(IFSUL) O besouro-bombardeiro (Brachynus crepitans) recebeu esse nome devido ao som explosivo que emite quando é ameaçado, soltando jatos químicos, quentes, coloridos e barulhentos. O besouro gira seu abdômen de um lado para o outro e atira, causando no seu predador um gosto horrível na boca e até mesmo queimaduras leves. Eles possuem duas glândulas que se abrem ao exterior, no final do abdômen. Cada glândula possui dois compartimentos, um contém uma solução aquosa de hidroquinona e peróxido de hidrogênio e o outro contém uma mistura de enzimas. Ao ser atacado, o besouro segrega um pouco da solução do primeiro compartimento no segundo. As enzimas atuam acelerando a reação exotérmica entre a hidroquinona e o peróxido de hidrogênio, segundo a equação:
C6H4(OH)2(aq) + H202(aq) -> C6H4O2(aq) + 2H2O(l)
A energia liberada é suficiente para elevar a temperatura da mistura até o ponto de ebulição. A energia envolvida nessa transformação pode ser calculada, considerando-se os processos:
H2O(l) + ½ O2(g) →H2O2(aq) ΔH = + 95 kJ . mol– 1
H2O(l) →1/2 O2(g) + H2(g) ΔH = + 286 kJ . mol– 1
Assim sendo, o calor envolvido na reação que ocorre no organismo do besouro é: