A palavra inglesa "involution" traduz-se como involução ou regressão. A construção da imagem com base na combinação do verbal com o não verbal revela a intenção de:
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1. Interpretação de Textos
Texto I
Sob o olhar do Twitter
Vivemos a era da exposição e do compartilhamento. Público e privado começam a se confundir. A ideia de privacidade vai mudar ou desaparecer. O trecho acima tem 140 caracteres exatos. É uma mensagem curta que tenta encapsular uma ideia complexa. Não é fácil esse tipo de síntese, mas dezenas de milhões de pessoas o praticam diariamente. No mundo todo, são disparados 2,4 trilhões de SMS por mês, e neles cabem 140 toques, ou pouco mais. Também é comum enviar e-mails, deixar recados no Orkut, falar com as pessoas pelo MSN, tagarelar no celular, receber chamados em qualquer parte, a qualquer hora. Estamos conectados. Superconectados, na verdade, de várias formas.
[...] O mais recente exemplo de demanda por total conexão e de uma nova sintaxe social é o Twitter, o novo serviço de troca de mensagens pela internet. O Twitter pode ser entendido como uma mistura de blog e celular. As mensagens são de 140 toques, como os torpedos dos celulares, mas circulam pela internet, como os textos de blogs. Em vez de seguir para apenas uma pessoa, como no celular ou no MSN, a mensagem do Twitter vai para todos os “seguidores” – gente que acompanha o emissor. Podem ser 30, 300 ou 409 mil seguidores.
MARTINS, I.; LEAL, R. Época. 16 mar. 2009 (fragmento adaptado).
Texto II
MARTINS, I.; LEAL, R. Época. 16 mar. 2009
Da comparação entre os textos, depreende-se que o texto II constitui um passo a passo para interferir no comportamento dos usuários, dirigindo-se diretamente aos leitores, e o texto I
- Matemática | 8.1 Princípio Fundamental Da Contagem e Arranjo
Um trabalhador, buscando evitar excessos de consumo, reduziu a quantidade de roupas que possuía. Ele ficou com apenas uma roupa para praticar esportes, quatro blusas para poder trabalhar, duas blusas para sair com os amigos, uma calça e uma bermuda. Para evitar usar roupas sujas, ele verificou se a quantidade de possibilidades de ir ao trabalho durante os 5 dias da semana sem usar a mesma blusa dois dias seguidos atenderia às próprias necessidades.
O resultado do cálculo da quantidade de possibilidades que esse trabalhador deve encontrar é
- Matemática | 3.2 Afim ou 1° Grau
Na função f(x) = mx – 2(m - n), m e Sabendo que f(3) = 4 e f(2) = -2, os valores de m e n são, respectivamente
- Língua Portuguesa | 1.1 Variações Linguísticas
(CEFET-MG) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Utilize o texto para responder a(s) questão(ões).
A internet e a morte da imaginação
Jacques Gruman“
Nunca entendi essa obsessão por sorrisos em fotografias.
Deve ser um conluio com os dentistas.”
(Nora Tausz Rónai)
Reza uma antiga lenda que dois reinos estavam em guerra. Os perdedores acabaram condenados ao confinamento do outro lado dos espelhos, um primitivo mundo virtual em que eram obrigados a reproduzir tudo o que os vencedores faziam. A luta dos derrotados passava a ser como escapar daquela prisão. O genial Lee Falk inspirou-se nesta narrativa para criar, na década de 1940, O mundo do espelho, para mim uma das mais aterrorizantes histórias do Mandrake. Espelhos foram, aliás, protagonistas de algumas sequências cinematográficas assustadoras. Bóris Karloff, um clássico do gênero, aproveitou muito bem o medo que, desde crianças carregamos, de que nossos reflexos nos espelhos ganhem autonomia. Ui! Já imaginaram se isso virasse realidade? Teríamos de conviver com nossos opostos, um estranhamento no mínimo desconfortável. Os quadrinhos exploraram o assunto também na série do Mundo bizarro, do Super-Homem. Era um nonsense pouco habitual no universo previsível dos super-heróis.
Estava pensando nos estranhamentos do mundo moderno quando me deparei com uma pequena nota de jornal. Encenava-se a ópera Carmen, de Bizet, no Theatro Municipal do Rio. Suponho que a plateia, que pagou caro, estava mergulhada na história e na interpretação da orquestra e dos solistas. Não é que um cidadão saca seu iPad e passa um tempão checando os e-mails, dedinhos nervosos para cima e para baixo, com a tela iluminando a penumbra indispensável para a fruição plena do espetáculo? Como esse tipo de desrespeito está entrando na "normalidade", apenas uma pessoa esboçou reação. Uma espécie de angústia semelhante à incontinência urinária se espalha como praga nas relações pessoais e no uso dos espaços público e privado. Tudo passou a ser urgente. Todos os torpedos, e-mails e chamadas no celular viraram prioridade, casos de vida ou morte. Interrompem-se conversas para olhar telinhas e telonas, desrespeitando interlocutores. Como este tipo de patologia tende a se diversificar, já há gente que conversa e olha o computador ao mesmo tempo, como aqueles lagartos esquisitos cujos olhos se movimentam sem aparente coordenação. Outros participam de reuniões sem desligar sua tralha eletrônica (na verdade, não estão nas reuniões). Especialistas em informática previram que, num futuro não muito distante, chips serão implantados no corpo. Estão atrasados. Corpos já pertencem a máquinas. A vida é controlada a distância e por outros.
Outro estranhamento vem da inundação de imagens, aflição que chamo de galeria dos sem imaginação. Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual, a enorme maioria delas sem o menor significado e perfeitamente descartáveis. O Instagram recebe 60 milhões de fotos por dia, ou seja, quase 700 fotos por segundo! Fico pensando no sorriso irônico ou, quem sabe, no horror em estado bruto, que Cartier-Bresson1 esboçaria se esbarrasse nisso. Ele, que procurava a poesia nos pequenos gestos, no cotidiano que se desdobrava em surpresas, nos reflexos impensados, jamais empilharia a coleção de sorrisinhos forçados que caracteriza a obsessão pelos clics.
Essa história dos sorrisos foi muito bem notada pela Nora Rónai, que citei logo no início. Vivemos a era das aparências. Com a multiplicação das imagens, vem a obrigação de "estar bem". Afinal de contas, quem vai querer se exibir no Facebook ou nas trocas de mensagens com uma ponta de melancolia ou, pelo menos, um suspiro de realidade? O mundinho virtual exige estado de êxtase permanente. Uma persona que não passa de ilusão. Criatividade não quer dizer tristeza, claro, mas certamente precisa incorporá-la como tijolo construtor da nossa personalidade. O resto é fofoca. Eric Nepomuceno, tradutor e escritor, fez o seguinte comentário sobre seu amigo Gabriel Garcia Márquez, que acabara de morrer: "Tudo o que ele escreveu é revelador da infinita capacidade de poesia contida na vida humana. O eixo, porém, foi sempre o mesmo, ao redor do qual giramos todos: a solidão e a esperança perene de encontrar antídotos contra essa condenação". Nada que essas maquininhas onipresentes possam registrar, elas que jamais entenderiam a fina ironia de Fernando Pessoa no Poema em linha reta, que começa assim: "Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo". Mais adiante: " Arre, estou farto de semideuses. Onde é que há gente nesse mundo? ".
A praga narcísica desembarcou nas camas. Leio que nova moda é fazer selfies2 depois do sexo. O casal transa, mas isso não basta. É urgente compartilhar! Tira-se uma foto da aparência de ambos, coloca-se no Instagram e ... pronto. O mundo inteiro será testemunha de um momento íntimo, talvez o mais íntimo de todos. Meu estranhamento vai ao paroxismo. É a esse mundo que pertenço? Antigamente, era costume dizer que o que não aparecia na televisão não existia. Atualizando a frase: pelo visto, o que não está na rede não existe. É a universalização do movimento apenas muscular, sem sentido, leviano, rapidamente perecível.
Durante o exílio, o poeta argentino Juan Gelman passou um bom tempo sem conseguir escrever. A inspiração não vinha. Disse ele: "A poesia é uma senhora que nos visita ou não. Convocá-la é uma impertinência inútil. Durante uns bons quatro anos, o choque do exílio fez com que essa senhora não me visitasse". Quando, finalmente, a senhora chega, tudo muda, como narra o poeta: "A visita é como uma obsessão. Uma espécie de ruído junto ao ouvido. Escrevo para entender o que está acontecendo". Não consigo imaginar uma serenidade como essa no mundo virtual. Tudo nasce e morre antes de ser completamente absorvido. Cada novidade passa a ser vital, filas se formam nas madrugadas nas portas de lojas que começam a vender modelos mais avançados de produtos eletrônicos. Não dá pra esperar um dia, muito menos uma hora. O silêncio e a introspecção são guerrilheiros no habitat plugado. Estou me alistando neste exército de Brancaleone.3
1 Henri Cartier-Bresson: (França 1908- 2004), fotógrafo do século XX, considerado por muitos como o pai do fotojornalismo.
2 fazer selfies: selfie é uma palavra em inglês, um neologismo com origem no termo self-portrait, que significa autorretrato, e é uma foto tirada e compartilhada na internet. Normalmente uma selfie é tirada pela própria pessoa que aparece na foto, com um celular que possui uma câmera incorporada, com um smartphone, por exemplo.
3 O Incrível Exército de Brancaleone (em italiano: L’armata Brancaleone): é um filme italiano de 1966, do gênero comédia. Foi dirigido por Mario Monicelli. O Exército de Brancaleone é considerado um clássico italiano, que retrata os costumes da cavalaria medieval através da comédia satírica. É um filme inspirado em Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes.
Disponível em: http://www.cartamaior.com.br/?/Opiniao/A-morte-da-imaginacao/ 30783. Acesso em: 16 ago. 2014. (Adaptado)
Considere as seguintes passagens do texto.
I. "Ele, que procurava a poesia nos pequenos gestos, no cotidiano que se desdobrava em surpresas, nos reflexos impensados, jamais empilharia a coleção de sorrisinhos forçados que caracteriza a obsessão pelos clics."
II. "A praga narcísica desembarcou nas camas. Leio que nova moda é fazer selfies depois do sexo. O casal transa, mas isso não basta. É urgente compartilhar!"
III. "Não consigo imaginar uma serenidade como essa no mundo virtual. Tudo nasce e morre antes de ser completamente absorvido. Cada novidade passa a ser vital, filas se formam nas madrugadas nas portas de lojas que começam a vender modelos mais avançados de produtos eletrônicos."
IV. "Não dá pra esperar um dia, muito menos uma hora. O silêncio e a introspecção são guerrilheiros no habitat plugado. Estou me alistando neste exército de Brancaleone".
Há marcas da linguagem coloquial apenas em
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Leia o próximo texto para responder.
[título]
Por Lincoln Paiva, às 13h30
A Folha de S.Paulo divulgou neste sábado, 17 de março, reportagem sobre a criação de um novo tributo estadual para proprietários de automóveis. O Governo ainda não entendeu que o problema da poluição e outros efeitos negativos do automóvel estão no uso e não na sua propriedade? Propor que todos paguem uma taxa para diminuir a poluição veicular, utilizando mais a bicicleta, estimulará apenas o uso do carro por parte de quem já utiliza o automóvel de forma racional, produzindo o efeito contrário.
[...]
Obviamente que aumentar o IPVA para criar a “Ciclotaxa” será um tremendo equívoco; o governo precisa desestimular o uso do carro, e não o direito de propriedade, senão o cidadão que usa o carro de forma racional será penalizado e o efeito será inverso: já que ele paga mais por ter carro, melhor usá-lo.
Incentivar a bicicleta é um dever do gestor público, e recursos para isso devem ser gerados em programas que realmente reduzem o uso do automóvel ou do CIDE- -Combustíveis porque não onera o cidadão.
Existem formas mais inteligentes para redução da poluição, como, por exemplo, o poluidor pagador (quem polui mais paga mais IPVA), ao passo que quem polui menos paga menos, estimulando a indústria e a própria Petrobras no desenvolvimento de tecnologias e combustíveis mais limpos.
Por que precisa aumentar o IPVA? Não seria mais bonito instituir que 5% da arrecadação sejam destinados ao desenvolvimento de infraestrutura não motorizada? Alguém vai dizer que é preciso punir quem compra carro... Mas isso seria apenas ingenuidade.
(Disponível em: <http://mobilidadesustentavel.blog.uol.com.br/arch2012-
-03-01_2012-03-31.html#2012_03-18_14_30_34-146065311-0>.
Acesso em: abr. 2012.)
Vocabulário:
CIDE: Contribuições de Intervenção sobre o Domínio Econômico. As CIDE-Combustíveis são impostos federais que incidem sobre importação e comercialização de combustíveis e devem ser aplicados, entre outras coisas, no desenvolvimento de programas ambientais para reduzir os efeitos da poluição causada pelo uso de combustíveis.
IPVA: Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.
O melhor título para o artigo é: