Fim de semana no parque
Olha o meu povo nas favelas e vai perceber
Daqui eu vejo uma caranga do ano
Toda equipada e o tiozinho guiando
Com seus filhos ao lado estão indo ao parque
Eufóricos brinquedos eletrônicos
Automaticamente eu imagino
A molecada lá da área como é que tá
Provavelmente correndo pra lá e pra cá
Jogando bola descalços nas ruas de terra
É, brincam do jeito que dá
[...]
Olha só aquele clube, que da hora
Olha aquela quadra, olha aquele campo, olha
Olha quanta gente
Tem sorveteria, cinema, piscina quente
[...]
Aqui não vejo nenhum clube poliesportivo
Pra molecada frequentar nenhum incentivo
O investimento no lazer é muito escasso
O centro comunitário é um fracasso
RAClONAlS MCs. Racionais MCs. São Paulo: Zimbabwue, 1994 (fragmento).
A letra da canção apresenta uma realidade social quanto à distribuição distinta dos espaços de lazer que
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- Arte - Fundamental | 03. Elementos da Linguagem Artística
A fotografia com luz e sombra natural
Por Jurandir Lima, especial para o Portal Webventure | 04/04/2010 - Atualizada às 08h:30min.
São Paulo - Klabin
Foto: Jurandir Lima / Trilhas & Trilhas
Muitas vezes você produz uma foto e, ao mostrar para um amigo, ele diz: “Nossa, que céu azul, tão perfeito! Você conseguiu isso no photoshop?”. Realmente, em tempos da era digital e novas tecnologias que surgem a cada dia, tornou-se cada vez mais fácil manipular imagens em computador e conseguir resultados que agradam até o “papa”, mas não devemos esquecer de que a fotografia sempre foi, e continuará sendo, uma grande arte – embora muitos não a considerem arte – independente do equipamento que se utilize, seja com película (filme) ou digital.
Segundo a definição, a palavra fotografia vem do grego: fós = luz e grafis = pincel, que significa "desenhar ou pintar com luz". Para ilustrar esta definição, fiz uma sequência de cliques registrando o movimento das nuvens, que, por sua vez, demonstram um dos principais elementos da fotografia: as luzes e sombras naturais. Diante do conceito, para registrar essa “virtude” da natureza, é fundamental que o artista da fotografia (entenda-se: o fotógrafo), deva ter alguns atributos que vão lhe proporcionar resultados de caráter artístico. Um destes atributos é a paciência.
As imagens foram capturadas no primeiro dia de outono/2010, no bairro Klabin, em São Paulo. O intervalo entre uma e outra foi de aproximadamente oito minutos. Na primeira delas, o céu possuía uma nuvem que causava sombra nos prédios. Já na segunda imagem, algumas edificações ficaram irradiadas enquanto outras permaneceram sombreadas. Na terceira composição fotográfica, a nuvem moveu-se completamente permitindo que o sol atingisse todos os prédios. É interessante observar que entre a primeira e a terceira fotografia o céu mudou totalmente de figura. A última delas apresentava pequenas nuvens, que coincidiam com o topo de cada prédio, dando a impressão de chaminés com a fumaça saindo.
Se quiser explorar melhor esse princípio, também é recomendável fotografar em distintas épocas do ano para notar as diferenças que o céu apresenta em cada estação. Por exemplo, no verão costuma ficar mais carregado de nuvens, sobretudo nos dias mais quentes quando ocorre uma grande evaporação e, às tardes, acontecem as “temidas” pancadas de chuva. Veja as imagens 04 e 05.
Exercício de paciência - Da mesma forma, comparativamente, o mesmo ocorre quando se registra um local que não tenha interferência antrópica (modificada pela ação do homem). Nesse ambiente, às vezes, é necessário não apenas alguns minutos para capturar o tão esperado momento, mas sim esperar horas ou até mesmo dias. Uma experiência aconteceu no Parque Nacional Itatiaia, localizado na Serra da Mantiqueira, entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Por ser uma região montanhosa, lá existe um fenômeno conhecido como micro-clima e, naturalmente, a situação do céu poder variar a qualquer instante. Isso resulta, principalmente, em função dos ventos e das massas de ar, que, hora vem do oceano, hora vem do continente.
O motivo fotografado foi o Pico das Agulhas, com 2.792 metros de altitude (o quinto mais alto do Brasil). As três imagens foram registradas em momentos distintos: a primeira na primavera (novembro/2009); a segunda e a terceira foram no verão (fevereiro/2010), com um intervalo de dois dias entre ambas.
Percebe-se, nitidamente, na primeira imagem que o céu encoberto não foi nada favorável. Nas demais, consegui uma condição de iluminação que é considerada rara no Itatiaia, isto é, praticamente sem nuvens “tocando na grande montanha”. Posso dizer que, entre as 45 vezes em que estive neste Parque Nacional, a terceira composição fotográfica foi a melhor delas, até então. Naquele momento, quando já estava próximo do por-do-sol, formou-se uma imensa nuvem ao redor, deixando evidenciado apenas os contrafortes do Agulhas Negras. Assim, a natureza mostra toda a sua magia!
Para finalizar, recrio um trecho escrito por Carlos Drummond, que ilustra o quão arte é a fotografia: “Mas é inevitável que de cada procedimento técnico, exercido com amor e rigor, se desprenda uma poesia específica. Mais ainda no caso da fotografia, cujo vocabulário já participa da magia poética – a gelatina, a imagem latente, o pancromático – e cujas operações se assimilam naturalmente às da criação poética – a sensibilização pela luz, o banho revelador, o mistério da claridade implícita no opaco, da sombra representada pelo translúcido – ó Mallarmé”.
Portanto, nos próximos cliques, em vez de ficar horas e horas na frente do computador manipulando o photoshop, que tal investir seu tempo - com um pouco de paciência, é claro! – e registrar os fenômenos da natureza como “Deus” os criou? Garanto que poderá ter boas surpresas!
Nota 1: Nas imagens urbanas, utilizei uma câmera digital Nikon D60, com objetiva Nikon AF-S 18-55mm f/3.5-5,6 VR. O white balance foi ajustado na posição nublado e ISO 100.
Nota 2: Nas imagens da natureza, utilizei uma câmera digital Nikon D300, com objetiva Nikon AF-S 17-35mm f/2.8. O white balance foi ajustado na posição nublado e ISO 200.
Nota 3: Para não haver interferência na captura das imagens, foi usado apenas o filtro UV, que serviu para proteção das objetivas.
Jurandir Lima – engenheiro ambiental, fotógrafo da natureza e diretor da Trilhas & Trilhas Ecoturismo, que realiza expedições fotográficas e passeios ecológicos por todo o Brasil. Visite: www.trilhasetrilhas.tur.br
http://www.webventure.com.br/bike/conteudo/noticias/index/id/27911
Converse com a turma sobre a aplicação da luz e sombra em outras áreas da arte, que não seja somente a pintura. No texto acima, o fotógrafo relata a experiência de fotografar uma cena com intervalos de tempo, uma prática realizada pelos pintores impressionistas. Compartilhe com os alunos o texto acima e peça que pesquisem sobre o efeito de luz e sombra em livros, revistas, jornais e internet. Abra uma roda de discussão para que os alunos possam compartilhar as informações pesquisadas, observar as imagens ilustrativas com olhar analítico.
Proponha aos alunos um exercício fotográfico de luz e sombra com intervalos periódicos. Saia com a turma em espaço aberto da escola em um dia de céu azul e nuvens, escolha algumas paisagens para fotografar e faça fotos de 10 em 10 minutos, de forma que as sombras projetadas pelas nuvens estejam dentro do enquadramento da fotografia. Depois de tiradas as fotografias, projete-as através de projetor multimídia e dirija uma leitura das imagens com foco nas sombras das nuvens projetadas nos elementos da paisagem. Depois desse exercício, peça aos alunos que escolham das imagens observadas a que tenha as sombras que produzem mais efeito de volume, que evidencia os contornos e peça para escolherem um tema para fotografar com essa luz.
Imprima essas imagens e organize com a turma uma mostra de fotografias.
- Geografia | 6.1 Agricultura
(UFPR) Os brasileiros possuem 13% da área do Paraguai e pouco mais de 20% da terra arável. Mas é deles a melhor terra agrícola e pecuária. Um bom exemplo é a produção de soja, o principal produto de exportação. O Paraguai se tornou o quarto maior exportador de soja do mundo. A safra 2011/2012 chegou a 9 milhões de toneladas, crescendo a uma taxa de 20% anual. O que pode dar uma ideia do poder econômico dos fazendeiros brasileiros no Paraguai.
Mas o fato de que se tenham instalado na fronteira tem grande impacto social e econômico. Em alguns distritos fronteiriços, como Nueva Esperanza ou Canindeyú, 58 e 83% dos proprietários são brasileiros, respectivamente. Isto facilita o contrabando e o controle da segurança das fronteiras, que é estratégica para a soberania de um país. Esse processo de ocupação territorial dilui as fronteiras a favor do país e do Estado mais poderoso e enfraquece ainda mais o país que tem cada vez menos instrumentos e capacidades de controlar sua riqueza.
(ZIBECHI, Raúl. Brasil potência. Entre a integração regional e um novo imperialismo. Rio de Janeiro: Consequência, 2012, p. 257-258)
A partir do texto acima e dos conhecimentos de Geografia, considere as seguintes afirmativas:
1. O texto destaca a importância da presença de produtores brasileiros de soja para o crescimento econômico do Paraguai.
2. O texto mostra a importância que a produção agrícola tem na dinâmica da geopolítica mundial.
3. Na fronteira entre Brasil e Argentina a situação se inverte: são os argentinos que ocupam percentagens altas das terras aráveis brasileiras mais próximas da linha de fronteira.
4. A expansão internacional dos produtores agrícolas brasileiros não acontece apenas no Paraguai, mas também em países como Bolívia, Uruguai e Angola.
Assinale a alternativa correta.
- Física | 5.2 Ondas Mecânicas
(UNISINOS)
Supondo-se que o meio de propagação seja o mesmo para todas as ondas (o vácuo, por exemplo), então, no espectro eletromagnético, tem-se
- Biologia | 12.8 Impactos Ambientais
(ENEM 2009 CANCELADO) O mar de Aral, um lago de água salgada localizado em área da antiga União Soviética, tem sido explorado por um projeto de transferência de água em larga escala desde 1960. Por meio de um canal com mais de 1.300 km, enormes quantidades de água foram desviadas do lago para a irrigação de plantações de arroz e algodão. Aliado às altas taxas de evaporação e às fortes secas da região, o projeto causou um grande desastre ecológico e econômico, e trouxe muitos problemas de saúde para a população. A salinidade do lago triplicou, sua área superficial diminuiu 58% e seu volume, 83%. Cerca de 85% das áreas úmidas da região foram eliminadas e quase metade das espécies locais de aves e mamíferos desapareceu. Além disso, uma grande área, que antes era o fundo do lago, foi transformada em um deserto coberto de sal branco e brilhante, visível em imagens de satélite.
MILLER, JR., G. T. Ciência Ambiental. São Paulo: Editora Thomson, 2007 (adaptado).
Suponha que tenha sido observada, em uma vila rural localizada a 100 km de distância do mar de Aral, alguns anos depois da implantação do projeto descrito, significativa diminuição na produtividade das lavouras, aumento da salinidade das águas e problemas de saúde em sua população. Esses sintomas podem ser efeito:
- Química | 4. Química Ambiental
De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (AIE), aproximadamente 87% de todo o combustível consumido no mundo são de origem fóssil. Essas substâncias são encontradas em diversas regiões do planeta, no estado sólido, líquido e gasoso e são processadas e empregadas de diversas formas. O uso desses combustíveis gera no meio ambiente impactos ambientais que levam a degradação da harmonia dos ecossistemas.
O uso dos combustíveis citados traz para o ecossistema vários problemas, os quais entre eles tem-se