Em uma residência, o valor que cada um dos dois filhos recebe de mesada é proporcional às atividades que eles realizaram no mês anterior. Os valores são individuais e cada um recebe de acordo com a conclusão das tarefas que estavam previstas para ele. Caso conclua todas as tarefas, cada filho recebe R$ 126,00 de mesada. Em um mês, um dos irmãos realizou apenas dois sétimos de suas tarefas mensais, enquanto o outro irmão realizou quatro nonos das suas.
A diferença entre o valor recebido pelo irmão que cumpriu a maior parte de suas tarefas e o outro, em real, é igual a
Questões relacionadas
- Química | B. Cálculos Estequiométricos
(UNICAMP) A adição de biodiesel ao diesel tradicional é uma medida voltada para a diminuição das emissões de gases poluentes. Segundo um estudo da FIPE, graças a um aumento no uso de biodiesel no Brasil, entre 2008 e 2011, evitou-se a emissão de 11 milhões de toneladas de CO2 (gás carbônico).
(Adaptado de Guilherme Profeta, “Da cozinha para o seu carro: cúrcuma utilizada como aditivo de biodiesel”. Cruzeiro do Sul, 10/04/2018.)
Dados de massas molares em g/mol: H=1, C=12, O=16.
Considerando as informações dadas e levando em conta que o diesel pode ser caracterizado pela fórmula mínima (CnH2n) é correto afirmar que entre 2008 e 2011 o biodiesel substituiu aproximadamente
- História | 5.3 Reforma Protestante
(UDESC) Na obra O queijo e os vermes, o historiador Carlo Ginzburg conta a história de Domenico Scandella, vulgo Menocchio, um moleiro do norte da Itália que, no século XVI, foi considerado herege pela Igreja por afirmar que a origem do mundo estava na putrefação. Ao analisar o processo inquisitorial que trata do caso, Ginzburg chama a atenção para as peculiares opiniões de Menocchio sobre os dogmas da igreja e para suas críticas ao seu poder excessivo: a igreja chegou a controlar um terço das terras cultiváveis da Europa. Para o autor, dois grandes eventos históricos tornaram possível um caso como o de Menocchio: a invenção da imprensa e a Reforma.
Com base nas informações e nos estudos sobre a Idade Moderna europeia, analise as proposições.
I. A Reforma Protestante contribuiu para a uniformização das práticas e dos significados religiosos no século XVI.
II. O desenvolvimento da imprensa contribuiu para que pessoas comuns tivessem acesso a informações antes controladas pela Igreja Católica.
III. A venda de indulgências pela Igreja Católica foi um dos motivos que levou o monge Martinho Lutero a escrever suas 95 teses, criticando vários pontos da doutrina católica.
IV. Uma das medidas da Contrarreforma foi o retorno da Inquisição, que tinha como objetivo reprimir aqueles que não estavam seguindo a doutrina católica.
V. A censura exercida pela Igreja Católica Apostólica Romana foi determinante para a expansão do protestantismo na Itália e na Península Ibérica.
Assinale a alternativa correta.
- Física
Analise a figura abaixo de lançamento oblíquo:
Conforme indica a figura acima, no instante t=0 uma partícula é lançada no ar, e sua posição em função do tempo é descrita pela equação
com r em metros e t em segundos. Após 1,0 segundo, as medidas de sua altura do solo, em metros, e do módulo da sua velocidade, em m/s serão, respectivamente, iguais a:
- Química | 3.6 Reações Orgânicas
(Unit)
ibogaína, um sólido de cor amarela, é o princípio ativo da raiz da Tabernanthe iboga, de origem africana das regiões do Congo e do Gabão capaz de anular a ação de uma série de compostos orgânicos nitrogenados de intensa bioatividade no cérebro, como a cocaína e outros intorpecentes. Extratos da planta são usados em rituais, em cultos religiosos de pigmeus e de alguns povos bantos, em sessões terapêuticas, no tratamento da drogadição. Dentre as hipóteses mais aceitas para explicar os efeitos da substância química no cérebro está a de aumento das sinapses entre neurônios e reorganização de neurotransmissores, como a dopamina. A estimulação excessiva, na drogadição resulta em dessemsibilização de receptores, o que gera necessidade crescente de dopamina, para manter ou intensificar a sensação de prazer, configurando assim a dependência química. Os estudos do uso de ibogaína na terapia tem como base relatos da International Coalition of Addict Sel-Help, ICASH, nos Estados Unidos, de pesquisas realizadas com voluntários desde os anos 80. Mas recentemente, os trabalhos da Universidade Federal de São Paulo, com o fármaco, sob forma de cloreto de ibogaína, mostraram que 61% do grupo de voluntários de dependentes químicos e usuários deixaram a droga, mas o resultado ainda não é conclusiva, são precisos muitos anos de pesquisa.
A análise das informações do texto relacionada aos saberes científicos das Ciências da Natureza e com base na reação química entre um mol de ácido clorídrico, HCl(aq), com um mol de ibogaína, é correto concluir:
- Língua Portuguesa | A. Análise Sintática
Assiste à demolição
– Morou mais de vinte anos nesta casa? Então vai sentir “uma coisa” quando ela for demolida.
Começou a demolição. Passando pela rua, ele viu a casa já sem telhado, e operários, na poeira, removendo caibros. Aquele telhado que lhe dera tanto trabalho por causa das goteiras, tapadas aqui, reaparecendo ali. Seu quarto de dormir estava exposto ao céu, no calor da manhã. Ao fundo, no terraço, tinham desaparecido as colunas da pérgula, e a cobertura de ramos de buganvília – dois troncos subindo do pátio lá embaixo e enchendo de florinhas vermelhas o chão de ladrilho, onde gatos da vizinhança amavam fazer sesta e surpreender tico-ticos.
Passou nos dias seguintes e viu o progressivo desfazer-se das paredes, que escancarava a casa de frente e de flancos jogando-a por assim dizer na rua. Os marcos das portas apareciam emoldurando o vazio. O azul e as nuvens circulavam pelos cômodos, em composição surrealista. E o pequeno balcão da fachada, cercado de ar, parecia um mirante espacial, baixado ao nível dos míopes.
A demolição prosseguiu à noite, espontaneamente. Um lanço de parede desabou sozinho, para fora do tapume, quando já cessara na rua o movimento dos lotações.
Caiu discreto, sem ferir ninguém, apenas avariando – desculpem – a rede telefônica.
A casa encolhera-se, em processo involutivo. Já agora de um só pavimento, sem teto, aspirava mesmo à desintegração. Chegou a vez da pequena sala de estar, da sala de jantar com seu lambri envernizado a preto, que ele passara meses raspando a poder de gilete, para recuperar a cor da madeira. E a vez do escritório, parte pensante e sentinte de seu mecanismo individual, do eu mais íntimo e simultaneamente mais público, eu de gavetas sigilosas, manuseadas por um profissional da escrita. De todo o tempo que vivera na casa, fora ali que passara o maior número de horas, sentado, meio corcunda, desligado de acontecimentos, ouvindo, sem escutar, rumores que chegavam de outro mundo – cantoria de bêbados, motor de avião, chorinho de bebê, galo na madrugada.
E não sentiu dor vendo esfarinharem-se esses compartimentos de sua história pessoal. Nem sequer a melancolia do desvanecimento das coisas físicas. Elas tinham durado, cumprido a tarefa. Chega o instante em que compreendemos a demolição como um resgate de formas cansadas, sentença de liberdade. Talvez sejamos levados a essa compreensão pelo trabalho similar, mais surdo, que se vai desenvolvendo em nós. E não é preciso imaginar a alegria de formas novas, mais claras, a surgirem constantemente de formas caducas, para aceitar de coração sereno o fim das coisas que se ligaram à nossa vida.
Fitou tranquilo o que tinha sido sua casa e era um amontoado de caliça e tijolo, a ser removido. Em breve restaria o lote, à espera de outra casa maior, sem sinal dele e dos seus, mas destinada a concentrar outras vivências. Uma ordem, um estatuto pairava sobre os destroços, e tudo era como devia ser, sem ilusão de permanência.
Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. 12. ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1979.
Vocabulário caibro s.m. elemento estrutural de um telhado, geralmente peças de madeira que se dispõem da cumeeira ao frechal, a intervalos regulares e paralelas umas às outras, em que se cruzam e assentam as ripas, frequentemente mais finas e compridas, e sobre as quais se apoiam e se encaixam as telhas pérgula s. f. espécie de galeria coberta de barrotes espacejados assentados em pilares, geralmente guarnecida de trepadeiras buganvília s.f. designação comum às plantas do gênero bougainvillea, trepadeira, muito cultivadas como ornamentais de flanco s. m. pela lateral marco s. m. parte fixa que guarnece o vão de portas e janelas, e onde as folhas destas se encaixam, prendendo-se por meio de dobradiças tapume s. m. cerca ou vala guarnecida de sebe que defende uma área; anteparo, geralmente de madeira, com que se veda a entrada numa área, numa construção lambri s. m. revestimento interno de parede, usado com fim decorativo ou para proteger contra frio, umidade ou barulho; feito de madeira, mármore, estuque, numa só peça ou composto por painéis, que vão até certa altura ou do chão ao teto (mais usado no plural) caliça s.f. conjunto de resíduos de uma obra de alvenaria demolida ou em desmoronamento, formado por pó ou fragmentos dos materiais diversos do reboco (cal, argamassa ressequida) e de pedras, tijolos desfeitos lote s. m. porção de terra autônoma que resulta de loteamento ou desmembramento; terreno de pequenas dimensões, urbano ou rural, que se destina a construções ou à pequena agricultura
Fonte: HOUAISS, A. e Villar, M. de S. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Elaborado no Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro.
Objetiva, 2009.
Em “Chega o instante em que compreendemos a demolição como um resgate de formas cansadas, sentença de liberdade.”, os verbos sublinhados integram orações que se classificam, respectivamente, como