Texto para a questão. Como a internet está matando a democracia “Fomos muito ingênuos”, adverte o pesquisador e jornalista inglês Jamie Bartlett. Para ele, nos primórdios da internet, “havia uma ampla visão de que o simples fato de tornar a informação mais disponível e permitir que todos pudessem criar e compartilhar informação transformaria o nosso ambiente em mais informado, politizado e racional.” Não foi o que aconteceu, e, segundo ele, a radicalização atual nem era tão difícil de prever. Para Bartlett, os grupos radicais chegaram antes à internet por estarem fora dos jornais [...] “Mas o mais importante é que todos nós nos tornamos mais radicais”, explica. “Pulamos de um assunto para outro e somos apresentados a mais e mais conteúdos apelativos e sensacionalistas para manter nosso vício nas redes.” Como resultado, somos expostos a argumentos emocionais radicais e acabamos xingando e vociferando nas redes sociais. [...] Em entrevista à Pública, Bartlett fala sobre a radicalização promovida pelo ambiente online, desinformação, campanhas digitais e outros perigos da rede para a democracia. Mas, mais do que constatar os problemas, o pesquisador propõe soluções para avançarmos junto com a tecnologia. Entre elas, um departamento governamental dedicado a fazer uma auditoria de algoritmos e uma base de dados pública, com registros instantâneos, de toda propaganda eleitoral publicada nas redes. [...] Disponível em: https://exame.abril.com.br/tecnologia/como-a-internet-esta-matando-a-democracia/. Acesso em: 3 maio 2019. Adaptado.
Em relação à problemática da radicalização, Jamie Bartlett