(FUVEST 2011 1ª FASE) Considere 4 frascos, cada um contendo diferentes substâncias, a saber:
Frasco 1: 100 mL de H2O(l)
Frasco 2: 100 mL de solução aquosa de ácido acético de concentração 0,5 mol/L
Frasco 3: 100 mL de solução aquosa de KOH de concentração 1,0 mol/L
Frasco 4: 100 mL de solução aquosa de HNO3 de concentração 1,2 mol/L
A cada um desses frascos, adicionaram-se, em experimentos distintos, 100 mL de uma solução aquosa de HCl de concentração 1,0 moI/L. Medindo-se o pH do líquido contido em cada frasco, antes e depois da adição de HCl(aq), pôde-se observar aumento do valor do pH somente
Questões relacionadas
- Ciências - Fundamental | 03. Circuito Elétrico e Magnético
Texto para a questão:
Os chuveiros elétricos são aparelhos comuns nas residências brasileiras e são responsáveis por uma grande parte do consumo de energia elétrica. Por isso, é importante tomar medidas para reduzir o consumo, tanto para economizar na conta de luz quanto para contribuir com a preservação do meio ambiente. Nessa perspectiva, existem algumas práticas que podem ser adotadas para reduzir o consumo de energia elétrica ao utilizar o chuveiro elétrico.
Qual a recomendação para evitar aumento no consumo de energia elétrica ao utilizar chuveiros elétricos?
- Química | A. Equilíbrio Químico
Considere os seguintes compostos:
I. álcoois
II. aldeídos
III. carbono particulado (negro de fumo)
IV. cetonas
Dos componentes acima, é (são) produto(s) da combustão incompleta do n-octano com ar atmosférico apenas
- Inglês - Fundamental | 06. Aprendendo Inglês com os Bichinhos
Complete the gaps with a word of the same group.
1. Cat Dog Duck Fish ________________
2. Sea Rainbow Hills Star ________________
3. Horse Sheep Turkey Pig ______________
4. Strawberries Grapes Papaya Pineapple ________________
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
Leia o texto 4 e, a seguir e responda:
Texto 4
Margarida
A garota em êxtase brandiu o postal que recebera do namorado em excursão na Grécia:
— Coisa mais linda! Olha só o que ele escreveu: “Eu queria desfolhar teu coração como se ele fosse a mais margarida de todas as margaridas”. Marquinhos é genial, o senhor não acha?
— Pode ser que seja, não conheço Marquinhos. […] Mas essa frase não é de Marquinhos.
— Não é de Marquinhos?! Tá com a letra dele, assinada por ele.
— Estou vendo que assinou, mas é de Darío.
— Quem? O Darío, do Atlético Mineiro? Sem essa.
— Não, minha florzinha, Darío, Rubén Darío, o poeta da Nicarágua.
— Não conheço. Então Rubén Darío falou o poema para Marquinhos e Marquinhos
achou bacana e pediu o verso emprestado a ele?
— Tenho a impressão que o Marquinhos não pediu nada emprestado a Rubén
Darío. Tomou sem consultar.
— Como é que o senhor sabe?
— É muito difícil consultar o Darío.
— Por quê? Ele não dá bola para gente? Não gosta da mocidade? É careta?
[…]
— Ele morreu em 1916.
— Ah! E como é que o Marquinhos descobriu essa margarida, me conte!
— Simples. Leu num livro de poemas de Rubén Darío.
[…]
Ficou tão triste — os olhos, a boca, a testa franzida — que achei de meu dever confortá-la:
— Que importância tem isso? A frase é de Darío, é de Marquinhos, é de toda pessoa sensível, capaz de assimilar o coração à margarina... Desculpe: à margarida.
[…]
— Ah, o senhor está por fora. Eu queria a margarida só para mim. Copiada não tem graça. A graça era imaginar Marquinhos, muito sério, desfolhando meu coração transformado em margarida, para saber se eu gosto dele, um pouquinho, bastante, muito loucamente, nada. E a margarida sempre com uma pétala escondida por baixo da outra, entende? Para ele não ter certeza, porque essa certeza eu não dava... Era gozado.
— Continue imaginando.
— Agora não dá pé. Marquinhos roubou a margarida, quis dar uma de poeta. Não colou.
— Espere um pouco. Eu disse que a margarida era de Rubén Darío? Esta cabeça!
Esquece, minha filha. Agora me lembro que Rubén Darío nem podia ouvir falar em margarida, começava a espirrar, a tossir, ficava sufocado, uma coisa horrível. Alergia
— que no tempo dele ainda não estava batizada. Pois é. Garanto a você, posso jurar que a margarida não é de Darío.
— De quem é então?
— De Marquinhos, ué.
— Tem certeza que nunca ninguém antes de Marquinhos escreveu “a mais margarida de todas as margaridas”? […]
— Absoluta. Marquinhos é genial, reconheço. Mas, por via das dúvidas, continue escondendo uma pétala de reserva, sim?
— Pode deixar por minha conta. […] Agora tá legal, tchau, vovô!
Vovô: foi assim que ela me agradeceu a mentira generosa, a bandida.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Margarida. Disponível em: <http://www.paralerepensar.
com.br/drummond_cronicas.htm#MARGARIDA>. Acesso em: 15 jan. 2011.)
O homem mentiu, dizendo à menina que Rubén Darío era alérgico a margaridas porque queria
agradecer-lhe.
- Literatura
Cegueira
Afastou-me da escola, atrasou-me, enquanto os filhos de seu José Galvão se internavam em grandes volumes coloridos, a doença de olhos que me perseguia na meninice. Torturava-me semanas e semanas, eu vivia na treva, o rosto oculto num pano escuro, tropeçando nos móveis, guiando-me às apalpadelas, ao longo das paredes. As pálpebras inflamadas colavam-se. Para descerrá-las, eu ficava tempo sem fim mergulhando a cara na bacia de água, lavando-me vagarosamente, pois o contato dos dedos era doloroso em excesso. Finda a operação extensa, o espelho da sala de visitas mostrava-me dois bugalhos sangrentos, que se molhavam depressa e queriam esconder-se. Os objetos surgiam empastados e brumosos. Voltava a abrigar-me sob o pano escuro, mas isto não atenuava o padecimento. Qualquer luz me deslumbrava, feria-me como pontas de agulha [...].
Sem dúvida o meu espectro era desagradável, inspirava repugnância. E a gente da casa se impacientava. Minha mãe tinha a franqueza de manifestar-me viva antipatia. Dava-me dois apelidos: bezerro-encourado e cabra-cega.
RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1984 (fragmento).
O impacto da doença, na infância, revela-se no texto memorialista de Graciliano Ramos através de uma atitude marcada por