(FASA) “Uma expressão simples, usada recentemente por dois pesquisadores descreve os vírus de maneira singular: os vírus levam uma ‘vida emprestada’ ”, cujo significado se revela em:
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(IFSC) Esparadrapo
Aquele restaurante de bairro é do tipo simpatia/classe média. 1Fica em rua sossegada, é pequeno, limpo, cores repousantes, comida razoável, preços idem, não tem música de triturar os ouvidos. 11O dono senta-se à mesa da gente, para bater um papo leve, sem intimidades.
3Meu relógio parou. Pergunto-lhe quantas horas são.
— Estou sem relógio.
— Então vou perguntar ao garçom.
Ele também está sem relógio.
— E o colega dele, que serve aquela mesa?
— Ninguém está com relógio nesta casa.
— Curioso. É moda nova?
2— Antes de responder, e se o senhor permite, vou lhe fazer, não propriamente um pedido, mas uma sugestão.
— Pois não.
— Não precisa trazer relógio, quando vier jantar.
— Não entendo.
— Estamos sugerindo aos nossos fregueses que façam este pequeno sacrifício.
— Mas o senhor podia explicar...
— Sem querer meter o nariz no que não é da minha conta, gostaria também que trouxesse pouco dinheiro, ou antes, nenhum.
— Agora é que não estou pegando mesmo nada.
— Coma o que quiser, depois mandamos receber em sua casa.
5— Bem, eu moro ali adiante, mas e outros, os que nem se sabe onde moram, ou estão de passagem na cidade?
— Dá-se um jeito.
— Quer dizer que nem relógio nem dinheiro?
— Nem joias. 12Estamos pedindo às senhoras que não venham de joia. É o mais difícil, mas algumas estão atendendo.
— Hum, agora já sei.
— Pois é. Isso mesmo. O amigo compreende...
— Compreendo perfeitamente.
Desculpa ter custado um pouco a entrar na jogada. Sou meio 6obtuso quando estou com fome.
— Absolutamente. Até que o amigo compreendeu sem que eu precisasse dizer 7tudo. Muito bem.
— Mas me diga uma coisa. Quando foi 8isso?
— Quarta-feira passada.
— E como 9foi, pode-se saber?
— Como 10podia ser? Como nos outros lugares, no mesmo figurino. Só que em ponto menor.
— Lógico, sua casa é pequena. Mas levaram o quê?
— O que havia na caixa, pouquinha coisa. Eram 9 da noite, dia meio parado.
— Que mais?
— Umas coisinhas, liquidificador, relógio de pulso, meu, dos empregados e dos fregueses.
— An. (Passei a mão no pulso, instintivamente.)
— O pior foi o cofre.
— Abriram o cofre?
13— Reviraram tudo, à procura do cofre. Ameaçaram, pintaram e bordaram. Foi muito desagradável.
— E afinal?
— Cansei de explicar a eles que não havia cofre, nunca houve, como é que eu podia inventar cofre naquela hora?
— Ficaram decepcionados, imagino.
— Não senhor. Disseram que tinha de haver cofre. Eram cinco, inclusive a moça de bota e revólver, querendo me convencer que tinha cofre escondido na parede, no teto, embaixo do piso, sei lá.
— E o resultado?
— Este — e baixou a cabeça, onde, no cocuruto, alvejava a estrela de esparadrapo.
4— Oh! Sinto muito. Não tinha notado. Felizmente escapou, é o que vale. Dê graças a Deus por estar vivo.
— Já sei. Sabe que mais? Na polícia me perguntaram se eu tinha seguro contra roubo. E eu pensando que meu seguro fosse a polícia. 14Agora estou me segurando à minha maneira, deixando as coisas lá em casa e convidando os fregueses a fazer o mesmo. E vou comprar um cofre. Cofre pequeno, mas cofre.
— Para que, se não vai guardar dinheiro nele?
— Para mostrar minha boa-fé, se eles voltarem. Abro imediatamente o cofre, e verão que não estou escondendo nada. Que lhe parece?
— Que talvez o senhor precise manter um estoque de esparadrapo em seu restaurante.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Esparadrapo. In Para gostar de ler. v. 3. Crônicas.
São Paulo: Ática, 1978.
Observe o uso do acento grave para indicar crase nas seguintes frases do texto:
I. O dono senta-se à mesa da gente (ref. 11).
II. Estamos pedindo às senhoras que não venham de joia (ref. 12).
III. Reviraram tudo, à procura do cofre (ref. 13).
IV. Agora estou me segurando à minha maneira (ref. 14).
Assinale a alternativa CORRETA:
- Física | 3.3 Calorimetria e Mudança de Fase
(UEFS) Considere dois blocos metálicos, um de chumbo e outro de alumínio, cada um com massa igual a 200,0g, colocados num béquer com água, e o conjunto em equilíbrio com a temperatura ambiente de 20°C. Introduzindo-se um termômetro no béquer, que se encontra ao nível do mar, o sistema é levado ao fogo e, depois de algum tempo, a temperatura da água para de subir.
Admitindo-se que o calor específico do chumbo e o do alumínio, considerados constantes na faixa de temperatura, são, respectivamente, 0,03 cal/g.°C e 0,21 cal/g.°C, é correto afirmar que a razão entre a quantidade de calor absorvido pelo bloco de alumínio e a quantidade de calor absorvida pelo bloco de chumbo é igual a
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Quem acompanhasse os debates na Câmara dos Deputados em 1884 poderia ouvir a leitura de uma moção de fazendeiros do Rio de Janeiro: "Ninguém no Brasil sustenta a escravidão pela escravidão, mas não há um só brasileiro que não se oponha aos perigos da desorganização do atual sistema de trabalho". Livres os negros, as cidades seriam invadidas por "turbas ignaras", "gente refratária ao trabalho e ávida de ociosidade". A produção seria destruída e a segurança das famílias estaria ameaçada. Veio a Abolição, o Apocalipse ficou para depois e o Brasil melhorou (ou será que alguém duvida?). Passados dez anos do início do debate em torno das ações afirmativas e do recurso às cotas para facilitar o acesso dos negros às universidades públicas brasileiras, felizmente é possível conferir a consistência dos argumentos apresentados contra essa iniciativa. De saída, veio a advertência de que as cotas exacerbariam a questão racial. Essa ameaça vai completar 18 anos e não se registraram casos significativos de exacerbação.
GASPARI, E. As cotas e a urucubaca. Folha de S. Paulo, 3 jun. 2009
O argumento elaborado pelo autor sugere que as censuras às cotas raciais são
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(ENEM 2017 2ª APLICAÇÃO) Em um governo que deriva sua legitimidade de eleições livres e regulares, a ativação de uma corrente comunicativa entre a sociedade política e a civil é essencial e constitutiva, não apenas inevitável. As múltiplas fontes de informação e as variadas formas de comunicação e influência que os cidadão ativam através da mídia, movimentos sociais e partidos políticos dão o tom da representação em uma sociedade democrática.
URBINATI, N. O que torna a representação democrática? Lua Nova, n. 67, 2006.
Esse papel exercido pelos meios de comunicação favorece uma transformação democrática em função do(a)
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.03 Poema e Prosa
Leia o texto para responder a questão.
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