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Doutor dos sentimentos
Veja quem é e o que pensa o português António Damásio, um dos maiores nomes da neurociência atual, sempre em busca de desvendar os mistérios do cérebro, das emoções e da consciência
Ele é baixo, usa óculos, tem cabelos brancos penteados para trás e costuma vestir terno e gravata. A surpresa vem quando começa a falar. António Damásio não confirma em nada o clichê que se tem de cientista. Preocupado em ser o mais didático possível, tenta, pacientemente, com certa graça e até ironia, sempre que cabível, traduzir para os leigos estudos complexos sobre o cérebro. Português, Damásio é um dos principais expoentes da neurociência atual.
Diferentemente de outros neurocientistas, que acham que apenas a ciência tem respostas à compreensão da mente, Damásio considera que muitas ideias não provêm necessariamente daí. Para ele, um substrato imprescindível para entender a mente, a consciência, os sentimentos e as emoções advém da vida intuitiva,artística e intelectual. Fora dos meios científicos o nome de Damásio começou a ser celebrado na década de 1990, quando lançou seu primeiro livro, uma obra que fala de emoção, razão e do cérebro humano.
TREFAUT, M. P. Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br. Acesso em: 2 set. 2014 (adaptado).
Na organização do texto, a sequência que atende à função sociocomunicativa de apresentar objetivamente o cientista António Damásio é a:
- Arte - Fundamental | 01.1. Artes visuais
Materiais:
- Livros de história diversos
- Desenho animado – Alice no país das maravilhas (o desenho animado)
- Papel sulfite branco
- Canetinhas de várias espessuras e cores
- Música: “Imaginação” – Marcos Valle
Desenvolvimento:
1 – Distribuir os livros para as crianças a fim de que elas explorem as imagens e criem as histórias.
2 – Depois de alguns minutos, sugerir que algumas das crianças contem as histórias para o grupo baseando-se a pena nas imagens.
3 – O professor poderá então escolher duas histórias dentre as apresentadas e realizar a leitura das mesmas.
4 – Neste momento é provável que surjam polêmicas quanto à veracidade da história e das histórias imaginadas pelas crianças. Este é o momento ideal para chamar a atenção das crianças para quantas histórias poderiam ser contadas com as mesmas imagens...
5 – O professor poderá então perguntar: por que será que isto acontece? Conduzir as perguntas até chegar no conceito de imaginação.
6 – O que é a imaginação? Tocar a música “Imaginação”:
IMAGINAÇÃO (Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle)
O que eu quiser imaginar eu sou capaz / Eu sou capaz de imaginar que eu sou capaz /
De ver a lua brilhar de dia / E o sol encher a noite de alegria /
A imaginação fica dentro da cabeça / Com ela a gente faz o que bem quer /
Com ela eu olho prá dentro de mim / E vejo coisas lindas / Vejo o que eu quiser /
Tudo a gente pode de tudo / A gente é capaz /
Basta que a gente acredite em tudo / Que a gente faz /
Mas tudo na vida começa lá dentro da cabeça da gente /
Num lugar lá dentro / No meio dela / Onde vive a imaginação.
7 – Tudo que imaginamos pode um dia se tornar realidade. Foi assim com tudo o que existe no mundo: um dia alguém imaginou e se dedicou em transformar aquela ideia em realidade. A arte é pura imaginação! O artista imagina e escolhe meios para fazer sua imaginação se tornar realidade na obra que ele elabora. Quando a imaginação se torna algo concreto podemos dizer que criamos alguma coisa, no caso do artista, uma obra.
8 – O professor poderá então convidar os alunos a assistirem o filme Alice no país das maravilhas, o desenho animado dos estúdios Walt Disney.
9 – Numa roda de conversa as crianças poderão se manifestar sobre algo que o filme apresenta que fez com que elas pensassem na imaginação. O país das maravilhas é um país imaginário?
10 – E se o país das maravilhas pudesse ser de cada um de nós? Como ele seria? Vamos criar o nosso país das maravilhas? Neste momento o professor convidará as crianças a criar o desenho do seu próprio país das maravilhas:
- Quem mora lá?
- Onde ele fica?
- Como se chega lá?
- O que se come?
...e deixe as crianças criarem livremente.
Referências:
“Imaginação” – música de Marcos Valle:
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
O poço e o pêndulo
Eu estava esgotado – mortalmente esgotado por aquela longa agonia; e quando enfim me desataram, e foi-me dada a permissão de sentar, percebi que os sentidos me faltavam. A sentença – a pavorosa sentença de morte – foi a última de distinta articulação a chegar aos meus ouvidos. Depois disso, o som das vozes inquisitoriais pareceu fundir-se em um único murmúrio vago e onírico.
[...]
Até esse momento, eu não abrira os olhos. Senti que jazia de costas, desatado. Estiquei a mão, e ela caiu pesadamente sobre alguma coisa úmida e dura. Deixei-me aí ficar por vários minutos, enquanto me empenhava em imaginar onde e no que podia estar. Ansiava, e contudo não ousava, empregar a visão. Aterrorizava-me o impacto inicial dos objetos em torno de mim. Não que eu temesse ver coisas horríveis, mas fui invadido por um crescente pavor de não haver nada para ver. Finalmente, com descontrolado desespero no coração, abri rapidamente os olhos. Meus piores pensamentos foram, então, confirmados. O negror da noite eterna me engolfava. Lutei para respirar. A intensidade das trevas parecia me oprimir e sufocar. A atmosfera era intoleravelmente opressiva. Continuei deitado, imóvel, e esforcei-me por exercitar a razão. Evoquei em minha mente o processo inquisitorial, e tentei a partir desse ponto inferir minha real condição. A sentença fora proferida; e a mim me pareceu que um intervalo muito longo de tempo transcorrera desde então. Contudo, nem sequer por um momento supus que estivesse morto de fato. Tal suposição, não obstante o que lemos na ficção, é completamente inconsistente com a existência real; – mas onde e em que estado eu me encontrava? Os condenados à morte, eu sabia, eram normalmente executados nos autos de fé, e um desses fora realizado na exata noite de meu julgamento. Estaria eu sendo mantido sob custódia em meu calabouço, a fim de aguardar o sacrifício seguinte, que não teria lugar senão dali a muitos meses? Percebi na mesma hora que tal não podia ser. As vítimas haviam sido reclamadas de imediato. Além do mais, meu calabouço, assim como as celas de todos os condenados em Toledo, tinha piso de pedra, e a luz não era completamente excluída.
Uma assustadora ideia agora de repente fez o sangue fluir incontrolavelmente em meu coração e, por um breve período, mais uma vez recaí na insensibilidade. Assim que me recuperei, fiquei de pé na mesma hora, tremendo convulsivamente em cada fibra. Agitei os braços freneticamente acima e em torno de mim, em todas as direções. Nada senti; contudo, hesitava em dar um passo, com receio de ser bloqueado pelas paredes de uma tumba. O suor brotava de cada poro, e formava grossas gotas em minha fronte. A agonia do suspense cresceu até se tornar intolerável e cuidadosamente me movi para a frente, com os braços estendidos, e meus olhos esforçando-se em suas órbitas, na esperança de captar algum débil raio de luz. Avancei vários passos; mas o negror e o vazio continuaram. Respirei mais facilmente. Parecia evidente que o meu não era, ao menos, o mais hediondo dos destinos.
POE, Edgar Allan. Contos de imaginação e mistério. Trad. Cássio de Arantes Leite.
São Paulo: Tordesilhas, 2012. p. 49. Fragmento.
Glossário:
Autos de fé – diz-se de eventos realizados em praça pública para punir os condenados pela Inquisição.
Releia o trecho:
A sentença fora proferida; e a mim me pareceu que um intervalo muito longo de tempo transcorrera desde então.
Esse período é composto por: