Explicaê

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Texto base:

Imagem  

A seguir, leia a transcrição da parte verbal do infográfico contido na imagem anterior.  

COMO O NOVO COURO É PRODUZIDO   

  1. 1.Uma pequena quantidade de células de pele bovina, os fibroblastos, é retirada de um animal.
  2. 2.As células são colocadas num frasco, junto com soro fetal bovino e nutrientes, dentro de uma incubadora.
  3. 3.Durante 30 dias, as células se multiplicam.
  4. 4.As células são colocadas sobre uma massa de colágeno. Elas começam a se juntar e formar camadas.
  5. 5.Várias camadas são sobrepostas.

 Está pronto o couro.     Couro de laboratório     Sapatos, carteiras, bolsas e roupas – tudo feito em tubo de ensaio, a partir da multiplicação de células bovinas, e sem matar um animal sequer. Mas, com um porém. Texto/ Thaís Harari   No mês passado, o mundo se espantou com a criação de um hambúrguer feito de carne artificial, em laboratório (que a Super já havia anunciado em 2008). Ele ainda vai demorar para chegar ao seu prato, se é que vai chegar - terá de passar por várias fases de teste antes de ser considerado seguro. Mas, bem antes disso, você já poderá estar usando outro tipo de tecido artificial: o couro de laboratório. Ele foi desenvolvido pela empresa americana Modern Meadow, que criou uma técnica de multiplicação de células. Ao contrário da carne artificial, que tem gosto e consistência estranhos o couro de laboratório é idêntico ao natural – tem a mesma cor, a mesma textura e até o mesmo cheiro. Nada a ver com o chamado “couro sintético”, feito de petróleo. É couro de verdade mesmo. Com uma grande vantagem: não exige a morte de nenhum bicho. “A ideia é criar um produto que não envolva nenhum tipo de crueldade com animais”, explica Andras Forgacs, fundador da empresa, que já produziu uma carteira feita com o novo couro. Mas o processo também tem um lado polêmico. Para que as células se multipliquem, elas precisam ser misturadas com soro fetal bovino, uma substância extraída do sangue de bezerros recém-nascidos. Para coletar esse sangue, enfia-se uma agulha no coração do animal, que rende até meio litro de soro. O bezerro sobrevive e tem vida normal. Ou seja: o procedimento é melhor do que matar um boi para arrancar o seu couro. Mas envolve sofrimento. Além disso, o soro bovino é escasso – o mundo produz apenas 200 mil litros por ano, que já estão sendo consumidos (na produção de vacinas e em pesquisas científicas). Tanto que, ano passado, um grupo de cientistas [...] escreveu um artigo pedindo o desenvolvimento de outros tipos de soro. A Modern Meadow diz que está desenvolvendo uma versão sintética, feita com plantas.    

HARARI, Thaís. Couro de laboratório. Ilustrações de iStockPhotos. Revista Super Interessante. São Paulo: Abril, n. 323, p. 16. set. 2013. (Fragmento) Seção: Super Novas.  


Qual a relação entre o infográfico e o desenvolvimento do assunto abordado no texto lido?