Com efeito, sou um existente que aprende sua liberdade por meio de seus atos; mas sou também um existente cuja existência individual e única temporaliza-se como liberdade. Assim, minha liberdade está perpetuamente em questão em meu ser; não se trata de uma qualidade sobreposta ou uma propriedade de minha natureza; é bem precisamente a textura de meu ser.
SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada – Ensaio de ontologia fenomenológica. Tradução de Paulo Perdigão. 6. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1998. (adaptado)
Nesse fragmento, Sartre sustenta a elaboração filosófica de que a liberdade se manifesta por meio da
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.2 Estratégias Empregadas na Construção do Texto
(ENEM 2021 2° APLICAÇÃO) Espaço e memória
O termo “Na minha casa...” é uma metáfora que guarda múltiplas acepções para o conjunto de pessoas, de adeptos, dos que creem nos orixás. Múltiplos deuses que a diáspora negra trouxe para o Brasil. Refere-se ao espaço onde as comunidades edificaram seus templos, referência de orgulho, aludindo ao patrimônio cultural de matriz africana, reelaborado em novo território.
O espaço é fundamental na constituição da história de um povo. Halbwachs (1941, p. 85), ao afirmar que “não há memória coletiva que não se desenvolva em um quadro espacial”, aponta para a importância de aspecto tão significativo no desenvolvimento da vida social.
Lugar para onde está voltada a memória, onde aqueles que viveram a condição-limite de escravo podiam pensar-se como seres humanos, exercer essa humanidade e encontrar os elementos que lhes conferiam e garantiam uma identidade religiosa diferenciada, com características próprias, que constituiu um “patrimônio simbólico do negro brasileiro (a memória cultural da África), afirmou-se aqui como território político-mítico-religioso para sua transmissão e preservação” (SODRÉ, 1988, p. 50).
BARROS, J. F. P. Na minha casa. Rio de Janeiro: Pallas, 2003
Na construção desse texto acadêmico, o autor se vale de estratégia argumentativa bastante comum a esse gênero textual, a intertextualidade, cujas marcas são
- Química | 1.5 Funções Inorgânicas
(UNICENTRO)
Os indicadores ácido-base são substâncias químicas que, em solução aquosa, têm a propriedade de mudar de cor, na presença de íons H+ (aq) ou íon OH− (aq) e identificar se uma solução aquosa é ácida ou básica, a exemplo de fenolftaleína e de tornassol, representados na tabela.
Considerando-se as informações do texto e os dados da tabela, é correto afirmar:
- Língua Portuguesa | 1.3 Intenção do Texto
(ENEM 2014 2ª APLICAÇÃO) A tendência dos nomes
O nome é uma das primeiras coisas que não escolhemos na vida. Estará inscrito nos registros: na maternidade, no RG, no CPF, no obituário etc. Enfim, uma escolha que não fizemos nos acompanha do berço ao túmulo, pois na lápide se dirá que ali jaz Fulano de Tal.
SILVA, D. Língua, n. 77, mar. 2012
Algumas palavras atuam no desenvolvimento de um texto contribuindo para a sua progressão. A palavra "enfim" promove o encadeamento do texto, tendo sido utilizada com a intenção de:
- Sociologia | 2. Diversidade Cultural e Estratificação Social
O homem não pode ser definido nem apenas por suas habilidades inatas, como fazia o iluminismo, nem apenas por seu comportamento real, como o faz grande parte da ciência social contemporânea, mas sim pelo elo entre eles, pela forma em que o primeiro é transformado no segundo, suas potencialidades genéricas focalizadas em suas atuações específicas. É na carreira do homem, em seu curso característico, que podemos discernir, embora difusamente, sua natureza e apesar de a cultura ser apenas um elemento na determinação desse curso, ela não é o menos importante. Assim como a cultura nos modelou como uma espécie única – e sem dúvida ainda nos está modelando – assim também ela nos modela como indivíduos separados. É isso o que temos realmente em comum – nem um ser subcultural imutável, nem um consenso de cruzamento cultural estabelecido.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1989.
Ao discutir a construção do homem, o antropólogo Geertz, defendeu que
- Sociologia | 2. Diversidade Cultural e Estratificação Social
A ideia de que a razão, a mais alta faculdade intelectual do homem, interessa-se apenas pelos instrumentos, ou melhor, é ela mesma apenas um instrumento, é formulada de modo mais claro e aceita mais amplamente hoje do que no passado. [...] O indivíduo outrora concebeu a razão exclusivamente como um instrumento do eu. Agora, ele experiência o inverso dessa autodeificação. A máquina ejetou o piloto; ela corre cegamente pelo espaço. No momento da consumação, a razão tornou-se irracional e estultificada.
HORKHEIMER, Max. Eclipse da razão. São Paulo: Editora da UNESP, 2015.
A crítica realizada por este sociólogo está relacionada ao(à)