(IMED) Expressão do poeta romano Horácio, Carpe diem é popularmente traduzida do latim para “aproveite o dia”. O professor John Keating, personagem de Robin Williams no filme estadunidense Dead Poets Society, no Brasil “Sociedade dos poetas mortos”, buscou motivar seus alunos entusiasmado por tal lema. Ideia presente na poesia inglesa dos séculos XVI e XVII, também inspirou poetas brasileiros, sendo uma das principais características do:
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- Língua Portuguesa - Fundamental | 4.09 Dissertação e Argumentação
No mito da caverna, de Platão, mostra-se como as aparências podem levar à ignorância e como o conhecimento permite que seja feita uma leitura correta da realidade.
Ao trazer as noções de essência e aparência, Platão faz uma relação entre o mundo inteligível (o mundo das ideias) e o mundo sensível (o mundo concreto, material, terreno).
Leia os textos a seguir a respeito desse mito:
Mito da caverna de Platão
O mito ou “Alegoria” da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VII de “A República”, onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.
A narrativa expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira. Essa, ilumina um palco onde estátuas dos seres como homem, planta, animais etc. são manipuladas, como que representando o cotidiano desses seres. No entanto, as sombras das estátuas são projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas. Os prisioneiros fazem, inclusive, torneios para se gabarem, se vangloriarem a quem acertar as corretas denominações e regularidades.
Imaginemos agora que um destes prisioneiros é forçado a sair das amarras e vasculhar o interior da caverna. Ele veria que o que permitia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Mas imaginemos ainda que esse mesmo prisioneiro fosse arrastado para fora da caverna. Ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras e as estátuas, sendo, portanto, mais reais. Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres como são em si mesmos. Não teria dificuldades em perceber que o Sol é a fonte da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência (os ciclos de nascimento, do tempo, o calor que aquece etc.).
Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, vão debochar do seu colega liberto, dizendo-lhe que está louco e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo.
[...]
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/mito-caverna-platao.htm. Adaptado.
Na atualidade, o mundo virtual tem invadido constantemente o mundo real, ou seja, as pessoas passam demasiado tempo em frente às telas de seus celulares, vivenciando mais experiências virtuais (próprias ou alheias) que reais.
O texto abaixo retrata um tipo de situação como essa:
O Smartphone, Platão e a Alegoria da Caverna
A adolescente de prováveis 14 ou 15 anos se absorve no Smartphone, enquanto a mãe a chama diversas vezes até ser ouvida.
— Que é, mãe? — Grita ela.
— Olha aí do seu lado, e vê se a árvore de natal acende.
— Tá — responde ela.
Com dificuldade a jovem arranca os olhos hipnotizados do aparelho, e os fixa na árvore natalina.
— Acendeu? — Perguntou a mãe.
— Sim. Não. Sim. Não. Ô mãe, para de tirar a tomada da parede! — Impacienta-se a filha.
— Não tô tirando, não — devolve a mãe.
— Tá, sim. Agora apagou. Quando você põe na parede acende...
A bem-humorada história saiu do vídeo que recentemente rodou as redes sociais, e serve bem para ilustrar o comportamento de crianças, jovens e adultos mesmerizados pela tecnologia.
[...] A fixação pelos tablets, smartphones e celulares se tornou cidadã com direitos garantidos. Na China e nos Estados Unidos, foram criadas faixas exclusivas para pedestres que usam os aparelhos. A calçada foi dividida para os que passam com ou sem o “apêndice”, para evitar acidentes.
A Alegoria da Caverna, do filósofo grego Platão, é uma das mais poderosas metáforas para descrever a atual situação da humanidade.
O mito narra a vida de alguns homens que nasceram e cresceram dentro de uma caverna e que ali ficavam acorrentados – permanentemente voltados para a parede ao fundo dela. Nela contemplavam apenas o reflexo do que havia do lado de fora, sem jamais saberem da sua existência.
No virtual século 21, a vida acontece através das telas líquidas. Um dos grandes fabricantes de Smartphones com câmeras de alta definição garante que “as suas lembranças serão tão vibrantes quanto a vida real”.
Qual vida real?
Disponível em: http://www.itu.com.br/artigo/o-smartphone-platao-e-a-alegoria-da-caverna-20141212. Adaptado.
A discussão a respeito do que Platão constatou como movimentos alienantes da percepção humana já retornou em diversos moldes literários e midiáticos e ainda é algo amplamente discutido na nossa sociedade.
No exemplo abaixo observamos uma comparação, entre o Mito da Caverna e o filme Matrix, mostrando um paralelo entre o filme e as noções que Platão propôs.
Platão e os irmãos Wachowski
[...]
[Matrix] tem como cenário um futuro bastante sombrio, quando a maior parte da humanidade se encontra aprisionada pela Inteligência Artificial – sua própria criação. As máquinas que criaram a Matrix inseriram quase todos os seres humanos em uma realidade virtual, na qual vivem uma existência que não é, de fato, a sua.
O personagem principal – o hacker Neo [...] – é tirado dessa falsa realidade por aqueles que escaparam do domínio da Matrix. Representando a ponte entre o mundo real e o virtual está Morpheus [...], um dos principais líderes dos humanos sobreviventes nos subterrâneos do planeta.
Embora não seja algo tão explícito, a história levada à telona pelos irmãos Wachowski é uma referência significativa ao “Mito da Caverna”, criado pelo filósofo Platão há mais de 2400 anos. Nesta alegoria o pensador grego nos leva a refletir sobre o processo em que se dá o conhecimento. Ele ressalta que muitas vezes enxergarmos o mundo bem mais pela ótica da aparência (através dos sentidos) do que pela da essência (através da razão).
Platão, que foi discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles, narrou no Mito da Caverna uma situação hipotética em que algumas pessoas teriam passado toda a vida, acorrentadas, dentro de uma caverna. Iluminados apenas pela luz de uma fogueira, estes prisioneiros viam projetadas na parede as sombras de tudo o que passava lá fora. Para eles aquilo era a única realidade.
No dia em que um deles consegue se soltar e fugir, a verdade muda de plano. Ele descobre que a realidade é algo completamente diferente de tudo que seus olhos se acostumaram a ver. Deslumbrado, o ex-prisioneiro resolve voltar à caverna para contar aos companheiros o que descobriu. No entanto, nenhum deles aceita a sua versão, uma vez que o conhecimento que tinham da realidade já estava cristalizado em suas mentes.
Assim como nessa alegoria, em Matrix os seres humanos que vivem uma rotina segura dentro de um mundo virtual perfeito resistem em ser acordados para a realidade. No início do filme, Neo se comporta como os prisioneiros do mito de Platão, que seguem vivendo uma história em que nada é verdade. Morpheus, por sua vez, é como o prisioneiro que se livra dos grilhões que o prendiam, conhece a verdade e se vê impelido a retornar para avisar aos demais que eles estão sendo enganados.
A história da Filosofia mostra que nenhuma teoria, por mais antiga que seja, deve ser considerada ultrapassada em termos de conteúdo. A explicação é simples: a evolução espiritual da humanidade não caminha lado a lado com a sua evolução mental, com a tecnologia oriunda dela. Sendo assim, há muito que aprender com os mestres do passado; há muitos enredos futuristas que se casam perfeitamente com histórias milenares.
Publicado por: Roberto D‘arte
Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/platao-os-irmaos-wachowski.htm. Adaptado.
Tendo como base os textos de apoio, escreva um texto dissertativo para expor sua opinião sobre: O uso dos smartphones afeta positiva ou negativamente a vida do ser humano no século XXI? Você deve defender seu posicionamento com, pelo menos, dois argumentos.
Instruções complementares:
Antes de iniciar:
Escolha uma posição bem definida sobre o tema;
Anote dois argumentos que defendam as suas ideias;
Você pode utilizar os textos de apoio para auxiliá-lo, mas não faça cópias.
A estrutura do seu texto deve ser:
Introdução (1 parágrafo): exposição do tema e da defesa de ideia (defesa do seu ponto de vista);
Desenvolvimento (1, 2 ou 3 parágrafos): exposição dos seus argumentos;
Conclusão (1 parágrafo): reafirmação da defesa de ideia (da defesa do seu ponto de vista).
Ao concluir o seu texto, faça a revisão, dê um título e passe a limpo.
- Matemática - Fundamental | 3.3 Centena
Texto base: Durante um jogo de tabuleiro, Samuel lançou o dado três vezes:
- • No 1º lançamento tirou 3.
- • No 2º lançamento tirou o dobro do 1º lançamento.
• No 3º lançamento tirou o sucessor do 1º lançamento.
Enunciado:
Qual é a soma dos números que Samuel tirou nos dados?
- Física
Numa filmagem, no exato instante em que um caminhão passa por uma marca no chão, um dublê se larga de um viaduto para cair dentro de sua caçamba. A velocidade v do caminhão é constante e o dublê inicia sua queda a partir do repouso, de uma altura de 5 m da caçamba, que tem 6 m de comprimento. A velocidade ideal do caminhão é aquela em que o dublê cai bem no centro da caçamba, mas a velocidade real v do caminhão poderá ser diferente e ele cairá mais à frente ou mais atrás do centro da caçamba. Para que o dublê caia dentro da caçamba, v pode diferir da velocidade ideal, em módulo, no máximo:
- História - Fundamental | 05.3. Registros da história: a nossa cultura
Observe a imagem que retrata uma importante atividade econômica do Brasil colonial.
Nessa atividade econômica, foi predominante a relação de trabalho
- História - Fundamental | 02. Revolução Industrial
Leia o trecho retirado do livro de Ernest HGombrich.
De repente, assistiu-se a uma verdadeira corrida de todos os países industrializados para as regiões consideradas primitivas. Subitamente, até mesmo as populações mais rudes adquiriram a seus olhos um novo interesse.
GOMBRICH, Ernst H. Breve história do mundo. São Paulo: Martins Fontes, 2012. p. 291.
O súbito interesse dos países industrializados por aqueles ditos primitivos deveu-se