(UNICENTRO) Um copo plástico e um de alumínio estão dentro de uma geladeira. Eles possuem o mesmo volume e a mesma forma. Uma pessoa pega cada copo com uma das mãos e tem a sensação de que o copo de alumínio está mais frio que o de plástico.
Isso acontece porque
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Charles Darwin estudou a distribuição dos tentilhões no Arquipelago de Galápagos e sua relação com o tipo de bico e o hábito alimentar.
A relação entre o tipo de bico e o alimento é definida pela(o)
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Texto para a questão
WhatsApp: modo de usar
Gregorio Duvivier
Peço permissão para me revoltar com um tema aparentemente mais frívolo do que a política nacional, mas não menos urgente: o WhatsApp.
Primeiro inventa-se o produto, depois o manual. Quando surgiu a vuvuzela, por exemplo, parecia uma ótima ideia soprar uma corneta pelas ruas. Demoramos algum tempo até entendermos a real utilidade de um invento. No caso da vuvuzela, era nenhuma.
Uma pesquisa revelou que o brasileiro passa em média 47 minutos no famigerado Whats. Não adianta procurar essa pesquisa, fui eu mesmo que fiz. Nos meus grupos de Whats.
Tem o grupo grande do trabalho que só fala de trabalho. Tem o grupo menor do trabalho que só fala de festa – além de falar mal do grupo grande do trabalho. Tem o grupo da família que só compartilha vídeos de bebês e memes políticos de veracidade duvidosa.
O áudio tornou-se um problema do tamanho da vuvuzela. O que era pra ser uma ferramenta excepcional (“tô com as mãos ocupadas, tô dirigindo, tô cozinhando, meus dedos foram decepados”) acabou se tornando um esporte. Todo dia recebo uns 12 áudios de três minutos em que uns dois minutos e meio são de “ééé”, “entãããão”, “só um instante”. E não consigo fazer uma leitura diagonal de um áudio. É preciso ouvir tudo, até o final, pra descobrir que não era nada.
“E aí, brother, tudo bem, ééé, entãããão, tô precisando que você, ééé, só um instante, deixa eu só ver aqui um negócio, pronto, éééé, rapidão, pronto, na real não precisa mais não, já resolvi aqui.” Cancela o áudio, brother! É só deslizar o dedo pra esquerda. A vida é muito curta pra perder tempo com áudio errado.
Pela mesma razão, não faz sentido falar só “você tá aí?”. Não precisa checar. WhatsApp não é ICQ. Fala logo. Todo grupo de família é uma profusão de “bom dia”. A vida é muito curta pra dar bom dia no WhatsApp.
Adaptado de: <www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/
2016/05/1766707-whatsapp-modo-de-usar.shtml>. Acesso em: 4 mar. 2017.
No texto, o efeito de humor é obtido, entre outros recursos,
- Literatura | 5.2 Modernismo
(ENEM 2009 2ªAPLICAÇÃO) A verdade é que não me preocupo muito com o outro mundo. Admito Deus, pagador celeste dos meus trabalhadores, mal remunerados cá na terra, e admito o diabo, futuro carrasco do ladrão que me furtou uma vaca de raça. Tenho, portanto, um pouco de religião, embora julgue que, em parte, ela é dispensável a um homem. Mas mulher sem religião é horrível.
Comunista, materialista. Bonito casamento! Amizade com o Padilha, aquele imbecil. “Palestras amenas e variadas”. Que haveria nas palestras? Reformas sociais, ou coisa pior. Sei lá! Mulher sem religião é capaz de tudo.
RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1981, p. 131
Uma das características da prosa de Graciliano Ramos é ser bastante direta e enxuta. No romance São Bernardo, o autor faz a análise psicológica de personagens e expõe desigualdades sociais com base na relação entre patrão e empregado, além da relação conjugal. Nesse sentido, o texto revela
- Literatura
(CEFET-MG)
Já desprezei, sou hoje desprezado,
Despojo sou, de quem triunfo hei sido,
E agora nos desdéns de aborrecido,
Desconto as ufanias de adorado.
O amor me incita a um perpétuo agrado,
O decoro me obriga a um justo olvido:
E não sei, no que emprendo, e no que lido,
Se triunfe o respeito, se o cuidado.
Porém vença o mais forte sentimento,
Perca o brio maior autoridade,
Que é menos o ludíbrio, que o tormento.
Quem quer, só do querer faça vaidade,
Que quem logra em amor entendimento,
Não tem outro capricho, que a vontade.
MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos de Gregório de Matos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Em termos formais e temáticos, as principais características barrocas do soneto são, respectivamente,
- Língua Portuguesa - Fundamental | 05. Pontuação
Texto base: 10470099
Texto para a questão. A mania nacional da transgressão leve Pequenos delitos são transgressões leves que passam impunes e, no Brasil, estão tão institucionalizados que os transgressores nem têm ideia de que estão fazendo algo errado. Ou então acham esses “miniabusos” irresistíveis, apesar de causarem “minidanos” e/ou levarem a delitos maiores. Esses maus exemplos são também contagiosos. E, em uma sociedade na qual proliferam, ser um cidadão-modelo exige que se reme contra uma poderosa maré ou que se beire a santidade. Alguns pequenos delitos – fazer barulho em casa a ponto de incomodar os vizinhos ou usar as calçadas como depósito de lixo e de cocô de cachorro – diminuem a qualidade de vida em pequenas, mas significativas, doses. Eles ilustram a frase do escritor Millôr Fernandes: “Nossa liberdade começa onde podemos impedir a dos outros”. No ano passado, o grupo de adolescentes que furou a enorme fila para assistir ao show gratuito [...], na qual eu e outros esperávamos por horas, impediu nossa liberdade. Os jovens receberam os ingressos gratuitos que, embora devessem ser nossos, se esgotaram antes de chegarmos à bilheteria. KEEP, Michael. A mania nacional da transgressão leve. Disponível em:
<www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq2608200412.htm>. Acesso em: 23 jul. 2018.
Enunciado:
O uso das aspas em “miniabusos” e “minidanos” se justifica, pois elas: