TEXTO I
Cinema Novo
O filme quis dizer: “Eu sou o samba”
A voz do morro rasgou a tela do cinema
E começaram a se configurar
Visões das coisas grandes e pequenas
Que nos formaram e estão a nos formar
Todas e muitas: Deus e o diabo, vidas secas, os fuzis,
Os cafajestes, o padre e a moça, a grande feira, o desafio
Outras conversas, outras conversas sobre os jeitos do Brasil
VELOSO, C.; GIL, G. In: Tropicália 2. Rio de Janeiro: Polygram, 1993 (fragmento).
TEXTO II
O cinema brasileiro partiu da consciência do subdesenvolvimento e da necessidade de superá-lo de maneira total, em sentido estético, filosófico, econômico: superar o subdesenvolvimento com os meios do subdesenvolvimento. Tropicalismo é o nome dessa operação; por isso existe um cinema antes e depois do Tropicalismo. Agora nós não temos mais medo de afrontar a realidade brasileira, a nossa realidade, em todos os sentidos e a todas as profundidades.
ROCHA, G. Tropicalismo, antropologia, mito, ideograma. In: Revolução do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Alhambra;
Embrafilme, 1981 (adaptado).
Uma das aspirações do Cinema Novo, movimento cinematográfico brasileiro dos anos 1960, incorporadas pela letra da canção e detectáveis no texto de Glauber Rocha, está na