(UNIT) Em relação às características dos quatro grupos do Reino Plantae, é correto afirmar:
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.08 Figuras de Linguagem
(UERJ) Era a primeira vez que as duas iam ao morro do Castelo. Começaram a subir pelo lado da Rua do Carmo. Muita gente há no Rio de Janeiro que nunca lá foi, muita haverá morrido, muita mais nascerá e morrerá sem lá pôr os pés. Nem todos podem dizer que conhecem uma cidade inteira. Um velho inglês, que aliás andara terras e terras, confiava-me há muitos anos em Londres que de Londres só conhecia bem o seu clube, e era o que lhe bastava da metrópole e do mundo.
Natividade e Perpétua conheciam outras partes, além de Botafogo, mas o morro do Castelo, por mais que ouvissem falar dele e da cabocla que lá reinava em 1871, era-lhes tão estranho e remoto como o clube. 1O íngreme, o desigual, o mal calçado da ladeira mortificavam os pés às duas pobres donas. Não obstante, 2continuavam a subir, como se fosse penitência, devagarinho, cara no chão, véu para baixo. A manhã trazia certo movimento; mulheres, homens, crianças que desciam ou subiam, lavadeiras e soldados, algum empregado, algum lojista, algum padre, todos olhavam espantados para elas, que aliás vestiam com grande simplicidade; mas há um 3donaire que se não perde, e não era vulgar naquelas alturas. 4A mesma lentidão no andar, comparada à rapidez das outras pessoas, fazia desconfiar que era a primeira vez que ali iam. (...)
Com efeito, as duas senhoras buscavam disfarçadamente o número da casa da cabocla, até que deram com ele. A casa era como as outras, trepada no morro. 5Subia-se por uma escadinha, estreita, sombria, adequada à aventura. Quiseram entrar depressa, mas esbarraram com dous sujeitos que vinham saindo, e coseram-se ao portal. 6Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha.
– Perdem o seu tempo, concluiu furioso, e hão de ouvir muito disparate...
– É mentira dele, emendou o outro, rindo; a cabocla sabe muito bem onde tem o nariz.
Hesitaram um pouco; mas, logo depois advertiram que as palavras do primeiro eram sinal certo da vidência e da franqueza da adivinha; nem todos teriam a mesma sorte alegre. A dos meninos da Natividade podia ser miserável, e então... Enquanto cogitavam passou fora um carteiro, que as fez subir mais depressa, para escapar a outros olhos. 7Tinham fé, mas tinham também vexame da opinião, como um devoto que se benzesse às escondidas.
Velho caboclo, pai da adivinha, conduziu as senhoras à sala. (...)
– Minha filha já vem, disse o velho. As senhoras como se chamam?
(...)
A falar verdade, temiam o seu tanto, Perpétua menos que Natividade. A aventura parecia audaz, e algum perigo possível. Não ponho aqui os seus gestos; imaginai que eram inquietos e desconcertados. Nenhuma dizia nada. Natividade confessou depois que tinha um nó na garganta. Felizmente, a cabocla não se demorou muito; ao cabo de três ou quatro minutos, o pai a trouxe pela mão, erguendo a cortina do fundo.
3donaire - elegância
MACHADO DE ASSIS. Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.
O íngreme, o desigual, o mal calçado da ladeira mortificavam os pés às duas pobres donas. (ref. 1)
Nessa frase, um recurso de linguagem é utilizado para reforçar o incômodo das personagens.
Esse recurso é denominado:
- Arte - Fundamental | 03.7. Brinquedos artesanais
Materiais:
- Uma caixa de papelão (que contenha todo o corpo da criança. Talvez uma caixa de geladeira ou fogão).
- Tesoura
- Tinta para pintura de parede em qualquer cor.
- Máquina fotográfica.
- Revistas velhas.
- Tesoura sem ponta.
- Cola
- Trinchas largas.
Desenvolvimento:
1 - Construa com as crianças um esconderijo, a partir da caixa, recortando nela apenas um visor nos quatro lados na altura dos olhos das crianças.
2 - Arremate a caixa com tinta de parede.
3 - Continuando a montagem da caixa, os alunos devem realizar colagens do lado de fora por cima da caixa pintada.
4 - Ao longo de uma semana, vá mudando a caixa de lugar na escola e propiciando aos alunos a oportunidade de entrar dentro da caixa, escolher em que visor quer ficar e tirar uma fotografia do que está vendo.
5 - Esta experiência poderá ser também repetida por todos os alunos em todos os lugares em que a caixa for colocada, depende de sua intenção e disponibilidade de tempo.
6 - Registre a fala das crianças durante tudo o que acontecer.
7 - Monte uma exposição com as fotografias reveladas em tamanho A4 e montadas sobre colorset colorido com margem de 7cm. Associe a elas os registros das frases ditas pelos alunos ao longo do processo!
8 - Convide as crianças para adivinharem o que foi fotografado, em que lugar da escola e mais, visite com as crianças esses lugares novamente para que possam perceber o que estava no entorno delas quando estiveram ali e que deixou de ser percebido por elas, em função do uso da caixa. Neste momento, chame a atenção de todos para a importância do olhar e do quanto deixamos de ver os detalhes de tudo o que está ao redor de nós. Levante com eles hipóteses dos motivos pelos quais negligenciamos tanto o que vemos e o que não vemos no cotidiano.
- História - Fundamental | 01. A Primeira República no Brasil
Observe a charge para responder à questão.
Enunciado:
Através da interpretação da charge, é possível constatar que a Constituinte representou, para a política brasileira, a
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
. Leia os fragmentos do conto de um autor moçambicano para responder:
O assalto
Uns desses dias fui assaltado. Foi num virar de esquina, num desses becos onde o escuro se aferrolha com chave preta. Nem decifrei o vulto: só vi, em rebrilho fugaz, a arma em sua mão. Já eu pensava fora do pensamento: eis-me! A pistola foi-me justaposta no peito, a mostrar-me que a morte é um cão que obedece antes mesmo de se lhe ter assobiado.
[…]
— Diga qualquer coisa.
— Qualquer coisa?
— Me conte quem é. Você quem é?
Medi as palavras. Quanto mais falasse e menos dissesse melhor seria. O maltrapilho estava ali para tirar os nabos e a púcara(*). Melhor receita seria o cauteloso silêncio. Temos medo do que não entendemos. Isso todos sabemos. Mas, no caso, o meu medo era pior: eu temia por entender. O serviço do terror é esse – tornar irracional aquilo que não podemos subjugar.
— Vá falando.
— Falando?
— Sim, conte lá coisas. Depois, sou eu. A seguir é a minha vez.
[…]
Fomos andando para os arredores de uma iluminação. Foi quando me apercebi que era um velho. Um mestiço, até sem má aparência. Mas era um da quarta idade, cabelo todo branco. Não parecia um pobre. […] Foi quando, cansado, perguntei:
— O que quer de mim?
— Eu quero conversar.
— Conversar?
— Sim, apenas isso, conversar. É que, agora, com esta minha idade, já ninguém me conversa.
Então, isso? Simplesmente, um palavreado? Sim, era só esse o móbil do crime. O homem recorria ao assalto de arma de fogo para roubar instantes, uma frestinha de atenção. Se ninguém lhe dava a cortesia de um reparo ele obteria esse direito nem que fosse a tiro de pistola. Não podia era perder sua última humanidade – o direito de encontrar os outros, olhos em olhos, alma revelando-se em outro rosto.
E me sentei, sem hora nem gasto. Ali no beco escuro lhe contei vida, em cores e mentiras. No fim, já quase ele adormecera em minhas histórias eu me despedi em requerimento: que, em próximo encontro, se dispensaria a pistola. De bom agrado, nos sentaríamos ambos num bom banco de jardim. Ao que o velho, pronto, ripostou:
— Não faça isso. Me deixe assaltar o senhor. Assim, me dá mais gosto.
E se converteu, assim: desde então, sou vítima de assalto, já sem sombra de medo. É assalto sem sobressalto. Me conformei, e é como quem leva a passear o cão que já faleceu. Afinal, no crime como no amor: a gente só sabe que encontra a pessoa certa depois de encontrarmos as que são certas para outros.
COUTO, Mia. In: Ficções: revista de contos. Rio de Janeiro:
Editora 7 Letras, 1999, ano II, n. 3, p. 10.
“… a gente só sabe que encontra a pessoa certa depois de encontrarmos as que são certas para outros.” Esse período é composto por quatro orações, na seguinte ordem:
- Química
Xenônio, que é utilizado na fabricação de dispositivos emissores de luz e também como anestésico, tem uma nova aplicação: eliminar memórias traumáticas. Pelo menos em cobaias de laboratório. A descoberta é de cientistas americanos, que submeteram um grupo de ratos a uma situação desagradável – quando tocava um determinado som, eles eram submetidos a um choque. As cobaias que inalaram xenônio se esqueceram desse fato, e passaram a ignorar o alerta sonoro. O efeito acontece porque o xenônio bloqueia a ação do aminoácido NMDA, necessário para a preservação das memórias.
Fonte: Superinteressante, Edição 339, Nov. 2014, p. 10 “Anestesia apaga memórias ruins”. (Adaptado.)
Considerando as informações do enunciado, analise a veracidade (V) ou a falsidade (F) das proposições abaixo.
( ) O xenônio, assim como os demais elementos químicos do seu grupo, é altamente reativo, devido a sua baixa estabilidade eletrônica.
( ) O primeiro potencial de ionização do xenônio, assim como o dos demais elementos químicos do seu grupo, é nulo.
( ) O valor de pH no qual a molécula de um aminoácido se torna neutra é chamado ponto isoelétrico do aminoácido.
( ) A ligação química que se estabelece entre dois aminoácidos é denominada de peptídica.