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AAP) Leia com atenção os versos abaixo:
“E foi que de doença crua e feia.
A mais que eu nunca vi, desamparam
Muitos a vida, e em terra estranha e alheia
Os ossos para sempre sepultaram.
Quem haverá que sem o ver o creia?
Que tão disformemente ali lhe incharam
As gengivas na boca, que crescia
A carne, e juntamente apodrecia:
Apodrecia c’ um fétido e bruto
Cheiro, que o ar vizinho infi cionava:
Não tínhamos ali médico astuto,
Cirurgião sutil menos se achava;
Mas qualquer, neste ofício pouco instruto
Pela carne já podre assi cortava,
Como se fora morta; e bem convinha,
Pois que morto fi cava quem a tinha.”
“Os Lusiadas” – Camões, Canto V, 81/82
De acordo com os versos de Camões, a doença acima descrita é: