Leia.
O pessimista
— Ei, Tiago, vamos jogar bola? — Ih... justo hoje? Olhe o céu... Vai chover. Tiago era assim. Seu lema era: “Se uma coisa pode dar errado, por que é que vai dar certo?” — Tiaguinho, vamos brincar de pega-pega? — Eu, não! O cachorro da vizinha está solto por aí. Vai nos ver correndo e a tragédia está feita. Não tinha jeito. E o pior é que, na escola, ele fazia parte do meu grupo de pesquisa. Meu pai também o levava e buscava na escola. Eu até tentava aconselhar: “Sabe, Tiago, nem sempre as coisas saem como pensamos. Você sempre pensa que algo vai dar errado. Mas nem sempre dá!”. Mas ele já entrava no carro do papai falando em acidentes de trânsito. No recreio, estava sempre esperando alguém derramar suco em sua roupa; achava que ninguém gostava dele... Vanessa Raquel, Revista Nosso Amiguinho. São Paulo, ano 59, n. 12, p. 26, jun. 2012.
O texto trata de um menino que: