As fêmeas de dragões de Komodo são heterogaméticas (genótipo ZW) e os machos são homogaméticos (genótipo ZZ). Curiosamente, duas fêmeas mantidas isoladas há mais de 2 anos, em diferentes zoológicos, botaram ovos dos quais nasceram apenas machos. Estudos evidenciaram que seus descendentes são partenogenéticos e seguem o padrão cromossômico citado, possibilitando, inclusive, a fecundação de suas próprias progenitoras. Assim, concluiu-se que as fêmeas podem alternar entre a reprodução sexuada e assexuada.
WATTS, P. C., et al. Parthenogenesis in Komodo dragons. Londres: Nature, 2006 (adaptado).
Apesar de a flexibilidade reprodutiva possibilitar aumento da população desses animais, populações isoladas apresentarão baixo poder adaptativo a longo prazo, pois haverá
Questões relacionadas
- Biologia | 4.1 Envoltórios Celulares
(UNEB) Considerando-se ambientes salinos, como o mar, e a manutenção do equilíbrio de íons pela regulação osmótica, nos peixes e em outros organismos aquáticos, é correto afirmar que esses organismos:
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.03 Poema e Prosa
Texto base: Leia o poema de Henriqueta Lisboa para responder à questão. Castigo Menino fez um malfeito
agora está de castigo.
Passarinho nada fez
e sempre esteve cativo. Menino só meia hora,
passarinho toda a vida. E enquanto o menino chora
sal de lágrimas a fio,
passarinho na gaiola
modula a sua cantiga. As lágrimas do menino
brilham e cantam, são notas
no peito do passarinho. LISBOA, Henriqueta. Castigo. In: O menino poeta. São Paulo: Peirópolis, 2008. p. 42.
Enunciado:
Considere as afirmações sobre o poema:
I. Ao longo do texto, a comparação entre o menino e o passarinho se desdobra em uma série de oposições.
II. No texto, “cativo” (verso 4) significa o contrário de “de castigo” (verso 2).
III. Na última estrofe, os opostos “choro” e “canto” se identificam como manifestações do mesmo sentimento.
Estão corretas
- Química | 3.8 Bioquímica
(Uneb) O etanol é uma solução tipicamente brasileira que está ganhando o mundo. Além de seu uso em diversos setores industriais, o etanol é um combustível de alto desempenho para aplicação em motores de combustão interna. A produção industrial de etanol baseia-se quase que exclusivamente na fermentação. A fermentação alcóolica é um processo biológico de conversão de monossacarídeos em energia celular, etanol e gás carbônico. A grande maioria dos micro-organismos é capaz de metabolizar apenas monossacarídeos, como a glicose e a frutose. Diversas estratégias foram desenvolvidas pelos organismos para o aproveitamento dessa fonte de energia, incluindo a produção direta de enzimas glicolíticas por fungos e bactérias, ou a combinação de ácidos e ação mecânica. A quebra das ligações glicosídicas é feita por uma reação de hidrólise e no caso específico da reação representada pela equação química (C6H10O5)n(s) + nH2O(l)→ nC6H12O6(aq), chamada de celulólise, e para que ocorra de maneira eficiente, deve ser catalisada pela ação de algum coadjuvante externo, normalmente uma solução aquosa de ácido ou um coquetel enzimático. As frações mais recalcitrantes desse processo são hidrolisadas em um segundo estágio mais severo, tipicamente a 215oC sob ação do ácido sulfúrico a 0,4% durante cerca de três minutos, o que gera, principalmente, hexoses. Já a hidrólise na presença de solução aquosa de ácido menos diluida, produz uma alta concentração de monossacarídeos, cerca de 90%, e é altamente adaptável a diferentes fontes de biomassa, além de gerar poucos subprodutos inibidores da fermentação.
(SELEGHIM; POLIKARPOV, 2012, p. 40-45).
Tendo em vista os principais desafios tecnológicos na produção de etanol celulósico, de segunda geração, a partir de biomassa de cana-de-açúcar, e com base na equação química que representa a hidrólise da celulose, é correto afirmar:
- Língua Portuguesa | 1.3 Voz Autoral, Crítica e Perspectiva do Eu-Lírico
Além da Revolução da Informação
O impacto da Revolução da Informação está apenas começando. Mas a força motriz desse impacto não é a informática, a inteligência artificial, o efeito dos computadores sobre a tomada de decisões ou a elaboração de políticas ou de estratégias. É algo que praticamente ninguém previu, nem mesmo se falava há 10 ou 15 anos: o comércio eletrõnico — o aparecimento explosivo da internet como um canal importante, talvez principal, de distribuição mundial de produtos, serviços e, surpreendentemente, de empregos de nível gerencial. Essa nova realidade está modificando profundamente economias, mercados e estruturas setoriais, os produtos e serviços e seu fluxo, a segmentação, os valores e o comportamento dos consumidores, o mercado de trabalho.
O impacto, porém, pode ser ainda maior nas sociedades e nas políticas empresariais e, acima de tudo, na maneira como encaramos o mundo e nós mesmos dentro dele. O impacto psicológico da Revolução da Informação, como o da Revolução Industrial, foi enorme. Talvez tenha sido mais forte na maneira como as crianças aprendem. Já aos 4 anos (e às vezes até antes), as crianças desenvolvem habilidades de computação, logo ultrapassando seus pais. Os computadores são seus
brinquedos e suas ferramentas de aprendizado. Daqui a 50 anos, talvez concluamos que não houve nenhuma crise educacional no mundo — apenas ocorreu uma incongruência crescente entre a maneira como as escolas do século XX ensinavam e a maneira como as crianças do fim do século XX aprendiam.
DRUCKER, P. O melhor de Peter Drucker: obra completa. São Paulo: Nobel, 2002
O artigo apresenta uma reflexão sobre a Revolução da Informação, que, assim como a Revolução Industrial, provocou impactos significativos nas sociedades contemporâneas. Ao tratar da Revolução da Informação, o autor enfatiza que:
- Língua Portuguesa
“De repente chegou o dia dos meus setenta anos.
Fiquei entre surpresa e divertida, setenta, eu? Mas tudo parece ter sido ontem! No século em que a maioria quer ter vinte anos (trinta a gente ainda aguenta), eu estava fazendo setenta. Pior: duvidando disso, pois ainda escutava em mim as risadas da menina que queria correr nas lajes do pátio quando chovia, que pescava lambaris com o pai no laguinho, que chorava em filme do Gordo e Magro, quando a mãe a levava à matinê. (Eu chorava alto com pena dos dois, a mãe ficava furiosa.)
A menina que levava castigo na escola porque ria fora de hora, porque se distraía olhando o céu e nuvens pela janela em lugar de prestar atenção, porque devagarinho empurrava o estojo de lápis até a beira da mesa, e deixava cair com estrondo sabendo que os meninos, mais que as meninas, se botariam de quatro catando lápis, canetas, borracha – as tediosas regras de ordem e quietude seriam rompidas mais uma vez.
Fazendo a toda hora perguntas loucas, ela aborrecia os professores e divertia a turma: apenas porque não queria ser diferente, queria ser amada, queria ser natural, não queria que soubessem que ela, doze anos, além de histórias em quadrinhos e novelinhas açucaradas, lia teatro grego – sem entender – e achava emocionante.
(E até do futuro namorado, aos quinze anos, esconderia isso.)
O meu aniversário: primeiro pensei numa grande celebração, eu que sou avessa a badalações e gosto de grupos bem pequenos. Mas pensei, setenta vale a pena! Afinal já é bastante tempo! Logo me dei conta de que hoje setenta é quase banal, muita gente com oitenta ainda está ativo e presente.
Decidi apenas reunir filhos e amigos mais chegados (tarefa difícil, escolher), e deixar aquela festona para outra década.”
LUFT, 2014, p.104-105
Leia atentamente a oração destacada no período a seguir:
“(...) pois ainda escutava em mim as risadas da menina que queria correr nas lajes do pátio (...)”
Assinale a alternativa em que a oração em negrito e sublinhada apresenta a mesma classificação sintática da destacada acima: