Questões relacionadas
- Física | 5.1 Movimento Harmônico Simples
(IFSUL) Uma partícula, executando um movimento harmônico simples, move-se ao longo de um eixo Ox e sua posição, em função do tempo ao longo desse eixo é representada no gráfico da figura abaixo.
A partir da análise do gráfico, a função horária, em unidades SI que representa corretamente o movimento harmônico simples descrito por essa partícula é
- História - Fundamental | 08. Colonização Portuguesa na América
Texto base: Observe a imagem a seguir. Disponível em:< https://goo.gl/epVEo4>. Acesso em: 24 abr. 2018
Enunciado:
- A) Explique porque mesmo considerando os nativos inferiores, os europeus não abandonaram o continente.
- B) Qual a posição da Igreja na recusa do nativo em se converter ao cristianismo?
- Literatura
(UNESP) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o excerto do "Sermão do bom ladrão", de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à(s) questão(ões) a seguir.
Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: "Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?". Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
(Essencial, 2011.)
No segundo parágrafo, Antônio Vieira torna explícito seu descontentamento com
- Literatura | 5.2 Modernismo
A certa personagem desvanecida
Um soneto começo em vosso gabo*:
Contemos esta regra por primeira,
Já lá vão duas, e esta é a terceira,
Já este quartetinho está no cabo.
Na quinta torce agora a porca o rabo;
A sexta vá também desta maneira:
Na sétima entro já com grã** canseira,
E saio dos quartetos muito brabo.
Agora nos tercetos que direi?
Direi que vós, Senhor, a mim me honrais
Gabando‐vos a vós, e eu fico um rei.
Nesta vida um soneto já ditei;
Se desta agora escapo, nunca mais:
Louvado seja Deus, que o acabei.
Gregório de Matos
*louvor **grande
Tipo zero
Você é um tipo que não tem tipo
Com todo tipo você se parece
E sendo um tipo que assimila tanto tipo
Passou a ser um tipo que ninguém esquece
Quando você penetra num salão
E se mistura com a multidão
Você se torna um tipo destacado
Desconfiado todo mundo fica
Que o seu tipo não se classifica
Você passa a ser um tipo desclassificado
Eu até hoje nunca vi nenhum
Tipo vulgar tão fora do comum
Que fosse um tipo tão observado
Você ficou agora convencido
Que o seu tipo já está batido
Mas o seu tipo é o tipo do tipo esgotado
Noel Rosa
(FUVEST 2020 1º FASE) O soneto de Gregório de Matos e o samba de Noel Rosa, embora distantes na forma e no tempo, aproximam‐se por ironizarem
- Arte - Fundamental | 09. Dança Contemporânea
PERFORMANCE
O movimento de performance surgiu no início da década de 1960 com o objetivo de acabar com as forças de mercado controladoras da arte e inspirado pelas performances dadaístas existentes há aproximadamente 40 anos. Allan Kaprow, Vito Acconci, Chris Burden e Carolee Schneeman foram alguns dos artistas que criaram os happenings. Essas apresentações ou eventos sem ensaio, onde quase sempre se esperava a participação da plateia, tinham como objetivo romper as fronteiras entre a arte e a vida cotidiana. Na Alemanha, um grupo de artistas internacionais que se autodenominava Fluxus tinha objetivos semelhantes. O Fluxus foi fundado em 1961 pelo artista americano George Maciunas, o americano de origem coreana Nam June Paik e o artista alemão Wolf Vostell. Joseph Beuys, um escultor e artista performático alemão, foi um dos membros mais importantes do Fluxus. Dentro do espírito do dadaísmo, suas demonstrações eram quase sempre intencionalmente absurdas, como a sua sugestão de que o Muro de Berlim deveria ganhar alguns centímetros de altura para ficar mais proporcional, ou a sua tentativa de fundar partidos políticos para os animais. Em How to Explain Pictures to a Dead Hare (1965), Beuys amarrou um pedaço de feltro na sola de um dos pés e um pedaço de metal na outra. Em seguida cobriu a cabeça com uma folha dourada e começou a dar explicações sobre obras de arte a uma lebre morta que embalava nos braços. Por trás desses evidentes absurdos, existiam questões mais sérias, que discutiam quais eram os limites entre a vida e a morte, entre o ser humano e os animais, o racional e o irracional e, finalmente, entre a arte e a plateia.
O pioneiro da arte performática, que nos anos 70 se torna moda mundial, é Allen Kaprow, que cria em 1959 o happening (acontecimento): uma apresentação aparentemente improvisada, em que o artista se vale de imagens, músicas e objetos e incorpora a reação do espectador. Do happening nasce depois a performance, que é planejada e não prevê participação da plateia. Em 1965, por exemplo, Joseph Beuys cobriu o rosto com mel e folhas de ouro, pegou nos braços o cadáver de uma lebre e percorreu uma exposição de pinturas discursando sobre a futilidade da arte diante da tragédia ecológica. Variante da arte performática é a body art (arte do corpo), do francês Yves Klein e do norte-americano Bruce Nauman, que usa o corpo humano, como garotas nuas pintadas de azul que, dançando, se jogam contra telas em branco.
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/arte-na-antiguidade/arte-contemporanea.php
Converse com a turma sobre a arte performática e compartilhe com os alunos o texto Performance.
Proponha que pesquisem sobre o trabalho dos artistas performáticos em livros, revistas, jornais e sites. Abra um espaço para discutirem sobre o que descobriram através das pesquisas e se possível leve os alunos ao laboratório de informática para que possam assistir a alguns vídeos representativos na internet.
Proponha aos alunos que realizem uma performance, podendo ser dividida a turma em três grupos. Sugira como tema a questão ambiental, assim como fez o artista Joseph Beuys em 1959. Atualmente a fonte de inspiração para esse tema certamente é muito maior do que em 1959, pois problemas relacionados com os impactos do consumo excessivo são muitos.
Combine com a turma a realização das performances no horário do recreio, e depois faça com os alunos uma avaliação de como foi encenar a performance e como foi a reação do público presente, assim conferindo se o objetivo do trabalho foi atingido.