(FUVEST 2011 1° FASE) Se o Ocidente procurava, através de suas invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o resultado foi exatamente o inverso.
Amin Maalouf, As Cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Brasiliense, p.241, 2007.
Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a
Questões relacionadas
- História - Fundamental | 01. A Primeira República no Brasil
Texto base: Observe o gráfico a seguir. Disponível em: <http://goo.gl/drdeQI>. Acesso em: 03 abr. 2015.
Enunciado:
Analise a conjuntura econômica brasileira no início da década de 1990, considerando a importância da implementação do “Plano Real” dentro deste cenário.
- Matemática
As populações de duas cidades, M e N são dadas em milhares de habitantes pelas funções
Onde a variável t representa o tempo em anos. Após certo instante t a população de uma dessas cidades é sempre maior do que a da outra. O valor mínimo desse instante t é:
- Língua Portuguesa | E. Crase
(CFTMG) TEXTO:
Palavras, palavras, palavras
Criadas pelos humanos, as palavras são suscetíveis ao tempo, como os humanos. Algumas mudam de significado, outras vão desbotando aos poucos, e há as que morrem na inanição do silencio. Ninguém mais chama o libertino de bilontra, a amante de traviata ou o inocente de cândido. Depois de soar na boca do povo e iluminar a escrita, bilontra, traviata e cândido foram sepultadas nos dicionários junto as que lá descansavam em paz. Em seus lugares brotam novas, frescas e saltitantes, com significado igual – ou quase. A língua e a mais genuína criação coletiva, feita da contribuição anônima. O agito das palavras traduz as mudanças do mundo – na ciência e tecnologia, na economia e política, nas leis e religiões, no comercio e publicidade, no esporte e comunicação, nos costumes e valores.
A palavra escalpo anda sumida porque não se arranca mais o couro cabeludo do inimigo. Não se mata na cruz nem se guerreia em buraco – crucificar e trincheira são metáforas. O Hino Nacional–impávido colosso, lábaro estrelado, clava forte – e um jazigo verbal. Sem o chapéu, descobrir-se e saber de si. Formidável: quem ainda diz? Semideus e semidivino agonizam por falta de fé. O reitor e magnífico?
Reveladoras são as palavras que, condenadas, estão na fase de desaparecimento. Perderam primazia e brilho, mas ainda são usadas. Escapam empoeiradas da boca da professora, embaçadas no verso do poeta, combalidas na memória do idoso, mortas no discurso do político. Observa-las em plena agonia e ouvir a sociedade.
Faz tempo não ouço a palavra cavalheirismo. Parece que a igualdade de direitos das mulheres botou fora o bebe, a água do banho e a bacia. Lá se foram também delicadeza e cordialidade: louvadas no passado, antes de sumir viraram sinônimo de perda de tempo. Pessoa cordial passou a ser chata, cheia de frescura, pé-no-saco, puxa-saco. Cortesia não morreu, mas mudou: agora quer dizer brinde, boca-livre, promoção! Crimes tem cúmplices, mas e rara a cumplicidade entre casais.
Leio jornais, revistas, livros, peças e roteiros contemporâneos de lápis na mão. Ha anos não grifo a palavra honra. Nem os crimes passionais se explicam mais como defesa da honra. Quando encontro as palavras perdão e respeito, referem-se a autoridades. Já dever e sacrifício referem-se a voto e reajustes salariais. Encontro mais a desonesto do que a honesto. Não leio ou ouço, em lugar algum, a palavra compaixão: essa foi para o céu! Ética e educação, leio e ouço bastante. Mas surraram os sentidos ate esvazia-los, ficaram ocas, só sons e letras. Os novos sentidos são da conveniência e interesse pessoal de quem escreve ou fala. Os significados que lhes deram Aristóteles e Rousseau dormem na paz do dicionário.
Se as palavras morrem ou mudam de sentido, os gestos, intenções e atitudes que designam também morrem ou mudam de sentido. Cabe indagar: que sociedade e essa que sepulta o cavalheirismo, a delicadeza, a cordialidade e a compaixão? Que gente e essa que enterra a honra? Que pais e esse que esvazia valores como educação e ética e faz da cortesia um gesto interesseiro? Que confere respeito e perdão aos poderosos e impõe aos destituídos o dever e o sacrifício?
Criadas pelos homens, palavras são do humano. Intriga sejam justamente as que dizem o mais humano do humano a perderem o sentido ou morrerem. Ou será que estamos perdendo o prazer da convivência? Ah, palavras, palavras, palavras...
ARAUJO, Alcione. Palavras, palavras, palavras. Estado de Minas, Belo Horizonte, 05 jul. 2010. Caderno Cultura, p. 8.
“Depois de soar na boca do povo e iluminar a escrita, bilontra, traviata e cândido foram sepultadas nos dicionários junto as que lá descansavam em paz.” A expressão grifada pode ser substituída corretamente por:
- Espanhol - Fundamental | 1. Interpretación de Texto (Interpretação de Texto)
La sequía, de J.G. Ballard
James Graham Ballard (Shanghái, 1930-2009)
Una magnífica novela que combina la ciencia ficción de mayor calidad con un hondo sentido
ecológico
Esta preocupación por el medio ambiente es habitual en sus obras y confiere a Ballard, en una
época en que el ecologismo se hallaba en embrión, una enorme originalidad. A idénticas
inquietudes responde ‘La sequía’, publicada en 1965. Los residuos industriales han contaminado los océanos
impidiendo la evaporación. En consecuencia, no llueve y el mundo vive una brutal escasez de agua potable. Con ello, la agricultura ha dejado prácticamente de existir provocando un cataclismo que anuncia el fin de la civilización.
En este contexto, se producen grandes migraciones de población a las zonas costeras en busca de agua. Sin embargo, Ramson, el protagonista, pasa sus días cerca de un río que aún parece aprovechable. Más que en la catástrofe en sí, Ballard se centra en los sentimientos que ésta provoca en los personajes y, además, dota a su novela de una indiscutible altura literaria. ‘La sequía’ pertenece a un subgrupo dentro de su obra que podríamos calificar de “ecologista”. Además de ésta, forman parte de él ‘El viento de la nada’, ‘El mundo sumergido’ y ‘El mundo de cristal’, en las que la catástrofe para el género humano es causada, respectivamente, por cada uno de los elementos: la tierra, el fuego, el viento y el agua.
Disponible en: <http://arealibros.republica.com/ciencia-ficcion/la-sequia-de-j-g-ballard.html>. Acceso el: 26 jun. 2016. (Fragmento)
La novela “La sequía”, de James Graham Ballard,
- História - Fundamental | 01. A Primeira República no Brasil
Leia o trecho da letra da “A Internacional” que se tornou o hino da União Soviética entre 1917 e 1941.
De pé, ó vitimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra
Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, ó produtores
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Senhores, Patrões, chefes supremos
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum
Para não ter protestos vãos
Para sair desse antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
[…]
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres
[…]
Disponível em: <http://.wikipedia.org/wiki/A_Internacional>. Acesso em: 23 out. 2012.
Retire da letra da música versos que revelem os ideais socialistas dos revolucionários russos.
Explique a situação social da Rússia que favoreceu a eclosão do processo revolucionário.