(UNIME)
À luz da fogueira, ele acariciou a pele clara, as pernas curtas e as madeixas ruivas da moça. Tudo nela contrastava com a tez escura e o porte esguio dele. Os descendentes do encontro improvável, 50 mil anos depois, ainda estão por aí. E não é uma família pequena: são todos os seres humanos modernos fora da África, cujo DNA carrega uma contribuição considerável dos neandertais, primos extintos do homem. A ruiva e o moreno do romance acima representam os neandertais e o Homo sapiens. (À LUZ..., 2014)
Já se sabia que neandertais e humanos conviveram por milhares de anos na Europa e na Ásia e aí se acasalaram. O que não se sabia, como sugere uma dupla de novos estudos genéticos, é que esses dois ramos da humanidade estavam naquela altura a ponto de se separar em duas espécies distintas. Ao comparar o DNA ancestral com o moderno, porém, dois novos estudos encontraram que algo entre 20% e 30% de “arranjos” genéticos neandertais sobreviveram. (JÁ SE..., 2014).
Uma análise da dinâmica associada à possível trajetória evolutiva que resultou na formação da espécie humana atual (Homo sapiens) admite que