Chico Mineiro
Cada vez que me alembro
Do amigo Chico Mineiro
Das viagem que nois fazia
Era ele meu companheiro
Sinto uma tristeza
Uma vontade de chorar
Alembrando daqueles tempos
Que não mais há de voltar
Apesar de eu ser patrão
Eu tinha no coração
O amigo Chico Mineiro
Caboclo bom decidido
Na viola era dolorido e era o peão dos boiadeiro
Hoje porém com tristeza
Recordando das proeza
Da nossa viagem motin
Viajemo mais de dez anos
Vendendo boiada e comprando
Por esse rincão sem fim
Mas, porém chegou o dia
Que Chico apartou de mim
Caboclo de nada temia
Mas, porém, chegou um dia
Que Chico apartou-se de mim
Fizemos a última viagem
Foi lá pro sertão de Goiás
Fui eu e o Chico Mineiro
Também foi o capataz
Viajamos muitos dias
Pra chegar em Ouro Fino
Aonde nós passemo a noite
Numa festa do Divino
A festa tava tão boa
Mas antes não tivesse ido
O Chico foi baleado
Por um homem desconhecido
Larguei de comprar boiada
Mataram meu cumpanheiro
Acabou-se o som da viola
Acabou-se o Chico Mineiro
Despois daquela tragédia
Fiquei mais aborrecido
Não sabia da nossa amizade
Porque nois dois era unido
Quando vi seu documento
Me cortou meu coração
Vim saber que o Chico Mineiro
Era meu legítimo irmão
RIBEIRO, F, TONICO. Disponível em: https://www.letras.mus.br. Acesso em: 12 maio 2021.
É comum coexistirem sequências tipológicas em um mesmo gênero textual. Nessa letra de canção, os tipos textuais que se destacam na organização temática são