[...] Estamos em 1817, ano em que estoura em Pernambuco o amplo movimento que rapidamente se transformaria na “pedra no sapato” da política joanina. Pernambuco passava por um momento difícil em virtude da queda dos preços do açúcar e do algodão, além da alta no preço dos escravos. Como se não fosse suficiente, o ambiente tornava-se ainda pior com a má fama do governados Caetano Pinto Montenegro, cantada em verso e prosa: “Caetano no nome; Pinto na falta de coragem; Monte na altura e Negro nas ações”.
SCHWARCZ, L. M; STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015 (adaptado). VOT2021.
Conhecida também como a “Revolução dos Padres”, a revolta ocorrida em Pernambuco no ano de 1817 deixava transparecer que o Brasil
Questões relacionadas
- Literatura | 5.2 Modernismo
Era o êxodo da seca de 1898. Uma ressurreição de cemitérios antigos — esqueletos redivivos, com o aspecto terroso e o fedor das covas podres. Os fantasmas estropiados como que iam dançando, de tão trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de quem leva as pernas, em vez de ser levado por elas. Andavam devagar, olhando para trás, como quem quer voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não sabiam aonde iam. Expulsos de seu paraíso por espadas de fogo, iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão dos maus fados. Fugiam do sol e o sol guiava-os nesse forçado nomadismo. Adelgaçados na magreira cômica, cresciam, como se o vento os levantasse. E os braços afinados desciam-lhes aos joelhos, de mãos abanando. Vinham escoteiros. Menos os hidrópicos — de ascite consecutiva à alimentação tóxica — com os fardos das barrigas alarmantes. Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma. Eram os retirantes. Nada mais.
ALMEIDA, J. A. A bagaceira. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1978.
Os recursos composicionais que inserem a obra no chamado “Romance de 30” da literatura brasileira manifestam-se aqui no(a)
- Geografia | 2. Cartografia
A generalização cartográfica é o processo que permite reconstruir em um mapa a realidade, mantendo seus traços essenciais.
Processos de generalização cartográfica
Um fator importante nesse processo de generalização cartográfica é
- Biologia | 8.6 Verminoses
(UNIPÊ) Doença causada por vermes pequenos, medindo de 1,0cm a 1,5cm de comprimento. As formas adultas vivem no intestino delgado da pessoa infestada, onde machos e fêmeas copulam e os ovos são eliminados com as fezes da pessoa doente. Se atingirem o solo, eles eclodem, liberando pequenas larvas que penetram ativamente na pele de pessoas descalças e entram na corrente sanguínea, por meio da qual chegam aos pulmões, traqueia e faringe até atingir o intestino, completando o ciclo de vida. Os vermes causam lesões na parede intestinal, causando hemorragias e a pessoa se torna anêmica, pálida, fraca e desanimada.
A parasitose descrita no texto é a:
- Matemática
O sistema de inequações abaixo admite k soluções inteiras.
Pode-se afirmar que:
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Texto para a questão
Quando vemos uma virtude, devemos silenciar em reverência a ela
O que é uma virtude? Eis uma das perguntas mais difíceis de responder. Não há um consenso evidente. Em nossa época, nunca se falou tão facilmente de ética, como se esta fosse algum método que se consegue ensinar num workshop motivacional. Tampouco, a ética se deixa notar tão facilmente entre pessoas religiosas, ciosas de sua frequentação ao templo, aliás, como o próprio Cristo ensinou. Amontoam-se livros sobre justiça social, amor ao próximo, igualdade, Cristo, escritos por canalhas de todos os tipos. Que Deus nos proteja da bondade dos bons.
Não, virtudes estão entre as coisas mais raras do mundo. Quando vemos uma, devemos silenciar como forma de reverência. Toda virtude é silenciosa e discreta. Nunca somos capazes de atestar a presença de uma virtude em nós mesmos, apenas o outro pode fazê-lo, porque a vaidade, mãe de todos os pecados e vícios, está sempre atenta para confundir nosso próprio coração.
E aí chegamos a uma questão de fato séria e que sempre nos atormenta: pode-se comprar uma virtude? A riqueza garante a generosidade? As duas são a mesma coisa?
Não, não são a mesma coisa. A riqueza é um bem material, resultado de acúmulo e de, muitas vezes, disciplina (o que é, em si, uma virtude). A riqueza, como bem diz Adam Smith, pode tornar uma pessoa mais generosa devido à segurança material que sente em sua própria vida. Mas a generosidade não brota do simples acúmulo material. Como diria o próprio Pascal, o dinheiro, elemento do mundo material, jamais se tornaria uma virtude, elemento do mundo moral ou do espírito. Mas muitas vezes se misturam e se parecem. E para alguém necessitado, receber um bem material pode significar ter a vida salva.
A pergunta sobre a pureza da generosidade vai ao coração da intenção de quem é, “verdadeiramente”, generoso. Uma coisa é pensar acerca da definição teórica da virtude, outra coisa é a prática dessa virtude. Só se é generoso e, portanto, se conhece a generosidade “por dentro”, quando se pratica a generosidade. E para fazê-lo, muitas vezes, há que se correr risco. O próprio Cristo, sendo ele Deus, para os cristãos, só se revela em sua generosidade quando morre pela humanidade. Nesse sentido, não há generosidade “pura” sem algum risco de vida ou de perda.
Portanto, a força da generosidade é semelhante à da graça: ambas são imbatíveis, uma vez que não temem a destruição do próprio agente que as pratica. O nome da generosidade de Deus é graça. Como se vê a graça?
Disponível em: <:www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2017/02/1858106-
quando-vemos-uma-virtude-devemos-silenciar-em-reverencia-a-ela.shtml>.
Acesso em: 4 mar. 2017.
Releia o trecho abaixo para responder ao que se pede.
A pergunta sobre a pureza da generosidade vai ao coração da intenção de quem é, ‘verdadeiramente’, generoso. Uma coisa é pensar acerca da definição teórica da virtude, outra coisa é a prática dessa virtude. Só se é generoso e, portanto, se conhece a generosidade “por dentro”, quando se pratica a generosidade. E para fazê-lo, muitas vezes, há que se correr risco.
Esse trecho apresenta como ideia implícita: