A noz é uma especiaria muito apreciada nas festas de fim de ano. Uma pesquisa de preços feita em três supermercados obteve os seguintes valores: no supermercado A é possível comprar nozes a granel no valor de R$ 24,00 o quilograma; o supermercado B vende embalagens de nozes hermeticamente fechadas com 250 gramas a R$ 3,00; já o supermercado C vende nozes a granel a R$ 1,50 cada 100 gramas.
A sequência dos supermercados, de acordo com a ordem crescente do valor da noz, é:
Questões relacionadas
- Química | 1.5 Funções Inorgânicas
(UFJF) Um estudante foi ao laboratório e realizou uma série de experimentos para identificar um determinado composto químico. As observações sobre esse composto estão descritas abaixo:
Baseado nas observações feitas pelo estudante, pode-se afirmar que o composto analisado é: - Física | B. Força Magnética
(FACULDADE GUANAMBI) É conhecida a influência que o campo magnético terrestre exerce sobre todos os organismos vivos (humanos, animais e vegetais), estando o desenvolvimento da vida indissoluvelmente ligado às radiações magnéticas. Com base nos conhecimentos sobre o Eletromagnetismo, analise as afirmativas e marque com V as verdadeiras e com F, as falsas.
( ) Um fio longo e reto, percorrido por uma corrente elétrica constante, gera um campo magnético de intensidade B a uma distância de 15,0cm e um campo magnético de intensidade 3B a uma distância de 5,0cm.
( ) Se, no interior de um solenoide, for colocado um núcleo de ferro, o campo magnético se torna mais fraco.
( ) A força de origem magnética que dois fios retilíneos exercem um sobre o outro é atrativa e proporcional à intensidade da corrente que os percorre.
( ) Uma bobina chata constituída de 10 espiras circulares de raio igual a 20,0cm e percorrida por uma corrente de apresenta, em seu centro, um campo magnético de intensidade igual a 20μT, sendo a permeabilidade magnética do meio, μ0 , igual a 4π.10-7T.m/A.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
- Biologia | 09. Botânica
(Uel) Observe a tabela:
Com relação aos dados da tabela e nos conhecimentos sobre morfologia vegetal, é correto afirmar:
- Língua Portuguesa | 1.09 Recursos Expressivos e Recursos Estilísticos
O ARRASTÃO
[1] Estarrecedor, nefando, inominável, infame. Gasto logo os adjetivos porque eles fracassam em
dizer o sentimento que os fatos impõem. Uma trabalhadora brasileira, descendente de escravos,
como tantos, que cuida de quatro filhos e quatro sobrinhos, que parte para o trabalho às quatro
e meia das manhãs de todas as semanas, que administra com o marido um ganho de mil e
[5] seiscentos reais, que paga pontualmente seus carnês, como milhões de trabalhadores brasileiros,
é baleada em circunstâncias não esclarecidas no Morro da Congonha e, levada como carga no
porta-malas de um carro policial a pretexto de ser atendida, é arrastada à morte, a céu aberto,
pelo asfalto do Rio.
Não vou me deter nas versões apresentadas pelos advogados dos policiais. Todas as vozes
[10] terão que ser ouvidas, e com muita atenção à voz daqueles que nunca são ouvidos. Mas, antes
das versões, o fato é que esse porta-malas, ao se abrir fora do script, escancarou um real que
está acostumado a existir na sombra.
O marido de Cláudia Silva Ferreira disse que, se o porta-malas não se abrisse como abriu (por
obra do acaso, dos deuses, do diabo), esse seria apenas "mais um caso". Ele está dizendo:
[15] seria uma morte anônima, aplainada1 pela surdez da praxe2, pela invisibilidade, uma morte não
questionada, como tantas outras.
É uma imagem verdadeiramente surreal, não porque esteja for a da realidade, mas porque
destampa, por um "acaso objetivo" (a expressão era usada pelos surrealistas3), uma cena
recalcada4 da consciência nacional, com tudo o que tem de violência naturalizada e corriqueira,
[20] Tratamento degradante dado aos pobres, estupidez elevada ao cúmulo, ignorância bruta
transformada em trapalhada transcendental5, além de um índice grotesco de métodos de
camuflagem e desaparição de pessoas. Pois assim como Amarildo6 é aquele que desapareceu
das vistas, e não faz muito tempo, Cláudia é aquela que subitamente salta à vista, e ambos
soam, queira-se ou não, como o verso e o reverso do mesmo.
[25] O acaso da queda de Cláudia dá a ver algo do que não pudemos ver no caso do desaparecimento
de Amarildo. A sua passagem meteórica pela tela é um desfile do carnaval de horror que
escondemos. Aquele carro é o carro alegórico de um Brasil, de um certo Brasil que temos que
lutar para que não se transforme no carro alegórico do Brasil.
José Miguel Wisnik Adaptado de oglobo.globo.com, 22/03/2014.
Ele está dizendo: seria uma morte anônima, aplainada pela surdez da praxe, pela invisibilidade, uma morte não questionada, como tantas outras. (l. 14-16)
Logo após citar a declaração do marido de Cláudia, o autor a explica.
Em relação a essa declaração, a explicação do autor produz o efeito de:
- Literatura | 5.3 Contemporâneo
(ENEM 2018 1ª APLICAÇÃO)
A Casa de Vidro
Houve protestos.
Deram uma bola a cada criança e tempo para brincar.
Elas aprenderam malabarismos incríveis e algumas
viajavam pelo mundo exibindo sua alegre habilidade.
(O problema é que muitos, a maioria, não tinham jeito e
eram feios de noite, assustadores. Seria melhor prender
essa gente – havia quem dissesse.)
Houve protestos.
Aumentaram o preço da carne, liberaram os preços
dos cereais e abriram crédito a juros baixos para o
agricultor. O dinheiro que sobrasse, bem, digamos, ora o
dinheiro que sobrasse!
Houve protestos.
Diminuíram os salários (infelizmente aumentou o
número de assaltos) porque precisamos combater a
inflação e, como se sabe, quando os salários estão acima
do índice de produtividade eles se tornam altamente
inflacionários, de modo que.
Houve protestos.
Proibiram os protestos.
E no lugar dos protestos nasceu o ódio. Então surgiu
a Casa de Vidro, para acabar com aquele ódio.
ÂNGELO, I. A casa de vidro. São Paulo: Círculo do Livro, 1985.
Publicado em 1979, o texto compartilha com outras obras da literatura brasileira escritas no período as marcas do contexto em que foi produzido, como a