TEXTO I
Às ações de pensar que só têm a mente humana com a causa chamamos de volições. A mente humana, enquanto é concebida como causa suficiente para produzir tais ações, é chamada vontade. [...] Deve-se notar que, embora a alma humana seja determinada pelas coisas exteriores para afirmar ou negar, não é determinada a ponto de ser constrangida por elas, mas permanece livre, pois nenhuma coisa tem a capacidade de destruir a essência dela.
ESPINOSA, B. Pensamentos metafísicos. São Paulo: Clube dos Autores, 2020 (adaptado).
TEXTO II
Não é apenas nos fenômenos semelhantes ao seu, entre os homens e os animais, que reencontramos como essência íntima esta mesma vontade. (...) Pode-se vê-la na força que faz crescer e vegetar a planta e cristalizar o mineral; na comoção que ocorre no contato de dois metais heterogêneos (...) e até mesmo na gravidade que age com tanto poder sobre toda matéria e que atraia pedra para a Terra assim com a Terra para o Sol.
SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e representação. Rio de Janeiro: Contraponto, 2007 (adaptado).
Baruch Espinosa e Arthur Schopenhauer, notáveis filósofos, analisaram o que para eles seria “vontade”. Ao ler os trechos extraídos das obras desses teóricos, percebe-se que