Explicaê

01

Revelação do subúrbio


Quando vou para Minas, gosto de ficar de pé, contra a vidraça do carro*,

vendo o subúrbio passar.

O subúrbio todo se condensa para ser visto depressa,

com medo de não repararmos suficientemente

em suas luzes que mal têm tempo de brilhar.

A noite come o subúrbio e logo o devolve,

ele reage, luta, se esforça,

até que vem o campo onde pela manhã repontam laranjais

e à noite só existe a tristeza do Brasil.

Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo, 1940.


(*) carro: vagão ferroviário para passageiros.

(FUVEST 2014 1° FASE) No poema de Drummond, a presença dos motivos da velocidade, da mecanização, da eletricidade e da metrópole configura-se como

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