Leia o texto a seguir e depois responda à questão.
UM ÍNDIO NO TELHADO
- Grau, miau, miau!... Que é isso, pessoal?
É o grito de guerra do gato Renato. E cadê ele?
Está perto do armário da mãe, junto da janela, brincando com as coisas dela. Amarrou uma fita na cabeça e espetou uma pena, que nem índio. Tirou a camisa e pôs colar no pescoço. Com uma toalha, fez uma tenda. Agora só falta pintar o corpo e o rosto para ficar igualzinho aos índios dos filmes da televisão. Bom para essa pintura é o batom da mamãe. Pronto. Agora é só olhar no espelho. Mas o espelho está numa prateleira tão alta... se Renato ficar na ponta do pé... Será que ele alcança? Ainda não. E se ele puxar com o cabo da vassoura?
Crache!! Ta-ra-plim! Plim! O espelho caiu e quebrou.
Renato começou a catar os cacos, mas ouviu que sua mãe vinha chegando e tratou de esconder os pedacinhos. Foi juntando e guardando numa caixinha. Mas a mãe já estava perto e ele guardou a caixa no bolso.
- Que foi que houve, meu filho?
Ele fez de conta que não sabia de nada:
- Ué aconteceu alguma coisa?
Aí dona Mimi se zangou:
- Meu filho, eu estou vendo a porta do armário aberta, minhas coisas espalhadas e um caco de espelho no chão. Posso adivinhar o que aconteceu aqui.
- Eu não mexi em nada, mamãe.
- Pois então você vai ficar de castigo. Não é por causa do espelho. É porque falou mentira.
- Não fui eu, foram os índios.
- Você e essa sua mania de televisão.
(...)
Fonte: MACHADO, Ana Maria. Currupaco, papaco e outras histórias. São Paulo, Abril Cultural, 1977.
Nesta frase encontramos: