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Para o Mano Caetano | |
1 | O que fazer do ouro de tolo |
Quando um doce bardo brada a toda brida, | |
Em velas pandas, suas esquisitas rimas? | |
4 | Geografia de verdades, Guanabaras postiças |
Saudades banguelas, tropicais preguiças? | |
A boca cheia de dentes | |
7 | De um implacável sorriso |
Morre a cada instante | |
Que devora a voz do morto, e com isso, | |
10 | Ressuscita vampira, sem o menor aviso |
[...] | |
E eu soy lobo-bolo? lobo-bolo | |
Tipo pra rimar com ouro de tolo? | |
13 | Oh, Narciso Peixe Ornamental! |
Tease me, tease me outra vez1 | |
Ou em banto baiano | |
16 | Ou em português de Portugal |
Se quiser, até mesmo em americano | |
De Natal | |
[...] | |
1Tease me (caçoe de mim, importune-me). | |
LOBÃO. Disponível em: http://vagalume.uol.com.br. Acesso em: 14 ago. 2009 (adaptado).
Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua portuguesa, a fim de conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de termos coloquiais na seguinte passagem: