Explicaê

01

Alma fatigada

Nem dormir nem morrer na fria Eternidade!

mas repousar um pouco e repousar um tanto,

os olhos enxugar das convulsões do pranto,

enxugar e sentir a ideal serenidade.

A graça do consolo e da tranquilidade

de um céu de carinhoso e perfumado encanto,

mas sem nenhum carnal e mórbido quebranto,

sem o tédio senil da vã perpetuidade.

Um sonho lirial d'estrelas desoladas,

onde as almas febris, exaustas, fatigadas

possam se recordar e repousar tranquilas!

Um descanso de Amor, de celestes miragens,

onde eu goze outra luz de místicas paisagens

e nunca mais pressinta o remexer de argilas!

CRUZ E SOUSA. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1961.

O soneto "Alma fatigada", do poeta simbolista Cruz e Sousa, expressa o desejo de morte, sentimento presente na estética romântica. A morte, para o eu-lírico, deve ser um(a)

Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.