(UNIPÊ) Mesmo estando o organismo em repouso, o coração bombeia cerca de uma vez a cada minuto um volume total de sangue que passa pelos pulmões e por todo o corpo, Essa surpreendente dinâmica propicia condições fundamentais à manutenção da vida.
(PURVES, 2005, p. 858)
A figura apresenta o coração humano em corte vertical, expondo, de forma simplificada, sua estrutura e organização interna e as interações com os principais vasos do sistema vascular a ele dinamicamente integrados.
A partir da análise das informações e com base nos conhecimentos referentes à estruturação e fisiologia do sistema circulatório e respiratório, é pertinente reconhecer que:
Questões relacionadas
- Física | 3.5 Gases
(UFRGS) Utilizados em diversas áreas de pesquisa, balões estratosféricos são lançados com seu invólucro impermeável parcialmente cheio de gás, para que possam suportar grande expansão à medida que se elevam na atmosfera.
Um balão, lançado ao nível do mar, contém gás hélio à temperatura de 27°C, ocupando um volume inicial Vi. O balão sobe e atinge uma altitude superior a 35 km, onde a pressão do ar é 0,005 vezes a pressão ao nível do mar e a temperatura é -23°C.
Considerando que o gás hélio se comporte como um gás ideal, qual é, aproximadamente, a razão Vf / Vi, entre os volumes final Vf e inicial Vi ?
- Língua Portuguesa | E. Crase
(AFA) TEXTO:
Quarto de Despejo
“O grito da favela que tocou a consciência do mundo inteiro”
2 de MAIO de 1958. Eu não sou indolente. Há tempos que eu pretendia fazer o meu diario. Mas eu pensava que não tinha valor e achei que era perder tempo.
...Eu fiz uma reforma para mim. Quero tratar as pessoas que eu conheço com mais atenção. Quero enviar sorriso amavel as crianças e aos operarios.
...Recebi intimação para comparecer as 8 horas da noite na Delegacia do 12. Passei o dia catando papel. A noite os meus pés doiam tanto que eu não podia andar.
Começou chover. Eu ia na Delegacia, ia levar o José Carlos. A intimação era para ele. O José Carlos tem 9 anos.
3 de MAIO. ...Fui na feira da Rua Carlos de Campos, catar qualquer coisa. Ganhei bastante verdura. Mas ficou sem efeito, porque eu não tenho gordura. Os meninos estão nervosos por não ter o que comer.
6 de MAIO. De manhã não fui buscar agua. Mandei o João carregar. Eu estava contente. Recebi outra intimação. Eu estava inspirada e os versos eram bonitos e eu esqueci de ir na Delegacia. Era 11 horas quando eu recordei do convite do ilustre tenente da 12ª Delegacia.
...o que eu aviso aos pretendentes a política, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la.
Estão construindo um circo aqui na Rua Araguaia, Circo Theatro Nilo.
9 de MAIO. Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que estou sonhando.
10 de MAIO. Fui na Delegacia e falei com o Tenente. Que homem amavel! Se eu soubesse que ele era tão amavel, eu teria ido na Delegacia na primeira intimação.
(...) O Tenente interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util a patria e ao país. Pensei: se ele sabe disso, porque não faz um relatorio e envia para os politicos? O Senhor Janio Quadros, o Kubstchek, e o Dr Adhemar de Barros? Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver nem as minhas dificuldades.(...) O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome tambem é professora. Quem passa fome aprende a pensar no proximo e nas crianças.
11 de MAIO. Dia das mães. O céu está azul e branco. Parece que até a natureza quer homenagear as mães que atualmente se sentem infeliz por não realizar os desejos de seus filhos. (...) O sol vai galgando. Hoje não vai chover. Hoje é o nosso dia. (...) A D. Teresinha veio visitar-me. Ela deu-me 15 cruzeiros. Disse-me que era para a Vera ir no circo. Mas eu vou deixar o dinheiro para comprar pão amanhã, porque eu só tenho 4 cruzeiros.(...) Ontem eu ganhei metade da cabeça de um porco no frigorifico. Comemos a carne e guardei os ossos para ferver. E com o caldo fiz as batatas. Os meus filhos estão sempre com fome. Quando eles passam muita fome eles não são exigentes no paladar. (...) Surgiu a noite. As estrelas estão ocultas. O barraco está cheio de pernilongos. Eu vou acender uma folha de jornal e passar pelas paredes. É assim que os favelados matam mosquitos.
13 de MAIO. Hoje amanheceu chovendo. É um dia simpatico para mim. É o dia da Abolição. Dia que comemoramos a libertação dos escravos. Nas prisões os negros eram os bodes expiatorios. Mas os brancos agora são mais cultos. E não nos trata com desprezo.
Que Deus ilumine os brancos para que os pretos sejam feliz. (...) Continua chovendo. E eu tenho só feijão e sal. A chuva está forte. Mesmo assim, mandei os meninos para a escola. Estou escrevendo até passar a chuva para mim ir lá no Senhor Manuel vender os ferros. Com o dinheiro dos ferros vou comprar arroz e linguiça. A chuva passou um pouco. Vou sair. (...) Eu tenho dó dos meus filhos. Quando eles vê as coisas de comer eles brada: Viva a mamãe!. A manifestação agrada-me. Mas eu já perdi o habito de sorrir. Dez minutos depois eles querem mais comida. Eu mandei o João pedir um pouquinho de gordura a Dona Ida. Mandei-lhe um bilhete assim:
“Dona Ida peço-te se pode me arranjar um pouquinho de gordura, para eu fazer sopa para os meninos. Hoje choveu e não pude catar papel. Agradeço. Carolina”
(...) Choveu, esfriou. É o inverno que chega. E no inverno a gente come mais. A Vera começou a pedir comida. E eu não tinha. Era a reprise do espetaculo. Eu estava com dois cruzeiros. Pretendia comprar um pouco de farinha para fazer um virado. Fui pedir um pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me a banha e arroz. Era 9 horas da noite quando comemos.
E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual – a fome!
(DE JESUS, Carolina Maria. Quarto de Despejo.)
Quanto ao uso da crase, percebe-se pela escrita de Carolina Maria de Jesus, que, nos trechos destacados abaixo, ela não foi utilizada, infringindo, dessa forma, a regra gramatical. Assinale a opção em que a crase NÃO deveria ocorrer obrigatoriamente:
- Língua Portuguesa | 1.2 Percepção das Ideias do Texto
Manta que costura causos e histórias no seio de uma família serve de metáfora da memória em obra escrita por autora portuguesa
O que poderia valer mais do que a manta para aquela família? Quadros de pintores famosos? Joias de rainha? Palácios? Uma manta feita de centenas de retalhos de roupas velhas aquecia os pés das crianças e a memória da avó, que a cada quadrado apontado por seus netos resgatava de suas lembranças uma história. Histórias fantasiosas como a do vestido com um bolso que abrigava um gnomo comedor de biscoitos; histórias de traquinagem como a do calção transformado em farrapos no dia em que o menino, que gostava de andar de bicicleta de olhos fechados, quebrou o braço; histórias de saudades, como o avental que carregou uma carta por mais de um mês... Muitas histórias formavam aquela manta. Os protagonistas eram pessoas da família, um tio, uma tia, o avô, a bisavó, ela mesma, os antigos donos das roupas. Um dia, a avó morreu, e as tias passaram a disputar a manta, todas a queriam, mais do que aos quadros, joias e palácios deixados por ela. Felizmente, as tias conseguiram chegar a um acordo, e a manta passou a ficar cada mês na casa de uma delas. E os retalhos, à medida que iam se acabando, eram substituídos por outros retalhos, e novas e antigas histórias foram sendo incorporadas à manta mais valiosa do mundo.
LASEVICIUS, A. Língua Portuguesa, São Paulo, n. 76, 2012 (adaptado).
A autora descreve a importância da manta para aquela família, ao verbalizar que “novas e antigas histórias foram sendo incorporadas à manta mais valiosa do mundo”. Essa valorização evidencia-se pela:
- Literatura
(IFCE) Velho papel pode estar com os anos contados
Já imaginou, daqui a algumas décadas, seu neto lhe perguntando o que era papel? Pois é, alguns pesquisadores já estão trabalhando para que esse dia chegue logo.
A suposta ameaça 7à fibra natural não é o desajeitado e-book, mas o papel eletrônico, uma 'folha' que você carregaria dobrada no bolso.
Ela seria capaz de mostrar o jornal do dia – com vídeos, fotos e notícias 8atualizadas –, o livro que você estivesse lendo ou qualquer informação antes impressa. Tudo ali.
Desde os anos 70, está no ar a 5ideia de papel eletrônico, mas as últimas novidades são de duas semanas atrás. Cientistas holandeses anunciaram que estão perto de criar uma tela com 'quase todas' as propriedades do papel: 3leveza, flexibilidade, 4clareza, etc.
A novidade que deixa o invento um pouco mais palpável está nos transistores. No papel do futuro, eles não serão de 6silício, mas de plástico – que é maleável e barato.
Os holandeses dizem já ter um protótipo que mostra imagens em movimento em uma tela de duas polegadas, ainda que de qualidade 1'meia-boca'.
2Mas não vá celebrando o fim do desmatamento e do peso na mochila. A expectativa é que um papel eletrônico mais ou menos convincente apareça só daqui a cinco anos.
Folha de S. Paulo, 17 dez. 2001.Folhateen, p. 10.
Em uma das opções, a afirmação refere-se ao Barroco.
- Química | 4. Química Ambiental
(UNEB) A discussão sobre a sustentabilidade dos biocombustíveis como uma alternativa “limpa”, comparada aos combustíveis fósseis, e como perspectiva de contribuir para a mitigação de mudanças climáticas, dentre outros aspectos, aponta para: