(UNIME) Uma bateria de automóvel é capaz de fornecer uma corrente aproximadamente constante, a uma diferença de potencial constante, enquanto sua carga não tiver diminuído muito. Considere-se uma bateria ideal de força eletromotriz de 12,0V, associada a um resistor de resistência elétrica de 8,0Ω, pelo qual atravessa uma corrente elétrica de intensidade i.
Nessas condições e desprezando-se a resistência elétrica dos fios de ligação, a intensidade da corrente que percorre o circuito e o tempo durante o qual a bateria perderá 500,0C da carga total armazenada, são, aproximadamente,
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- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Sim, convém destacar a primeira esquisitice desse terrível entardecer de maio. Não só perto do quiosque, mas também em toda a aleia paralela à rua Málaia, não havia vivalma. Naquela hora, quando não se tinha forças nem para respirar, quando o sol, após incandescer Moscou, mergulhava numa neblina seca, ninguém viera para a sombra das tílias, ninguém se sentara no banco, a aleia estava vazia.
— Uma água com gás – pediu Berlioz.
— Não tem – respondeu a mulher do quiosque, e sabe-se lá por que se ofendeu.
— Tem cerveja? – quis saber Bezdômny, com a voz rouca.
— Vão trazer mais tarde – respondeu a mulher.
— Então tem o quê? – perguntou Berlioz.
— Refresco de damasco, e só quente – disse a mulher.
— Então vai, pode ser, pode ser!…
O refresco de damasco formou uma espuma densa e amarela, surgiu no ar um cheiro de cabeleireiro. Depois de beberem, os literatos imediatamente começaram a soluçar, pagaram e sentaram-se no banco, de frente para o lago. […]
Nesse momento, ocorreu a segunda esquisitice, que só tinha a ver com Berlioz. Ele parou de soluçar repentinamente, seu coração bateu e, num rufo, sentiu como se tivesse despencado para algum lugar e depois voltado, mas com uma agulha cega cravada nele. Além disso, Berlioz foi tomado por um medo infundado, mas tão forte, que teve vontade de sair correndo imediatamente, sem olhar para trás. Empalideceu, enxugou a testa com um lenço e pensou: “O que está acontecendo comigo? Nunca senti isso… o coração está falhando… estou esgotado…”.
Na mesma hora, o ar tórrido condensou-se diante dele e desse ar fez-se um cidadão transparente, de aspecto estranhíssimo. Na pequena cabeça, um boné de jóquei, um paletó xadrez apertado e também vaporoso… Um cidadão de estatura colossal, mas de ombros estreitos, incrivelmente magro e de fisionomia, quero destacar, zombeteira. Empalidecendo ainda mais, ele esbugalhou os olhos e pensou, confuso: “Isso não pode ser real!”.
Nesse instante, o pavor tomou conta de Berlioz de tal forma que ele fechou os olhos. Quando os abriu, viu que tudo tinha acabado, a miragem evaporara, o xadrez desaparecera e, a propósito, a agulha cega se desprendera de seu coração.
— Ê, diabo! – exclamou o editor. — Sabe, Ivan, quase tive um ataque cardíaco por causa do calor! Tive até mesmo um tipo de alucinação… – Tentou sorrir, mas a aflição ainda saltava aos olhos e as mãos tremiam. Acalmou-se aos poucos e abanou-se com o lenço.
Vocabulário:
aleia – caminho de parque com árvores ou arbustos; alameda
tília – árvore nativa da Europa
Para o narrador, a primeira esquisitice descrita é:
- Química | 3.7 Polímeros
(UEFS) Empresa investe 31 milhões na ampliação de instalações em Feira de Santana, para aumentar a produção de pneus radiais, utilizados em carros de passeio e em caminhões direcionados para a indústria automobilística nacional e americana. A empresa utiliza malhas de fios de aço, lonas de poliéster e uma borracha sintética de buta-1, 3-dieno e estireno, vulcanizada, de alta resistência ao atrito, na fabricação de pneus. Durante a vulcanização, a borracha é aquecida na presença de compostos de enxofre para formar ligações de enxofre entre cadeias do polímero. De 5 a 8% de enxofre, a borracha é elástica e resistente.
A partir dessas informações, é correto afirmar:
- Biologia | 09. Botânica
(Unit) Observe a estrofe da música “O Cravo brigou com a rosa”
O Cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo ficou ferido
E a Rosa despedaçada
O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pôs-se e a chorar
Com toda licença poética, os personagens da canção representam
- Física | 2.7 Impulso e Quantidade de Movimento
(PUC-SP)
Adote os seguintes valores quando necessário:
Módulo da aceleração da gravidade (g) = 10m . s-2
1 quilograma-força (kgf) = 10 N
1 cal = 4 J
1 cv = 740 W
1 tonelada = 103 kg
1 atm = 1 . 105 N . m-2
A figura mostra uma colisão envolvendo um trem de carga e uma camionete. Segundo testemunhas, o condutor da camionete teria ignorado o sinal sonoro e avançou a cancela da passagem de nível. Após a colisão contra a lateral do veículo, o carro foi arrastado pelo trem por cerca de 300 metros. Supondo a massa total do trem de 120 toneladas e a da camionete de 3 toneladas, podemos afirmar que, no momento da colisão, a intensidade da força que
- Sociologia | 6 Sociologia Brasileira
Responsabilidade pelas diferenças é da sociedade atual
No período colonial e imperial brasileiro, um modelo de escravidão extremamente brutal sobre suas vítimas não deixara de lograr mecanismos de mobilidade social para alguns descendentes de escravizados que se tornaram libertos.
No Brasil do século 19, em algumas regiões, eles poderiam chegar mesmo a 80% do total da população livre; dados semelhantes aos de Cuba. No Sul dos Estados Unidos, por exemplo, o índice era de apenas 4%. Alguns destes chegaram – de forma ainda hoje inédita – aos altos escalões da vida cultural e politica do país. A lista não e tão pequena assim: Rebouças, Patrocínio, Caldas Barbosa, Machado de Assis.
Na contramão, há quem afirme que a liberdade conquistada pela alforria, em nossa antiga sociedade, era extremamente precária – em razão da cor, tornando as pessoas libertas de tez mais escura no máximo quase-cidadãos.
De qualquer maneira, se é verdade que nossa realidade colonial e imperial guarda uma complexidade própria, o fato é que ao longo do século 20 a antiga sociedade acabaria abrigando um desconcertante paradoxo. O escravismo não tivera nada de harmonioso, mas o sistema de dominação abria margens para infiltrações.
Para as experiências do pós-emancipação, cor, raça e racismo foram paisagens permanentemente reconfiguradas. Ordem, trabalho, disciplina e progresso dialogaram com as políticas públicas de aparato policial e criminalização dos descendentes dos escravizados e suas formas de manifestação cultural e simbólica.
No projeto de nossas elites desse período vigorou a concepção de que o desenvolvimento socioeconômico era incompatível com nossas origens ancestrais em termos étnicos. Países com maiorias não brancas não atingiram, e jamais alcançariam, o tão desejado progresso. Os perniciosos efeitos do sistema escravista foram associados às suas vitimas, ou seja, os escravizados.
No contexto posterior aos anos 1930, a valorização simbólica da mestiçagem seria um importante combustível ideológico do projeto desenvolvimentista. Dado o momento histórico em que fora forjado, se pode até reconhecer que tal discurso poderia abrigar algum tipo de perspectiva progressista. Por outro lado, ao consagrar como natural a convergência das linhas de classe e cor, tal lógica tentou convencer que diferenças sociais derivadas de aparências físicas (cor da pele, traços faciais), conquanto nítidas e persistentes, inexistiam.
Ou se existiam eram para ser esquecidas, abafadas ou comentadas no íntimo do lar. Como tal, o mito da democracia racial serviu não apenas ao projeto de industrialização do país. Também se associou a um modelo de desenvolvimento que viria a ser assumidamente concentrador de renda e poder político em termos sociorraciais, dado que tais assimetrias passaram a ser incorporadas à paisagem das coisas.
Após o fim do mito da democracia racial, parece que se torna necessário romper com uma segunda lenda. A de que as assimetrias de cor ou raça sejam decorrência direta do escravismo, findado há 120 anos.
Tal compreensão retira da sociedade do presente a responsabilidade pela construção de um quadro social extremamente injusto gerado a cada instante, colocando tal fardo apenas nos ombros do distante passado. Nosso racismo está embebido de uma forte associação entre cor da pele e uma condição social esperada ou desejada. Tal correlação atua nos diversos momentos da vida social, econômica e institucional.
A leitura dos indicadores sociais decompostos pela variável cor ou raça expressa a dimensão de tais práticas sociais inaceitáveis. Se os afrodescendentes se conformam com tal realidade, fica então ratificado o mito. Se não se conformam, dizem os maus presságios: haverá ruptura de nossa paz social.
O racismo e as assimetrias de cor ou raça do presente não são produtos da escravidão, muito embora tenham sido vitais para o seu funcionamento. Em sendo uma herança perpétua e acriticamente atual.
O que fazer para superar este legado? Este é o desafio de todos nós, habitantes deste sexto século brasileiro que há pouco despertou.
(Flávio Gomes e Marcelo Paixão. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj2311200806.htm.Texto adaptado)
(Uepa) A democracia racial foi considerada um mito, e, ainda, segundo o texto, as assimetrias raciais persistem sob responsabilidade do “distante passado”. Assim sendo, a passagem abaixo que confirma tal afirmativa é: