Biosfera II foi um projeto desenvolvido para simular diversos ecossistemas e se estudar, até que ponto, seria possível construir um hábitat autônomo, onde os futuros colonos do planeta Marte pudessem estabelecer-se. A ideia era a de que recursos, do ar à água, se renovassem automaticamente, e os detritos fertilizassem os terrenos de cultivo e servissem de nutriente às algas. No entanto, uma série de incidentes deitou por terra o projeto. Baratas e formigas penetraram no sistema, aparentemente estanque (perdia apenas 10% do ar por ano, enquanto, nos vaivéns espaciais, essa perda é de 2% por dia). Os níveis de CO2 aumentaram, o que causou a morte de várias espécies. Das 25 espécies de vertebrados utilizadas no projeto, apenas seis sobreviveram. As abelhas, os beija-flores e outros insetos polinizadores também morreram. Foi necessário injetar oxigênio para garantir a continuidade do projeto. A estação ficou abandonada durante 13 anos, até que, em 2007, a Universidade do Arizona transformou-a em um grande laboratório de ciências da Terra. Hoje, é possível estudar ali o impacto das alterações climáticas nas espécies vegetais e a resposta dos ecossistemas a concentrações elevadas de gases de efeito estufa. A instalação funciona como um modelo de cidade, que possibilita ensaiar estratégias para reduzir as emissões poluentes ou a implantação de novos sistemas de distribuição de energia elétrica.
Revista Superinteressante, mar./2012 (com adaptações).
Considerando o assunto do texto e os diversos aspectos a ele relacionados, julgue o item.
A autopolinização não ocorre em vegetais que possuem órgãos reprodutivos como o ilustrado na figura abaixo, um tipo de vegetal cuja reprodução pode ter sido afetada pela morte de polinizadores na Biosfera II.
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