Foi o próprio navegador Cristóvão Colombo quem cunhou o nome “canibal”. O nome foi vinculado a can (cão), e a Cam, personagem bíblico mencionado no livro do Gênesis. Cam era o filho mais novo de Noé, amaldiçoado e condenado a ser o “servo dos servos”.
[...] No diário de sua primeira viagem ao Caribe, o explorador menciona, entre curioso e indignado, que os nativos das ilhas tinham o costume de comer carne humana, e assim os chama de “caribes” ou “canibes”. A difusão da prática do canibalismo ajudou a consolidar um novo propósito: o de escravizar os nativos.
SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015 (adaptado). VOT2022.
A escravidão indígena existiu durante todo o período colonial, mesmo com a predominância dos escravos africanos. No texto, percebe que os europeus justificaram a escravidão dos nativos
Questões relacionadas
- Biologia | 03. Bioquímica
(Uneal) Texto I
Atualmente, as doenças ainda são, em sua maior parte, tratadas de forma ampla, sem considerar as diferenças genéticas entre os indivíduos. Além disso, os tratamentos não levam em conta que uma mesma doença, como o câncer de mama, pode estar associada a genes variados.
Texto II
O biólogo israelense Aaron Ciechanover, laureado com o Nobel de Química de 2004, por elucidar processo de degradação e reciclagem de proteínas, batizou o crescente uso dos testes genéticos para orientar o tratamento de doenças. (ATUALMENTE, ...2014).
Considerando-se o gene, é correto afirmar que é
- Química | 2.4 Cinética Química
(UNEB) Cada vez mais os Estados Unidos procuram se libertar do petróleo, pois a dependência dessa fonte de combustível põe em risco não só a segurança nacional, mas também a econômica e a ambiental do país. Como a civilização não pode parar de se locomover, busca-se uma nova maneira de prover energia aos meios de transporte. Biocombustíveis celulósicos oferecem a alternativa mais atraente do ponto de vista ambiental e com maior viabilidade técnica a curto prazo.
(HUBER; DALE, 2009, p. 24).
O esquema mostra o processo da pirólise catalítica, em que a celulose se decompõe e é convertida em gasolina em uma única etapa.
A partir da análise da figura e das informações do texto sobre o processo de transformação da celulose proveniente de capim, em componentes de gasolina, é correto afirmar:
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.01 Texto narrativo
Texto para a questão A Menina que não falava Autor desconhecido. Certo dia, um rapaz viu uma rapariga muito bonita e apaixonou-se por ela. Como se queria casar com ela, no outro dia, foi ter com os pais da rapariga para tratar do assunto. —Essa nossa filha não fala. Caso consigas fazê-la falar, podes casar com ela, responderam os pais da rapariga. O rapaz aproximou-se da menina e começou a fazer-lhe várias perguntas, a contar coisas engraçadas, bem como a insultá-la, mas a miúda não chegou a rir e não pronunciou uma só palavra. O rapaz desistiu e foi-se embora. Após este rapaz, seguiram-se outros pretendentes, alguns com muita fortuna, mas ninguém conseguiu fazê-la falar. O último pretendente era um rapaz sujo, pobre e insignificante. Apareceu junto dos pais da rapariga dizendo que queria casar com ela, ao que os pais responderam: — Se já várias pessoas apresentáveis e com muito dinheiro não conseguiram fazê-la falar, tu é que vais conseguir? Nem penses nisso! O rapaz insistiu e pediu que o deixassem tentar a sorte. Por fim, os pais acederam. O rapaz pediu à rapariga para irem à sua machamba, para esta o ajudar a sachar. A machamba estava carregada de muito milho e amendoim e o rapaz começou a sachá-los. Depois de muito trabalho, a menina, ao ver que o rapaz estava a acabar com os seus produtos, perguntou-lhe: —O que estás a fazer? O rapaz começou a rir e, por fim, disse para regressarem a casa para junto dos pais dela e acabarem de uma vez com a questão. Quando aí chegaram, o rapaz contou o que se tinha passado na machamba. A questão foi discutida pelos anciãos da aldeia e organizou-se um grande casamento. Disponível em: <www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/educacao>. Acesso em: 26 out. 2017. Vocabulário:
rapariga – moça, jovem
aceder – concordar, dizer que sim
sachar – afofar a terra
Enunciado:
A estratégia utilizada pelo rapaz para casar-se com a jovem consistiu em
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Leia os fragmentos do conto de um autor moçambicano para responder:
O assalto
Uns desses dias fui assaltado. Foi num virar de esquina, num desses becos onde o escuro se aferrolha com chave preta. Nem decifrei o vulto: só vi, em rebrilho fugaz, a arma em sua mão. Já eu pensava fora do pensamento: eis-me! A pistola foi-me justaposta no peito, a mostrar-me que a morte é um cão que obedece antes mesmo de se lhe ter assobiado.
[…]
— Diga qualquer coisa.
— Qualquer coisa?
— Me conte quem é. Você quem é?
Medi as palavras. Quanto mais falasse e menos dissesse melhor seria. O maltrapilho estava ali para tirar os nabos e a púcara(*). Melhor receita seria o cauteloso silêncio. Temos medo do que não entendemos. Isso todos sabemos. Mas, no caso, o meu medo era pior: eu temia por entender. O serviço do terror é esse – tornar irracional aquilo que não podemos subjugar.
— Vá falando.
— Falando?
— Sim, conte lá coisas. Depois, sou eu. A seguir é a minha vez.
[…]
Fomos andando para os arredores de uma iluminação. Foi quando me apercebi que era um velho. Um mestiço, até sem má aparência. Mas era um da quarta idade, cabelo todo branco. Não parecia um pobre. […] Foi quando, cansado, perguntei:
— O que quer de mim?
— Eu quero conversar.
— Conversar?
— Sim, apenas isso, conversar. É que, agora, com esta minha idade, já ninguém me conversa.
Então, isso? Simplesmente, um palavreado? Sim, era só esse o móbil do crime. O homem recorria ao assalto de arma de fogo para roubar instantes, uma frestinha de atenção. Se ninguém lhe dava a cortesia de um reparo ele obteria esse direito nem que fosse a tiro de pistola. Não podia era perder sua última humanidade – o direito de encontrar os outros, olhos em olhos, alma revelando-se em outro rosto.
E me sentei, sem hora nem gasto. Ali no beco escuro lhe contei vida, em cores e mentiras. No fim, já quase ele adormecera em minhas histórias eu me despedi em requerimento: que, em próximo encontro, se dispensaria a pistola. De bom agrado, nos sentaríamos ambos num bom banco de jardim. Ao que o velho, pronto, ripostou:
— Não faça isso. Me deixe assaltar o senhor. Assim, me dá mais gosto.
E se converteu, assim: desde então, sou vítima de assalto, já sem sombra de medo. É assalto sem sobressalto. Me conformei, e é como quem leva a passear o cão que já faleceu. Afinal, no crime como no amor: a gente só sabe que encontra a pessoa certa depois de encontrarmos as que são certas para outros.
COUTO, Mia. In: Ficções: revista de contos. Rio de Janeiro:
Editora 7 Letras, 1999, ano II, n. 3, p. 10.
Assinale a alternativa correta.
- Arte | 6.3 Arte Moderna no Brasil
Disponível em: www.itaucultural.org.br. Acesso em: 26 jul. 2010.
Sem formação acadêmica específica em artes visuais, Heitor dos Prazeres, que também é compositor e instrumentista, é reconhecido artista popular do Rio de Janeiro. Suas pinturas de perspectivas imprecisas e com traços bem demarcados são figurativas e sugerem movimento. Essa obra retrata