(UEL) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
1Triste Bahia! Oh quão dessemelhante
2 Estás, e estou do nosso antigo estado!
3 Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
4 Rica te vejo eu já, tu a mi abundante.
5 A ti trocou-te a máquina mercante,
6 Que em tua larga barra tem entrado,
7 A mim foi-me trocando, e tem trocado
8 Tanto negócio, e tanto negociante.
9 Deste em dar tanto açúcar excelente
10 Pelas drogas inúteis, que abelhuda
11 Simples aceitas do sagaz Brichote.
12 Oh se quisera Deus, que de repente
13 Um dia amanheceras tão sisuda
14 Que fora de algodão o teu capote!
(MATOS, Gregório de. Poesias selecionadas. 3. ed. São Paulo: FTD, 1998. p. 141.)
No que diz respeito à relação entre o eu lírico e a Bahia, considere as afirmativas a seguir.
I. Na primeira estrofe, o eu-lírico identifica-se com a Bahia, pois ambos sofrem a perda de um antigo estado.
II. Na primeira estrofe, a Bahia aparece personificada, fato confirmado no momento em que ela e o eu-lírico se olham.
III. Na terceira estrofe, constata-se que a Bahia não está isenta da culpa pela perda de seu antigo estado.
IV. Na quarta estrofe, o eu-lírico conclui que a lamentável situação da Bahia está em conformidade com a vontade divina