(UNIFACS) Desde 1918, com a epidemia de gripe espanhola, as autoridades do campo de saúde pública não decretam “emergência sanitária nacional”. Esses 97 anos de estabilidade nas epidemias tiveram solução de continuidade, quando o Ministério da Saúde foi levado a recorrer, nesse mês de novembro, novamente o expediente, ao receber o Relatório sobre bebês portadores de microcefalia na Região Nordeste, sobretudo em Pernambuco, que detém o maior número de notificações. A microcefalia é uma condição neurológica na qual o perímetro encefálico está abaixo do padrão internacional e pode ser causado por desnutrição da gestante, uso de bebida alcoólica ou epidemias infecciosas. O Ministério da Saúde está atribuindo o atual surto da doença à recente epidemia do Zika-vírus, um retrovírus, transmitido pelo mosquito da dengue, Aedes aegypti, que se dissemina, principalmente, no Nordeste. A situação, gravíssima por si só, tornou-se desoladora diante da desinformação e das precárias condições socioeconômicas da maioria das mães gestantes. A criança microcefálica necessita de cuidados especiais que, geralmente, têm um custo elevado, como fisioterapia constante e terapia ocupacional.
Uma análise da problemática da disseminação da microcefalia, associada ao Zika-vírus e relacionada aos conhecimentos das Ciências da Natureza, permite corretamente afirmar: