TEXTO I
O grupo do ‘eu’ faz, então, de sua visão a única possível, ou mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do ‘outro’ fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo, anormal ou inteligível.
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1984.
TEXTO II
Com base na narração desse viajante, a par do contato que teve com índios (mediante intérprete), Montaigne construiu uma desconcertante percepção relativa aos donos originais dessa terra. Para Montaigne, ainda que canibais, não havia bárbaros ou selvagens no Brasil: “Acho que não há nada de bárbaro ou de selvagem nessa nação, a não ser que cada um chama de barbárie o que não é seu costume”.
GODOY, A. S. Os canibais brasileiros de Montaigne e os paradoxos da civilização. Disponível em: https://www.conjur.com.br. Acesso em: 20 maio 2021.
Os textos discorrem sobre preconceitos culturais. Para esses pensadores, isso ocorre em virtude de um(a)