Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade. Não existe nada de terrível na vida para quem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver. É tolo, portanto, quem diz ter medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, mas porque o aflige a própria espera.
EPICURO. Carta sobre a felicidade [a Meneceu]. In: COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2006.
O epicurismo foi uma escola filosófica do período helenístico. No texto, percebe-se que, o filósofo Epicuro defende que o medo da morte levava o individuo ao(à)