Explicaê

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O cordelista por ele mesmo

Aos doze anos eu era

forte, esperto e nutrido.
Vinha do Sítio de Piroca
muito alegre e divertido
vender cestos e balaios
que eu mesmo havia tecido.


Passava o dia na feira
e à tarde regressava
levando umas panelas
que minha mãe comprava
e bebendo água salgada
nas cacimbas onde passava.

BORGES, J. F. Dicionário dos sonhos e outras histórias de cordel. Porto Alegre: LP&M, 2003 (fragmento).


Literatura de cordel é uma criação popular em verso, cuja linguagem privilegia, tematicamente, histórias de cunho regional, lendas, fatos ocorridos para firmar certas crenças e ações destacadas nas sociedades locais. A respeito do uso das formas variantes da linguagem no Brasil, o verso do fragmento que permite reconhecer uma região brasileira é:

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