cotidiano que se desdobrava em surpresas, nos reflexos impensados, jamais empilharia a coleção de sorrisinhos forçados que caracteriza a obsessão pelos clics."
II. "A praga narcísica desembarcou nas camas. Leio que nova moda é fazer selfies depois do sexo. O casal transa, mas isso não basta. É urgente compartilhar!"
III. "Não consigo imaginar uma serenidade como essa no mundo virtual. Tudo nasce e morre antes de ser completamente absorvido. Cada novidade passa a ser vital, filas se formam nas madrugadas nas portas de lojas que começam a vender modelos mais avançados de produtos eletrônicos."
IV. "Não dá pra esperar um dia, muito menos uma hora. O silêncio e a introspecção são guerrilheiros no habitat plugado. Estou me alistando neste exército de Brancaleone".
Há marcas da linguagem coloquial apenas em
- Geografia | 6.2 Energia
(FUVEST 2007 1ª FASE) Analise o mapa e as frases sobre o sistema elétrico.
Fonte: Théry & Mello, Atlas do Brasil, 2005.
I. No Brasil, apesar de a maior parte da produção de energia elétrica ser originária de hidrelétricas, cerca de metade de seu território utiliza, predominantemente, energia produzida por termelétricas.
II. O Brasil apresenta vastas áreas ainda não interligadas ao sistema elétrico, pois a tecnologia para se transportar energia entre grandes distâncias é ainda pouco conhecida no país.
III. O aproveitamento hidrelétrico está próximo de seu limite nas principais regiões consumidoras do Brasil, o que fez aumentar, a cada ano da última década, a geração de energia elétrica por fontes alternativas, como a nuclear e a de carvão.
Está correto o que se afirma em
- Língua Portuguesa | 1.3 Intenção do Texto
Se você tiver febre alta com dor de cabeça, dor atrás dos olhos, no corpo e nas juntas, vá imediatamente a uma unidade de saúde.
Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, ago. 2009
Esse texto é uma propaganda veiculada nacionalmente. Esse gênero textual utiliza-se da persusão com uma intencionalidade específica. O principal objetivo desse texto é:
- Matemática | 10. Estatística
Tragédias, causadas pelas forças da natureza ou pelo homem, acontecem em todo lugar. Na maioria das vezes, nem há como prevê-las, mas muitas vezes elas acontecem pela falta de recursos para evitá-las, pela falta de infraestrutura para minorar suas consequências ou simplesmente por ignorância da população e falta de uma política de segurança mais rígida.
A seguir, tem-se um gráfico que mostra a estatística de naufrágios de navios nas costas brasileiras.
Observando o gráfico, é correto afirmar que os tipos de acidentes que estão acima da média de acidentes são