(ENEM 2013 2º APLICAÇÃO)
Há dois pilares para a concepção multilateral de justiça: a ideia de que a relação entre Estados é baseada na igualdade jurídica e a noção de que a Carta da ONU deveria promover os direitos humanos e o progresso social. Do primeiro pilar derivam as normas de não intervenção, de respeito à integridade territorial e de não ingerência. São as normas que garantem as condições dos processos deliberativos justos entre iguais.
FONSECA JR., G. Justiça e direitos humanos. In: NASSER, R. (Org.). Novas perspectivassobre os conflitos internacionais. São Paulo: Unesp, 2010 (adaptado).
Nessa concepção de justiça, o cumprimento das normas jurídicas mencionadas é a condição indispensável para a efetivação do seguinte aspecto político:
Questões relacionadas
- Matemática - Fundamental | 08. Polígonos
Os ângulos externos de um polígono regular medem 15º. O número correto de diagonais desse polígono é:
- Língua Portuguesa
Texto I
O silêncio incomoda
1Como trabalho em casa, assisto a um grande número de jogos e programas esportivos, alguns porque gosto e outros para me manter atualizado, vejo ainda muitos noticiários gerais, filmes, programas culturais (são pouquíssimos) e também, por curiosidade, muitas coisas ruins. Estou viciado em televisão.
Não suporto mais ver 25tantas tragédias, crimes, violências, falcatruas e tantas politicagens para a realização da Copa de 2014.
Estou sem paciência 20para assistir a tantas partidas tumultuadas no Brasil, consequência do estilo de jogar, da tolerância com a violência e do ambiente bélico em 14que 9se transformou o futebol, dentro e fora do campo.
Na transmissão das partidas, 30fala-se e grita-se demais. Não há um único instante de silêncio, nenhuma pausa. O barulho é cada dia maior no futebol, nas ruas, nos bares, nos restaurantes e em quase todos os ambientes. O silêncio incomoda as pessoas.
É óbvio 15que informações e estatísticas são importantíssimas. Mas exageram. 2Fala-se 26muito, mesmo com a bola rolando. Impressiona-me 18como 10se formam conceitos, dão opiniões, baseados em estatísticas 13que têm pouca ou nenhuma importância.
Na partida entre Escócia e Brasil, um repórter da TV Globo deu a 6“grande notícia”, 21que Neymar foi o primeiro jogador brasileiro a marcar dois gols contra a Escócia em uma mesma partida.
22Parece haver uma disputa para saber 19quem dá mais informações e estatísticas, e outra, entre os narradores, 3para saber quem grita gol mais 23alto e 24prolongado. 11Se dizem 16que a imagem vale mais que mil palavras, por que se fala e se grita tanto?
21Outra discussão 27chata, durante e após as partidas, é 8se um jogador teve a intenção de colocar a mão na bola e de fazer pênalti, e se outro teve a intenção de atingir o adversário. Com raríssimas exceções, 4ninguém é louco para fazer pênalti nem tão canalha para querer quebrar o outro jogador.
7O que ocorre, com frequência, é 5o jogador, no impulso, sem pensar, soltar o braço na cara do outro. O impulso está à frente da consciência. Não sou também tão ingênuo para achar 17que todas as faltas violentas são involuntárias.
Não dá para o árbitro saber 12se a falta foi intencional ou não. Ele precisa julgar o fato, e não a intenção. Eles precisam ter também bom senso, o que é raro no ser humano, para saber a gravidade das faltas. 29Muitas parecem 28iguais, mas não são. Ter critério não é unificar as diferenças.
(Tostão, Folha de S.Paulo, caderno D, “esporte”, p. 11, 10/04/2011.)
Texto II
O ídolo
Em um belo dia, a deusa dos ventos beija o pé do homem, o maltratado, desprezado pé, e, desse beijo, nasce o ídolo do futebol. 7Nasce em berço de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraçado a uma bola.
1Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criança, alegra os descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até que a noite cai e ninguém mais consegue ver a bola, e, quando jovem, voa e faz voar nos estádios. Suas artes de malabarista convocam multidões, domingo após domingo, de vitória em vitória, de ovação em ovação.
4A bola 13o procura, 14o reconhece, precisa dele. No peito de 18seu pé, ela descansa e se embala. 6Ele 19lhe dá brilho e 20a faz falar, e neste diálogo entre os dois, milhões de mudos conversam. 11Os Zé Ninguém, os condenados a serem para sempre ninguém, podem sentir-se alguém por um momento, por obra e graça desses passes devolvidos num toque, 16essas fintas que desenham os zês na grama, 17esses golaços de calcanhar ou de bicicleta: quando ele joga o time tem doze jogadores.
— Doze? Tem quinze! Vinte!
10A bola ri, radiante, no ar. Ele a amortece, a adormece, diz galanteios, dança com ela, e vendo essas coisas nunca vistas, seus adoradores sentem piedade por seus netos ainda não nascidos, que não estão vendo 15o que acontece.
22Mas o ídolo é ídolo apenas por um momento, humana eternidade, coisa de nada; e quando chega a hora do azar para o pé de ouro, a estrela conclui sua viagem do resplendor à escuridão. 3Esse corpo está com mais remendos que roupa de palhaço, o acrobata virou paralítico, o artista é uma besta:
— Com a ferradura, não!
8A fonte da felicidade pública se transforma no 12para-raios do rancor público:
— Múmia!
Às vezes, o ídolo não cai inteiro. 5E, às vezes, 2quando 9se quebra, a multidão 21o devora aos pedaços.
(Eduardo Galeano. Futebol, ao sol e à sombra.)
Texto III
Sermão da Planície
(para não ser escutado)
Bem-aventurados os que não entendem nem aspiram a entender de futebol, pois deles é o reino da tranquilidade.
Bem-aventurados os que, por entenderem de futebol, não se expõem ao risco de assistir às partidas, pois não voltam com decepção ou enfarte.
(...)
Bem-aventurados os que não escalam, pois não terão suas mães agravadas, seu sexo contestado e 3sua integridade física ameaçada, ao saírem do estádio.
4Bem-aventurados os que não são escalados, pois escapam das vaias, projéteis, contusões, fraturas, e mesmo da 5glória precária de um dia.
2Bem-aventurados os que não são cronistas esportivos, pois não carecem de explicar o inexplicável e racionalizar a loucura.
(...)
Bem-aventurados os surdos, pois não os atinge o estrondar das bombas da vitória, que fabricam os surdos, nem o 1matraquear dos locutores, carentes de exorcismo.
(...)
Bem-aventurados os que, depois de escutar esse sermão, aplicarem todo o ardor infantil no peito maduro para desejar a vitória do selecionado brasileiro nesta e em todas as futuras Copas do Mundo, como faz o velho sermoneiro desencantado, mas torcedor assim mesmo, pois para o diabo vá a razão quando o futebol invade o coração.
(Carlos Drummond de Andrade. Jornal do Brasil, 18/06/1974.)
Sobre o fragmento do texto “O que ocorre, com frequência, é o jogador, no impulso, sem pensar, soltar o braço na cara do outro.” (ref. 7, texto I), é correto afirmar que:
- História - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Leia o texto a seguir.
Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As esculturas, pinturas e obras de arquitetura impressionam, até os dias de hoje, pela beleza e perfeição. Os artistas gregos buscavam representar, através das artes, cenas do cotidiano grego, acontecimentos históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos. As grandes obras de arquitetura como os templos, por exemplo, eram erguidos em homenagem aos deuses gregos.
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/grecia/arte_grega.htm. Acesso em: 20 mar. 2014.
a) Identifique quais foram as principais formas de manifestações artísticas dos gregos na antiguidade.
b) Identifique quais eram os principais elementos e valores representados pelos gregos em suas expressões artísticas.
- Biologia | 15.4 Especiação e Evolução do Homem
(UNEAL) Desde que nossos distantes ancestrais começaram a talhar a pedra e a domesticar o fogo, a partir, sobretudo, de quando cessaram as suas peregrinações nômades à procura de alimentação, lugar seguro para a criação e a agricultura, a imagem da Terra e a delicada película da vida que a envolve, começaram a se transformar em uma velocidade verdadeiramente vertiginosa. Em princípio medida em milênios, depois em séculos, hoje em decênios, essas mudanças não tem feito senão acelerar com o progresso espetacular das ciências e das tecnologias. O mundo é totalmente diferente do que era há cem anos apenas, sem remontarmos aos gregos e romanos ou ainda mais ao tempo do homem de Cro-Magnon, considerado primeiro fóssil humano encontrado em uma caverna na França, com idade calculada em torno de 40 mil anos. Entretanto nós não somos muito diferentes biologicamente dos que viviam àquela época. (DUVE, 2002, p. 298-299).
Com base na análise das informações e nos conhecimentos sobre a formação da humanidade como integrante da natureza, é possível considerar
- História - Fundamental | 01. A Primeira República no Brasil
A foto abaixo, do acervo da Volkswagen do Brasil, mostra os primeiros automóveis “fuscas” que foram fabricados na unidade do chamado ABC paulista, em 1959.
Considerando o que você estudou: