Explicaê

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(ITA) O texto abaixo é uma das liras que integram Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga.

1. Em uma frondosa

Roseira se abria

Um negro botão!

Marília adorada

O pé lhe torcia

Com a branca mão.

2. Nas folhas viçosas

A abelha enraivada

O corpo escondeu.

Tocou-lhe Marília,

Na mão descuidada

A fera mordeu.

3. Apenas lhe morde,

Marília, gritando,

Co dedo fugiu.

Amor, que no bosque

Estava brincando,

Aos ais acudiu.

4. Mal viu a rotura,

E o sangue espargido,

Que a Deusa mostrou,

Risonho beijando

O dedo ofendido,

Assim lhe falou:

5. Se tu por tão pouco

O pranto desatas,

Ah! dá-me atenção:

E como daquele,

Que feres e matas,

Não tens compaixão?

(GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu & Cartas Chilenas. 10. ed. São Paulo: Ática, 2011.) 

Neste poema,

I. há o relato de um episódio vivido por Marília: após ser ferida por uma abelha, ela é socorrida pelo Amor.

II. o Amor é personificado em uma deidade que dirige a Marília uma pequena censura amorosa.

III. a censura que o Amor faz a Marília é um artificio por meio do qual o sujeito lírico, indiretamente, dirige a ela uma queixa amorosa.

IV. o propósito maior do poema surge, no final, no lamento que o sujeito lírico dirige à amada, que parece fazê-lo sofrer.

Estão corretas:

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