TEXTO I
De acordo com a versão tradicional da História, os participantes da revolta em Minas Gerais eram todos ligados às elites locais e pretendiam melhorar sua situação com a formação de um governo livre dos impostos e representantes do poderio metropolitano. Até mesmo o alferes Tiradentes, segundo alguns pesquisadores, tinha uma condição financeira relativamente confortável.
SCHWARCZ, L. M; STARLING, H. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. VOT2020.
TEXTO II
Em maio de 1789, Tiradentes foi preso, no Rio de Janeiro, durante uma de suas viagens para agregar adeptos às ideias de sedição. Ele não era o líder da Conjuração Mineira; era seu principal propagandista. Era dotado de impressionante habilidade de persuadir o outro. Nos Autos da Devassa, confessou que escolhia com cuidado as frases com que deveria aliciar novos partidários. Tiradentes entremeava a pregação sediciosa com modinhas que cantava ao violão, o que aumentava seu sucesso nos locais de sociabilidade, onde se reunia a gente do povo: bordeis, como a casa das Pilatas; as pousadas, como a hospedaria de João da Costa Rodrigues, na beira do Caminho Novo, as tabernas, como o do arraial de Matosinho. Tudo isso explica porque a pena aplicada a ele pela Coroa foi exemplar, espetacular e “pública”.
SCHWARCZ, L. M; STARLING, H. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. VOT2020.
A diferença entre a historiografia tradicional, do texto I, e versão apresentada no texto II demonstra que a Inconfidência Mineira