– Pois, Grilo, agora realmente bem podemos dizer que o sr. D. Jacinto está firme.
O Grilo arredou os óculos para a testa, e levantando para o ar os cinco dedos em curva como pétalas de uma tulipa:
– Sua Excelência brotou!
Profundo sempre o digno preto! Sim! Aquele ressequido galho da Cidade, plantado na Serra, pegara, chupara o húmus do torrão herdado, criara seiva, afundara raízes, engrossara de tronco, atirara ramos, rebentara em flores, forte, sereno, ditoso, benéfico, nobre, dando frutos, derramando sombra. E abrigados pela grande árvore, e por ela nutridos, cem casais* em redor o bendiziam.
Eça de Queirós, A cidade e as serras.
*casal: pequena propriedade rústica; pequeno povoado.
(FUVEST 2016 1° FASE) O teor das imagens empregadas no texto para caracterizar a mudança pela qual passara Jacinto indica que a causa principal dessa transformação foi
Questões relacionadas
- Física | 5.3 Fenômenos Ondulatórios
(IFSP) Em 24 de agosto de 2016, a região central da Itália sofreu um terremoto de magnitude 6,2 na escala Richter, causando a morte de 291 pessoas, pelo menos. Em geral, terremotos de magnitude acima de 3,87 causam grandes estragos e mortes. Assinale a alternativa que apresenta os fenômenos que causam os terremotos.
- Língua Portuguesa | C. Concordância
(UPE) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O problema da seca no Nordeste não é falta de água
(1) Mais de 250 municípios decretaram estado de emergência por conta da seca prolongada no Nordeste. O nível dos açudes está baixo, alguns já tendo secado. Plantações se perderam. Quem tem cisterna ou reservatório na propriedade está conseguindo garantir qualidade de vida para a família e as criações. Dilma Rousseff tem reunião, nesta segunda (23), com governadores do Nordeste, e deve tratar da seca e de medidas que serão tomadas pelo Governo Federal para ajudar a mitigar seus efeitos.
(2) Tempos atrás, durante outra estiagem, fiz um pingue-pongue curto com João Suassuna, engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco. Ele é um dos maiores especialistas na questão hídrica nordestina. Entrei em contato com ele de novo e refiz as perguntas. Pouco mudou.
(3) Por mais que haja evaporação e açudes sequem, a região possui uma grande quantidade de água, suficiente para abastecer sua gente. Segundo Suassuna, o problema continua não sendo de falta de recursos naturais, mas de sua distribuição. O Nordeste brasileiro é detentor do maior volume de água represado em regiões semiáridas do mundo. São 37 bilhões de metros cúbicos, estocados em cerca de 70 mil represas. A água existe, todavia o que falta aos nordestinos é uma política coerente de distribuição desses volumes, para o atendimento de suas necessidades básicas.
(4) O projeto do governo, de transposição do Rio São Francisco, remanescente de uma ideia que surgiu na época do Império, visa ao abastecimento de cerca de 12 milhões de pessoas no Nordeste Setentrional, com as águas do Rio São Francisco. Ele foi idealizado para retirar as águas do rio através de dois eixos (Norte e Leste), abastecer as principais represas nordestinas e, a partir delas, as populações. Hoje, as obras estão praticamente paralisadas, com alguns trechos dos canais se estragando com o tempo, apresentando rachaduras.
(5) Muitos se perguntam se ele é a saída para uma distribuição mais justa da água, mas, de fato, o projeto é desnecessário, tendo em vista os volumes d´água existentes nas principais represas nordestinas. Da forma como o projeto foi concebido e apresentado à sociedade, com o dimensionamento dos faraônicos canais, fica clara a intenção das autoridades: será para o benefício do grande capital, principalmente os irrigantes, carcinicultores [criadores de camarão], industriais e empreiteiras.
(6) A solução do abastecimento urbano foi anunciada pelo próprio Governo Federal, através da Agência Nacional de Águas (ANA), ao editar, em dezembro de 2006, o Atlas Nordeste de Abastecimento Urbano de água. Nesse trabalho é possível, com menos da metade dos recursos previstos para a transposição, o benefício de um número bem maior de pessoas. Ou seja, os projetos apontados pelo Atlas, com custo de cerca de R$ 3,6 bilhões, têm a real possibilidade de beneficiar 34 milhões de pessoas, em municípios com mais de 5.000 habitantes.
(7) O meio rural, principalmente para o abastecimento das populações difusas – aquelas mais carentes em termos de acesso à água –, poderá se valer das tecnologias que estão sendo difundidas pela ASA (Articulação do Semiárido), através do uso de cisternas rurais, barragens subterrâneas, barreiros, trincheiras, programa duas águas e uma terra, mandalas etc.
(8) Enquanto isso, o orçamento do projeto de transposição não para de crescer. No governo Sarney, ele foi dimensionado com um único eixo e tinha um orçamento estimado em cerca de R$ 2,5 bilhões. Na gestão Fernando Henrique, ganhou mais um eixo e o orçamento pulou para R$ 4,5 bilhões. No governo Lula, saltou para R$ 6,6 bilhões. E, agora, no governo Dilma, chegou à casa dos R$ 8,3 bilhões. Como se trata de um projeto de médio a longo prazo, essa conta chegará facilmente à cifra dos R$ 20 bilhões nos próximos 25 a 30 anos.
Leonardo Sakamoto. Disponível em: http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/04/23.
Acesso em: 09/07/2013. Adaptado.
Considerando as regras da concordância, analise os enunciados apresentados a seguir.
I. Quem de nós defendemos que a transposição do Rio São Francisco é a solução para a seca no Nordeste?
II. Quando se mediu a quantidade de água no Nordeste brasileiro, constatou-se que sobra recursos, mas são mal distribuídos.
III. Os nordestinos continuam a se perguntar: Haverá mesmo soluções para o problema da seca?
IV. O Brasil só alcançará pleno desenvolvimento quando for solucionado todos os problemas que a estiagem causa.
As regras de concordância foram obedecidas no(s) enunciado(s):
- Língua Portuguesa | 1.3 Intenção do Texto
Vera, Sílvia e Emília saíram para passear pela chácara com Irene.
— A senhora tem um jardim deslumbrante, dona Irene! — comenta Sílvia, maravilhada diante dos canteiros de rosas e hortênsias.
— Para começar, deixe o “senhora” de lado e esqueça o “dona” também — diz Irene, sorrindo. — Já é um custo aguentar a Vera me chamando de “tia” o tempo todo. Meu nome é Irene. Todas sorriem. Irene prossegue:
— Agradeço os elogios para o jardim, só que você vai ter de fazê-los para a Eulália, que é quem cuida das flores. Eu sou um fracasso na jardinagem.
BAGNO, M. A língua de Eulália: Novela Sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2003 (adaptado).
Na língua portuguesa, a escolha por “você” ou “senhor(a)” denota o grau de liberdade ou de respeito que deve haver entre os interlocutores. No diálogo apresentado acima, observa-se o emprego dessas formas. A personagem Sílvia emprega a forma “senhora” ao se referir à Irene. Na situação apresentada no texto, o emprego de “senhora” ao se referir à interlocutora ocorre porque Sílvia
- Língua Portuguesa | 1.02 Conhecimento Prévio
SABOR DE LARANJA
Meu verso nasce duro como pedra
Às vezes áspero e pontudo.
Preciso cortar. Esculpir. Bater forte. Ajeitar-lhe um jeito.
Tem vez é fácil de trabalhar.
Outros há, dura tempo.
Bem que gostaria de escrevê-los como quem chupa laranja:
Sentindo o caldo a escorrer-me macio dentro da boca.
MAGNO, F. A. Disponível em: http://rauldeleoni.com.br. Acesso em: 14 mar. 2021.
O poema Sabor de laranja integra o livro O dia do canto imaginado em que o poeta Magno apresenta uma poesia moderna. Nesse poema, o eu lírico apresenta uma linguagem
- Matemática | 15.1 Ponto
Alunos de um curso de engenharia desenvolveram um robô "anfíbio" que executa saltos somente nas direções norte, sul, leste e oeste. Um dos alunos representou a posição inicial desse robô, no plano cartesiano, pela letra P, na ilustração.
A direção norte-sul é a mesma do eixo y, sendo que o sentido norte é o sentido de crescimento de y, e a direção leste-oeste é a mesma do eixo x, sendo que o sentido leste é o sentido de crescimento de x.
Em seguida, esse aluno deu os seguintes comandos de movimentação para o robô: 4 norte, 2 leste e 3 sul, nos quais os coeficientes numéricos representam o número de saltos do robô nas direções correspondentes, e cada salto corresponde a uma unidade do plano cartesiano.
Depois de realizar os comandos dados pelo aluno, a posição do robô, no plano cartesiano, será: