Explicaê

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Na manhã de 12 de agosto de 1798, Antônio José de Matos e Lucena, capitão do 2º Regimento da Bahia, recebeu de um boticário um papel que haviam colado à porta de sua loja. Segundo o capitão, ali se “falava em uma próxima revolução que se tentava fazer, prometendo grandes vantagens à tropa e dando-lhe liberdade aos escravos”. Como foram muitos os cartazes que amanheceram colados pela cidade, não se sabe quantos mais prometiam “dar a liberdade aos escravos” – ou que, no mínimo, produziram essa leitura. O que se sabe é que os ventos da revolução já haviam atravessado o Atlântico, influenciando as primeiras sedições de mulatos no Haiti e espalhando pavor junto a escravistas de outras latitudes. No Rio de Janeiro, um inglês percebeu em 1792 que “a magia secreta que faz o negro tremer em presença do branco está, em alto grau, dissolvida”. E na mais negra Salvador? Para os cativos, libertos e livres de cor, que juntos compunham 80% da população, acidade era uma prisão. O medo maior dos carcereiros era que se abrissem as portas das celas internas que as tensões sociais limavam.

FONSECA, R. O. Abrir as portas por dentro. Revista da Biblioteca Nacional. Ano 10, nº 118, Rio de Janeiro, jul. 2015. VOT2022.

O texto descreve a situação do Brasil na época da Conjuração Baiana de 1798. De acordo com o autor, o clima social no Brasil estava

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