Questões relacionadas
- Química | 1.1 Introdução à Química
(ENEM 2009 CANCELADO) Além de ser capaz de gerar eletricidade, a energia solar é usada para muitas outras finalidades. A figura a seguir mostra o uso da energia solar para dessalinizar a água. Nela, um tanque contendo água salgada é coberto por um plástico transparente e tem a sua parte central abaixada pelo peso de uma pedra, sob a qual se coloca um recipiente (copo). A água evaporada se condensa no plástico e escorre até o ponto mais baixo, caindo dentro do copo.
Nesse processo, a energia solar cedida à água salgada:
- Química | 2.5 Oxirredução
O ferro metálico é obtido em altos-fornos pela mistura do minério hematita (α – Fe2O3) contendo impurezas, coque C e calcário (CaCO3), sendo estes mantidos sob um fluxo de ar quente leva à queima do coque, com a temperatura no alto-forno chegando próximo a 2000 °C. As etapas caracterizam o processo em função da temperatura.
Entre 200 °C e 700 °C: 3 Fe2O3 + CO → 2 Fe3O4 + CO2
CaCO3 → CaO + CO2
Fe3O4 + CO → 3 FeO + CO2
Entre 700 °C e 1200 °C:
C + CO2 →2 CO
FeO + CO →Fe + CO2
Entre 1200 °C e 2000° C:
Ferro impuro se funde
Formação de escória fundida (CaSiO3)
2 C + O2 → 2 CO
No processo de redução desse metal, o agente redutor é o:
- Arte | 6.4 Tendências Contemporâneas
TEXTO I
TEXTO II
As duas imagens são produções que têm a cerâmica como matéria-prima. A obra Estrutura vertical dupla se distingue da urna funerária marajoara ao
- Língua Portuguesa - Fundamental | 3.02 Orações Subordinadas Substantivas
Leia a tira a seguir para responder à questão. Disponível em <http://www.charge.com.br>. Acesso em: 1º out. 2013.
Elabore um período composto usando a conjunção subordinativa comparativa ‘como’, comparando os políticos às frutas podres.
- Língua Portuguesa | 1.07 Coesão Textual
Medo e vergonha
[1] O medo é um evento poderoso que toma o nosso corpo, nos põe em xeque, paralisa alguns
e atiça a criatividade de outros. Uma pessoa em estado de pavor é dona de uma energia extra
capaz de feitos incríveis.
Um amigo nosso, quando era adolescente, aproveitou a viagem dos pais da namorada para ficar
[5] na casa dela. Os pais voltaram mais cedo e, pego em flagrante, nosso Romeu teve a brilhante
ideia de pular, pelado, do segundo andar. Está vivo. Tem hoje essa incrível história pra contar,
mas deve se lembrar muito bem da vergonha.
Me lembrei dessa história por conta de outra completamente diferente, mas na qual também vi
meu medo me deixar em maus lençóis.
[10] Estava caminhando pelo bairro quando resolvi explorar umas ruas mais desertas. De repente,
vejo um menino encostado num muro. Parecia um menino de rua, tinha seus 15, 16 anos e,
quando me viu, fixou o olhar e apertou o passo na minha direção. Não pestanejei. Saí correndo.
Correndo mesmo, na mais alta performance de minhas pernas.
No meio da corrida, comecei a pensar se ele iria mesmo me assaltar. Uma onda de vergonha foi
[15] me invadindo. O rapaz estava me vendo correr. E se eu tivesse me enganado? E se ele não fosse
fazer nada? Mesmo que fosse. Ter sido flagrada no meu medo e preconceito daquela forma já
me deixava numa desvantagem fulminante.
Não sou uma pessoa medrosa por excelência, mas, naquele dia, o olhar, o gesto, alguma coisa
no rapaz acionou imediatamente o motor de minhas pernas e, quando me dei conta, já estava
[20] em disparada.
Fui chegando ofegante a uma esquina, os motoristas de um ponto de táxi me perguntaram
o que tinha acontecido e eu, um tanto constrangida, disse que tinha ficado com medo. Me
contaram que ele vivia por ali, tomando conta dos carros. Fervi de vergonha.
O menino passou do outro lado da rua e, percebendo que eu olhava, imitou minha corridinha,
[25] fazendo um gesto de desprezo. Tive vontade de sentar na guia1 e chorar. Ele só tinha me
olhado, e o resto tinha sido produto legítimo do meu preconceito.
Fui atrás dele. Não consegui carregar tamanha bigorna2 pra casa. "Ei!" Ele demorou a virar. Se
eu pensava que ele assaltava, ele também não podia imaginar que eu pedisse desculpas. Insisti:
"Desculpa!" Ele virou. Seu olhar agora não era mais de ladrão, e sim de professor. Me perdoou
[30] com um sinal de positivo ainda cheio de desprezo. Fui pra casa pelada, igual ao Romeu suicida.
Denise Fraga folha.uol.com.br, 08/01/2013
Seu olhar agora não era mais de ladrão, e sim de professor. (l. 29)
A frase deixa subentendida a ideia de que o menino foi capaz de ensinar, pelo exemplo, algo à autora.
Esse ensinamento dado pelo menino está ligado à capacidade de: