No grupo dos fungos, são conhecidas perto de 100 mil espécies. Esse grupo tão diverso inclui espécies que
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.1 Variações Linguísticas
Palavras jogadas fora
Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de "jogar fora" (pincha fora essa porcaria) ou "mandar embora" (pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso". Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer. As palavras são, em sua grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de nascermos. "Tradição", etimologicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas vezes colabora criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados direta ou indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O pinchar, associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e refinamento citadito, está fadado à extinção?
É louvável que nos preocupemos com a extinção de ararinhas-azuis ou dos micos-leão-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma comoção, como não nos comovemos com a extinção de insetos, a não ser dos extraordinariamente belos. Pelo contrário, muitas vezes a extinção das palavras é incentivada.
VIARO, M. E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012 (adaptado).
A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo "pinchar" nos traz uma reflexão sobre a linguagem e seus usos, a partir da qual compreende-se que:
- História | 5.3 Reforma Protestante
(UFPR) As guerras de religião na França (século XVI) e a Guerra dos Trinta Anos (1618–1648) marcaram profundamente as sensibilidades coletivas e exerceram uma influência considerável na reflexão política produzida por católicos e protestantes. Sobre as relações entre religião e poder político no contexto de consolidação dos Estados monárquicos modernos, é correto afirmar:
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
Amor é detectável por meio de tomografia, dizem pesquisadores britânicos
Cientistas da University College de Londres afirmam ser capazes de detectar o amor com tomografias. Elas mostram que os primeiros sinais de amor verdadeiro produzem mudanças claras no cérebro das pessoas, que podem ser vistas por meio de ressonância magnética. “Nós observamos a atividade no cérebro produzida pela visão da foto da pessoa amada”, explica o neurobiólogo Semir Zeki.
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe0607200004.htm>. Acesso em: 17 fev. 2014.
Texto II
A prova do amor
“Amor é detectável por meio de tomografia, dizem pesquisadores britânicos.”
Quando é que nós vamos casar, perguntava ela, impaciente – e não sem alguma razão: estavam juntos havia cinco anos, e o namorado não se decidia. E não se decidia, segundo alegava, por uma boa razão: não sabia ao certo se a amava. [...] Como se comprova objetivamente o amor?
A moça não estava disposta a continuar essa discussão, para ela bizantina. Deu-lhe um ultimato: que resolvesse de uma vez se a amava ou não. O que o deixou consternado. [...] Foi então que leu no jornal a notícia sobre o trabalho dos pesquisadores ingleses. Sim, ali estava a solução para seu problema.
Por meio de um amigo médico, fez contato com os cientistas, oferecendo-se como cobaia. Para sua alegria, eles o aceitaram. E assim, sem nada dizer à namorada, ele tomou o avião e foi para Londres.
O teste foi muito simples. Pediram-lhe que olhasse durante alguns minutos a foto da namorada, que trouxera consigo. Depois disso, fariam uma tomografia para avaliar a atividade cerebral em certa área que eles, espirituosamente, denominavam “área do amor”. Pediram só algum tempo para discutirem os achados: não queriam cometer erros.
No dia seguinte lá estava ele, ansioso. O cientista que o recebera veio a seu encontro, sorridente: nunca tinham visto tanta atividade na área do amor. O seu cérebro, concluiu, é o retrato da paixão.
Agora seguro quanto a seus sentimentos, ele voltou para o Brasil. Na semana seguinte, casou.
De maneira geral, pode-se dizer que é feliz. Mas às vezes briga com a mulher, às vezes fica com o saco cheio do casamento. E é então que uma dúvida lhe ocorre, uma dúvida cruel para a qual ele não tem resposta, ou não quer encontrar resposta: e se tivessem trocado a tomografia?
SCLIAR, Moacyr. “A prova do amor”. In: Folha de S.Paulo, 10 jul. 2000. Adaptado.
O mesmo acontecimento apresentado no texto I foi recriado no texto II. No segundo, contudo, o autor da crônica
- Matemática
Uma escada de 10 metros de comprimento está apoiada em uma parede que forma um ângulo de 90 graus com o chão. Sabendo que o ângulo entre a escada e a parede é de 30 graus, é correto afirmar que o comprimento da escada corresponde, da distância x do “pé da escada” até a parede em que ela está apoiada, a:
- Literatura | 4.1 Romantismo
(ENEM 2009 CANCELADO)
Texto 1
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...]
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.
DIAS, G. Poesia e prosa completas.Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.
Texto 2
Canto de regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo
ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: Círculo do Livro, s/d.
Os textos 1 e 2, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisando-os, conclui-se que