A) Quais são os principais elementos que caracterizam o espaço rural?
B) Quais são os principais elementos que caracterizam o espaço urbano?
Questões relacionadas
- Ciências - Fundamental | 05. Vírus e Viroses
(UFPR) No Brasil, doenças como a febre amarela, o sarampo e a tuberculose são problemas de saúde pública. Com relação a essas doenças, assinale a alternativa correta.
- Biologia | 4.3 Metabolismo Energético
No que diz respeito à fotossíntese, escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma nos itens abaixo.
( ) É um processo metabólico em que a energia solar é capturada e usada na conversão de dióxido de carbono e água em carboidratos e oxigênio.
( ) Existem três formas diferentes de rota independente da luz que reduz o dióxido de carbono: ciclo de Calvin, fotossíntese C4 e metabolismo ácido das crassuláceas.
( ) As reações dependentes de luz convertem energia luminosa em energia química.
( ) A clorofila excitada no centro de reação atua como agente oxidante, absorvendo elétrons, para reduzir um aceptor de elétrons instáveis.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
- Matemática - Fundamental | 02. Ordens e classes
Leia a seguinte manchete
A) Escreva utilizando algarismos, o número que representa a quantidade de crianças e jovens fora da escola.
B) Escreva por extenso este mesmo número.
- Língua Portuguesa
O trecho que você, candidato ou candidata, irá ler foi extraído da obra O Guarani, de autoria de José de Alencar. Leia atentamente o trecho do capítulo X – AO ALVORECER e, baseado no texto, responda à(s) questão(ões).
– 3Tu, senhora, zangada com Peri! Por quê?
– Porque 4Peri é 14mau e ingrato; em vez de ficar perto de sua senhora, vai caçar em risco de morrer! Disse a moça 15ressentida.
– 5Ceci desejou ver uma onça viva!
– Então não posso gracejar? Basta que eu deseje uma coisa para que tu corras atrás dela como um louco?
– 9Quando Ceci acha bonita uma flor, Peri não vai buscar? Perguntou o índio.
– Vai, sim.
– 10Quando Ceci ouve cantar o sofrê, Peri não o vai procurar?
– Que tem isso?
– 8Pois Ceci desejou ver uma onça, Peri a foi buscar.
Cecília não pôde reprimir um sorriso ouvindo esse silogismo rude, a que a linguagem singela e 1concisa do índio dava uma certa poesia e originalidade.
11Mas estava resolvida a conservar a sua severidade e ralhar com Peri por causa do susto que lhe havia feito na véspera.
– 2Isto não é razão, continuou ela; porventura 6um animal feroz é a mesma coisa que um pássaro, e apanha-se como uma flor?
– 7Tudo é o mesmo, desde que te causa prazer, senhora.
– 12Mas então, exclamou a menina com um assomo de impaciência, se eu te pedisse aquela nuvem?...
E apontou para os brancos vapores que passavam ainda envolvidos nas sombras 16pálidas da noite.
– Peri ia buscar.
– A nuvem? Perguntou a moça admirada.
– Sim, a nuvem.
Cecília pensou que o índio tinha perdido a cabeça; ele continuou:
– 13Somente como a 17nuvem não é da terra e o homem não pode tocá-la, Peri morria e ia pedir ao Senhor do céu a nuvem para dar a Ceci.
Estas palavras foram ditas com a simplicidade com que fala o coração. A menina, que um momento duvidara da razão de Peri, compreendeu toda a sublime abnegação, toda a delicadeza de sentimento dessa alma inculta.
A sua fingida severidade não pôde mais resistir; deixou pairar nos seus lábios um sorriso divino.
ALENCAR, José de. O Guarani.
Na ref. 8, “Pois Ceci desejou ver uma onça, Peri a foi buscar.”, o termo em destaque é um pronome. O termo destacado também é um pronome na frase:
- Língua Portuguesa | 1.10 Semântica
Memórias do cárcere
Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos − e, antes de
começar, digo os motivos por que silenciei e por que me decido. Não conservo notas: algumas
que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais
difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas
[5] forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como
adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com
os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do
livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente
verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo
[10] palavras contestáveis e obliteradas?
(...)
O receio de cometer indiscrição exibindo em público pessoas que tiveram comigo convivência
forçada já não me apoquenta. Muitos desses antigos companheiros distanciaram-se, apagaramse.
Outros permaneceram junto a mim, ou vão reaparecendo ao cabo de longa ausência, alteramse,
completam-se, avivam recordações meio confusas − e não vejo inconveniência em mostrá-los.
(...)
[15] E aqui chego à última objeção que me impus. Não resguardei os apontamentos obtidos em
largos dias e meses de observação: num momento de aperto fui obrigado a atirá-los na água.
Certamente me irão fazer falta, mas terá sido uma perda irreparável? Quase me inclino a supor
que foi bom privar-me desse material. Se ele existisse, ver-me-ia propenso a consultá-lo a cada
instante, mortificar-me-ia por dizer com rigor a hora exata de uma partida, quantas demoradas
[20] tristezas se aqueciam ao sol pálido, em manhã de bruma, a cor das folhas que tombavam das
árvores, num pátio branco, a forma dos montes verdes, tintos de luz, frases autênticas, gestos,
gritos, gemidos. Mas que significa isso? Essas coisas verdadeiras podem não ser verossímeis.
E se esmoreceram, deixá-las no esquecimento: valiam pouco, pelo menos imagino que valiam
pouco. Outras, porém, conservaram-se, cresceram, associaram-se, e é inevitável mencioná-
[25] las. Afirmarei que sejam absolutamente exatas? Leviandade. (...) Nesta reconstituição de fatos
velhos, neste esmiuçamento, exponho o que notei, o que julgo ter notado. Outros devem possuir
lembranças diversas. Não as contesto, mas espero que não recusem as minhas: conjugam-se,
completam-se e me dão hoje impressão de realidade. Formamos um grupo muito complexo, que
se desagregou. De repente nos surge a necessidade urgente de recompô-lo. Define-se o ambiente,
[30] as figuras se delineiam, vacilantes, ganham relevo, a ação começa. Com esforço desesperado
arrancamos de cenas confusas alguns fragmentos. Dúvidas terríveis nos assaltam. De que modo
reagiram os caracteres em determinadas circunstâncias? O ato que nos ocorre, nítido, irrecusável,
terá sido realmente praticado? Não será incongruência? Certo a vida é cheia de incongruências,
mas estaremos seguros de não nos havermos enganado? Nessas vacilações dolorosas, às vezes
[35] necessitamos confirmação, apelamos para reminiscências alheias, convencemo-nos de que a
minúcia discrepante não é ilusão. Difícil é sabermos a causa dela, desenterrarmos pacientemente
as condições que a determinaram. Como isso variava em excesso, era natural que variássemos
também, apresentássemos falhas. Fiz o possível por entender aqueles homens, penetrar-lhes
na alma, sentir as suas dores, admirar-lhes a relativa grandeza, enxergar nos seus defeitos a
[40] sombra dos meus defeitos. Foram apenas bons propósitos: devo ter-me revelado com frequência
egoísta e mesquinho. E esse desabrochar de sentimentos maus era a pior tortura que nos podiam
infligir naquele ano terrível.
GRACILIANO RAMOS Memórias do cárcere. Rio de Janeiro: Record, 2002.
Nesta reconstituição de fatos velhos, neste esmiuçamento, exponho o que notei, o que julgo ter notado. (ℓ. 25-26)
O uso do verbo “julgar”, no fragmento acima, promove uma correção do que estava dito imediatamente antes.
Essa correção é importante para o sentido geral do texto porque: