“Infeliz é o povo que precisa de heróis”, afirma o personagem Galileu Galilei, personagem de Bertolt Brech na excelente montagem que está em cartaz até 10 de abril no Tuca, Teatro da Universidade Católica, em São Paulo. A frase famosa e muito oportuna no Brasil de hoje dá o tom da abordagem que o dramaturgo alemão faz do personagem histórico. O que está em destaque é a dimensão humana da ciência e do cientista.
O Galileu de Brecht, interpretado de maneira pouco ortodoxa pela atriz Denise Fraga, não é um herói, nem aparece de forma idealizada. Ao contrário, é apresentado cheio de contradições como um homem que gostava de comer bem, queria ser rico e salvou a própria pele por medo. A montagem garante diversão, informação e acima de tudo reflexão.
Galileu Galilei convida o público a pensar sobre as relações entre produção do conhecimento, divulgação científica e poder. Em tom de comédia, a peça narra parte da biografia do astrônomo e matemático que conseguiu provar que a Terra girava em torno do sol, mas acabou sendo obrigado a negar publicamente sua descoberta para não ser queimado nas fogueiras da inquisição.
Mais informações sobre a peça no site http://www.teatrotuca.com.br/espetaculos/galileu-galilei.html
(Matéria de Alice Giraldi)
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se aos conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é