Era uma dessas ervas daninhas que apenas atrapalham o crescimento das outras plantas. Pequenina, quase insignificante, a erva sorrateiramente se espalhava entre as grandes plantas e, quando menos se percebia, lá estava ocupando-lhes o lugar e roubando-lhes a terra adubada. Nada ofereciam no canteiro: nem flores nem frutos. Apenas se espalhavam a importunar e a atrapalhar. Assim são essas ervas, que parecem mais resistentes que qualquer planta boa. Resistem à chuva e à falta dela, e como se aproveitam de tudo e de todos! Parecem ter nascido apenas para espalhar o mal. É preciso reconhecê-las cedo e exterminá-las antes que adoeçam as outras plantas ou que as sufoquem. O mal se corta pela raiz.
Apresentando a erva daninha e sua relação com as outras plantas, o narrador compõe uma alegoria que representa o anseio de