Os seres vivos diferem na natureza. Quando visitamos um parque, podemos perceber animais e plantas de diferentes espécies.
A característica própria das plantas é
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.08 Figuras de Linguagem
Sobre a origem da poesia
A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem.
Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual
a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as
coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que
[5] parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências,
discussões, discursos, ensaios ou telefonemas.
Como se ela restituísse, através de um uso específico da língua, a integridade entre nome e coisa
− que o tempo e as culturas do homem civilizado trataram de separar no decorrer da história.
A manifestação do que chamamos de poesia hoje nos sugere mínimos flashbacks de uma possível
[10] infância da linguagem, antes que a representação rompesse seu cordão umbilical, gerando
essas duas metades − significante e significado.
Houve esse tempo? Quando não havia poesia porque a poesia estava em tudo o que se dizia?
Quando o nome da coisa era algo que fazia parte dela, assim como sua cor, seu tamanho, seu
peso? Quando os laços entre os sentidos ainda não se haviam desfeito, então música, poesia,
[15] pensamento, dança, imagem, cheiro, sabor, consistência se conjugavam em experiências
integrais, associadas a utilidades práticas, mágicas, curativas, religiosas, sexuais, guerreiras?
Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, projetado sobre um passado pré-babélico,
tribal, primitivo. Ao mesmo tempo, cada novo poema do futuro que o presente alcança cria, com
sua ocorrência, um pouco desse passado.
[20] Lembro-me de ter lido, certa vez, um comentário de Décio Pignatari, em que ele chamava a
atenção para o fato de, tanto em chinês como em tupi, não existir o verbo ser, enquanto verbo de
ligação. Assim, o ser das coisas ditas se manifestaria nelas próprias (substantivos), não numa
partícula verbal externa a elas, o que faria delas línguas poéticas por natureza, mais propensas
à composição analógica.
[25] Mais perto do senso comum, podemos atentar para como colocam os índios americanos falando,
na maioria dos filmes de cowboy − eles dizem “maçã vermelha”, “água boa”, “cavalo veloz”; em
vez de “a maçã é vermelha”, “essa água é boa”, “aquele cavalo é veloz”. Essa forma mais sintética,
telegráfica, aproxima os nomes da própria existência − como se a fala não estivesse se referindo
àquelas coisas, e sim apresentando-as (ao mesmo tempo em que se apresenta).
[30] No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas,
impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a
se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo.
(...)
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas,
assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou da vida. Mas
temos esses pequenos oásis − os poemas − contaminando o deserto da referencialidade.
ARNALDO ANTUNES www.arnaldoantunes.com.br
Mas temos esses pequenos oásis − os poemas − contaminando o deserto da referencialidade. (l. 35)
Na frase acima, o emprego das palavras “oásis” e “deserto” configura uma superposição de figuras de linguagem, recurso frequente em textos artísticos.
As figuras de linguagem superpostas na frase são:
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.11 Poema
Texto base: Textos para à questão. Texto 1 – poema verbal Soneto 14 tortuosas linhas, 13
labirintos sem fim e sem começo,
12 portas lacradas, 11 vezes
forçadas, talvez 10, até me esqueço. 9 questões de lógica celeste
ou 8 jogos de adivinhação,
7 ou 6 tentativas, todas vãs,
de escutar o que ainda não disseste. 5 metáforas jogadas fora
quando quero dizer-te que te adoro.
4 rimas rebeldes, 3 tropeços, 2 tombos e no entanto, finalmente,
nada que não pudesse resolver-se
em 1 simples bilhete adolescente. LEMOS, Tite de. Outros sonetos do caderno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989. p. 11. Texto 2 – poema visual
Nota:
Apartheid (palavra em africâner; significado: “separação”) foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 na África do Sul, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.
Enunciado:
Assinale a afirmação correta:
- Inglês - Fundamental | 03. Colors
Fill in your favorite list.
- Geografia | 3.4 Clima
A figura abaixo é uma representação dos principais climas que atuam no Brasil.
Considere os seguintes climogramas. Eles representam as médias anuais de temperatura e pluviosidade de três cidades brasileiras entre os anos de 1961-1990.
- Matemática | 1.06 Razão, Proporção e Regra de Três
Um estudante, morador da cidade de Contagem, ouviu dizer que nessa cidade existem ruas que formam um hexágono regular. Ao pesquisar em um sítio de mapas, verificou que o fato é verídico, como mostra a figura.
www.google.com. Acesso em: 7 dez. 2017 (adaptado).
Ele observou que o mapa apresentado na tela do computador estava na escala 1:20.000. Nesse instante, mediu o comprimento de um dos segmentos que formam os lados desse hexágono, encontrando 5 cm.
Se esse estudante resolver dar uma volta completa pelas ruas que formam esse hexágono, ele percorrerá, em quilômetro,